Banner Portal
As coleções mineralógicas e a aventura humana na busca do conhecimento
PDF

Palavras-chave

História das coleções
Mineralogia
Coleção Werner
Freiberg
Escola de Paris

Como Citar

ALMEIDA, Cicera Neysi de. As coleções mineralógicas e a aventura humana na busca do conhecimento. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 19, n. 00, p. e023002, 2023. DOI: 10.20396/td.v19i00.8671329. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8671329. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Introdução. Dos primeiros materiais coletados pelos ancestrais humanos às primeiras coleções mineralógicas de ensino, os minerais despontam como um dos mais importantes objetos da natureza manuseados pelo homem. Objetivo e Metodologia. A história das coleções permite resgatar as motivações para a sua coleta ao longo do tempo, desde utensílios necessários à sobrevivência até objetos científicos. Diante da necessidade de conhecê-los cientificamente, as coleções mineralógicas destacam-se como subsídios didáticos e tornam-se os embriões das primeiras Escolas de Engenharia de Minas do planeta e do primeiro curso superior do Brasil. Resultados e Conclusão. Descobre-se também que o ato de “contar” a história das coleções históricas as faz transcender do seu objetivo básico, aproximando-as do observador (pesquisador ou visitante), porque o colocamos diante do envolvimento dos coletores durante a sua elaboração. “Contar” promove a ressignificação das coleções para além de um conjunto de objetos científicos e/ou estéticos, caracterizando-as como elementos de uma narrativa da aventura humana na busca do conhecimento.

https://doi.org/10.20396/td.v19i00.8671329
PDF

Referências

Almeida, C. N., Mansur, K. L., Bastos, C. M., Guimarães, P. M., Miranda, B. R., Rebouças, J. V., & Rocha, R. V. (2014). Preservando 55 anos de história e cultura: a Coleção de Minerais do Departamento de Geologia/IGEO/UFRJ. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geologia, 47: 1 CD-ROM.

Azevedo, M. D. P. (2013). Conservação de coleções geológicas utilizando o acervo do Museu de Geociências da USP. São Paulo, USP. Instituto de Geociências. 231p. (Dissert. Mestrado).

Bartorelli, A., Levy, P. M., Carneiro, C. D. R. (2015). Ulisse Aldrovandi: o criador do termo Geologia. Terræ Didatica, 11(2), 89-93. doi: 10.20396/td.v11i2.8640711.

Bastos, C. M. (2016). A Coleção de Minerais e Rochas da Escola Nacional de Engenharia pertencente ao Museu da Geodiversidade/UFRJ: formação e trajetória. Rio de Janeiro: Unirio-MAST. 110p. (Dissert. Mestrado).

Bastos, C.M., Almeida, C.N., & Rangel, M. F. (2019). A relevância do Ensino das Geociências no desenvolvimento das instituições de ensino de engenharia no Brasil: Rio de Janeiro e Ouro Preto, Primeiras Escolas. Rio de Janeiro: Anuário do Instituto de Geociências UFRJ, 42, 751-758. doi: 10.11137/2019_1_751_758.

Bastos, C.M., Rangel, M., & Almeida, C.N. (2017). Da Academia Real Militar ao Departamento de Geologia, do Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro: a trajetória de uma coleção de minerais. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais, 12(1), 109-127.

Belk, R. (1988). Possessions and the extended self. Journal of Consumer Research, 15:139-168. doi: 10.1086/209154.

Bourdier, C., Pétillon, J. M., Chehmana, L., & Valladas, H. (2014). Contexte archéologique des dispositifs pariétaux de Reverdit et de Cap-Blanc: nouvelles données. Actes Du Colloque MADAPCA, Paris, 16-18 novembre 2011. PALEO, pp.285-294. URL: https://hal.archives-ouvertes.fr/hal-02081547. Acesso 16.12.2022.

Bowdler, S. (2008). Asia, Southeast/Pre-Agricultural Peoples. Encyclopedia of Archaeology, p. 809-818. doi: 10.1016/b978-012373962-9.00233-8.

Brauna, D. R., Aldeias, V., Archerb, W., Arrowsmithe, J. R, Barakif, N., Campisano, C. J. ... & Reid, K. E. (2019). Earliest known Oldowan artifacts at >2.58 Ma from Ledi-Geraru, Ethiopia, highlight early technological diversity. PNAS, 116(24):11712–11717. URL: https://hal.archives-ouvertes.fr/hal-02081547.

Breuil, H. (1912). Les subdivisions du Paléolithique supérieur et leur signification. In: XIV Congrés International d’Anthropologie et d’Archéologie Préhistoriques. Genève, 1, 165-238.

Cardinal, C., & Ferraris, C. (2017). Trésors de la Terre. L’exposition minéralogique du Muséum national d’histoire naturelle (Paris). Artefact, 7, 253-263. doi: 10.4000/artefact.1615.

Catt, J. A., & Maslin M. A. (2012). The Prehistoric Human Time Scale. In: Gradstein, F. M., Ogg, J. G., Schmitz, M. D., & Ogg, G. M. (Eds.). (2012). The Geologic Time Scale, Elsevier. p.1011-1032.

Chesneau, G. (1931). Histoire de l'Ecole des Mines. URL: https://www.annales.org/archives/x/ecole.html. Acesso 13.12.2022.

Cuvier, G. (1829-1832). The early mineralogists. In: Pietsch, T. W. (Ed.). (2019). Cuvier’s History of the Natural Sciences Nineteen Lessons from the Sixteenth and Seventeenth Centuries. French National Museum Natural History. 280p.

Duckworth, W. D., Genoways, H. H., & Rose, C. L. (1993). Preserving Natural Science Collections: Chronicle of Our Environmental Heritage. Mammalogy Papers: University of Nebraska State Museum. 271. http://digitalcommons.unl.edu/museummammalogy/271. Acesso 14.12.2022.

Eco, U. (1980). O Nome da Rosa. Record. 574p.

Farrington, O. C. (1915). The Rise of Natural History Museums. Science, 42(1076), 197-208.

Figueirôa, S. F. M. (1997). As ciências geológicas no Brasil: uma história social e institucional, 1875-1934. São Paulo: Hucitec. 270 p.

Filgueiras, C. A. L. (1997). Havia alguma ciência no Brasil Setecentista? Química Nova, 21(3), 351-353. doi: 10.1590/S0100-40421998000300020.

Gomes, D. S., & Freitas, N., (2018). A preservação de coleções universitárias: o registro de acervos em plataformas digitais como fonte de informação. Ventilando Acervos, 6(1), 54-60.

Guagnini, A. (2004). Technology. In: Ruegg, W. (Ed.). (2004). A History of the University in Europe. Cambridge University Press. p. 593-634.

Grabow, G. (2015). 250 years of the Bergakademie Freiberg, the world’s oldest mining university. Mining Reports, 151(6), 469-473.

Heinrich, K. (2007). Notes on the history collecting (2002). In: Hütler, M. (Ed.). (2007). Maske und Kothurn. Weimar, Böhlau Verlag Ges. p. 29-42.

Hugard, J.-A. (1855). Galerie de minéralogie et de géologie: Description des collections classement et distribution des minéraux, roches terrains fossiles indicaation des objets les plus précieux. Paris: L’auteur: Les Principaux Libraires. 190 p.

Hull, G., Blinkhorn, P., Cannon, P., Hamilton-Dyer, S., Salter, C., & White, B. (2003). The excavation and analysis of an 18th-century deposit of anatomical remains and chemical apparatus from the rear of the first Ashmolean Museum (now the Museum of the History of Science), Broad Street, Oxford. Post-Medieval Archaeology, 37, 1-28. doi: 10.1179/pma.2003.002.

ICOM, Committee for the Museum Definition. 2018. Definição de museu: um caminho a seguir. ICOM. URL: https://icom.museum/en/news/icom-approves-a-new-museum-definition/. Acesso 08.09.2022.

ICON, The Institute of Conservation. (2013). Care and conservation of geological specimens. URL: http://natsca.org/sites/default/files/publications-full/care-and-conservation-of-geological-specimens.pdf. Acesso 20.08.2022.

Jackson, P. N. W. (1999). Geological Museums and their Collections: rich sources for Historians of Geology. Annals of Science, 564:417-431. DOI:10.1080/000337999296364.

Leinz, V. (1955). A coleção de minerais do Museu Nacional: comemoração aos 200 anos da Casa de História Natural. Gemologia, 2, 1-7.

Lima, J. D. C., & Carvalho, I. S., (2020). Research and educational geological collections in Brazil: the conflict between the field’s paradigm of the heritage’s conservation and geology. Geoheritage, 12(72). doi: 10.1007/s12371-020-00497-w.

Lima, J. D. C., & Granato, M. (2017). Museologia e Paleontologia: Diferentes Abordagens na Documentação da Coleção de Paleoinvertebrados do Museu Nacional. XVIII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da informação.

Lopes, M. M. (2009). O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Hucitec. 369p.

Lourenço, M. C. (2003). Contributions to the history of university museums and collections in Europe. Museologia, 3, 17-26.

Lubbock, J. (1865). Pre-Historic Times as illustrated by ancient remains, and the manners and customs of modern savages. Amsterdam: National Library of the Netherlands. 512p.

Macdonald, S. (2011). A Companion to Museum Studies. ‎Wiley-Blackwell, 592p.

MacGregor, A. (2001). The Ashmolean as a museum of natural history, 1683-1860. Journal of the History of Collections, 13(2), 125-144. doi: 10.1093/jhc/13.2.125.

Marshall, J. L., & Marshal, V. R. (2005). Rediscovery of the Elements: Agricola. The Hexagon. p. 58-61.

Massanek, A., Rank, K., & Heide, G. (2013). The mineralogical collections of the TU Bergakademie Freiberg. 5-21. https://tu-freiberg.de/en/geowsam/collections/mineralogical-collection#. Acesso 20.07.2022.

Moret, A. (2017). La présentation des collections de minéralogie au Muséum national d’Histoire Naturelle, de 1739 à 1893. Ecóle de Louvre (These-Memoire), v. 4, 101p.

Movius, H. L. (1948). The Lower Palaeolithic Cultures of Southern and Eastern Asia. Transactions of the American Philosophical Society, 38(4), 329-420.

Moreira, H. J. F., & Neto, L. A. C. (2008). Museu da Escola Politécnica: o espaço de construção da memória da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. In: Oliveira, A. J. B. (Org.). (2008). Universidade e lugares de memória. Rio de Janeiro, FCC-SIBI/UFRJ. p. 95-114.

Murray, D. (1904). Museums, their history, and their use: with a bibliography and list of museums in the United Kingdom. Glasgow, James MacLehose and Sons.

Napolitani, N. (2020). Les pierres de la Nation: les collections minéralogiques de l’École de Mines de Paris (1760-1825). Art et histoire del’art. Paris, Université Paris Sciences et Lettres. 503p. (Tese Dout.).

Nectoux, D. (2017). Le musée de Minéralogie - MINES ParisTech. Artefact, 7, 247-252.

Netto, L. (1870). Investigações históricas e científicas sobre o Museu Imperial e Nacional do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Instituto Philomatico, 310p.

Olmi, G. (2001). Science-Honour-Metaphor: Italian cabinets of the sixteenth and seventeenth centuries. In: Impey, O., & MacGregor, A. (Eds.). The Origins of Museums: The cabinet of curiosities in sixteenth- and seventeenth century Europe. London. House of Stratus. p. 1-17.

Pardal, P. (1985). Brasil, 1792: início do ensino da Engenharia Civil e da Escola de Engenharia da UFRJ. Rio de Janeiro, Odebrecht. 110p.

Pearce, S. M. (1994). The Urge to Collects. In: Pearce, S.M. (Ed.). Interpreting Objects and Collecting. Routledge, 157-159p.

Plummer, T. W., Ditchfield, P. W., Bishop, L. C., Kingston, J. D., & Ferraro, J. V. (2009). Oldest Evidence of Tool making Hominins in a Grassland-Dominated Ecosystem. PLoS ONE, 4(9): e7199. doi: 10.1371/journal.pone.0007199.

Pomian, K. (1994). The collection: between the visible and the invisible. In: Pearce, S.M. (Ed.). Interpreting Objects and Collecting. Routledge. p. 160-174.

Raminelli, R. (2008). Viagens Ultramarinas: Monarcas, vassalos e governo a distância. São Paulo, Alameda, 311p.

Romano, M., Cifelli, R., Vai, G. B. (2015). Natural history: First museologist's legacy. Nature, 517, p.271. doi: 10.1038/517271c.

Semaw, S., Rennet, P., Harris, J. W. K., & Felbel, C. S. (1997). 2.5-million-year-old stone tools from Gona, Ethiopia. Nature, 385, 333-336.

Simmons, J. E. (2017). History of Museums. Encyclopedia of Library and Information Sciences, Fourth Edition. p. 1812-1823.

Taylor, H. (2021). Mining Metals, Mining Minds: An Exploration of Georgius Agricola’s Natural Philosophy in De Re Metallica (1556). Vanderbilt University. 222p. (PhD Thesis)

Thomsen, C. J. (1848). A guide to northern archaeology. Edited for the use of English readers by the Earl of Ellesmere. London/Copenhagen: J. Bain/Berling brothers. 128p.

Walley, G. (1997). The social history value of Natural History Collections. In: Nudds, R. J., & Pettit, C. W. (Eds.). (1997). The Value and Valuation of Natural Science Collections. London: The Geological society. p. 49-60.

Watson, H. (2010). Ashmolean Museum, Oxford. Architectural Design, 80(3), 102-105. doi: 10.1002/ad.1084.

Wilson, W. E. (1994). The history of mineral collecting 1530-1799: with notes on twelve hundred early mineral collectors. Mineralogical Record, 25(6), 264p.

Vale, R.W.S. (2018). Construindo a Corte: o Rio de Janeiro e a nova ordem urbana. Arquivo Nacional. URL: http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/. Acesso 11.10.2022.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Terrae Didatica

Downloads

Não há dados estatísticos.