Resumo
O artigo discute as ideias apresentadas pelo filósofo francês Jacques Rancière em O Mestre Ignorante (1987/2002) quanto a suas possíveis relações com a produção e circulação de livros didáticos para o ensino básico. Particularmente, observa-se como o livro didático pode reforçar o que o autor chama de lógica da explicação, intensificando a hierarquia das inteligências e a condição de desigualdade em nome de uma igualdade ainda por vir, mas também como ele pode interromper essa lógica, funcionando como uma fonte mediadora de duas vontades a serviço de uma única inteligência: a que possibilita que tanto o professor como o aluno aprendam e ensinem aquilo que ainda não sabem. Como suporte para a discussão, referimo-nos a alguns trechos de editais do governo federal relativos à elaboração de coleções de livros didáticos de língua estrangeira moderna. Palavras-chave: livro didático; lógica da explicação; Jacques RancièreO periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:
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