Banner Portal
Ensino de língua estrangeira para crianças – entre o todo e a parte – uma análise da dinâmica das crenças de uma professora e de seus alunos
Remoto

Palavras-chave

Língua estrangeira para crianças. Crenças. Abordagem reflexiva

Como Citar

SCHEIFER, Camila Lawson. Ensino de língua estrangeira para crianças – entre o todo e a parte – uma análise da dinâmica das crenças de uma professora e de seus alunos. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 48, n. 2, p. 197–216, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645222. Acesso em: 1 maio. 2024.

Resumo

O presente trabalho busca compreender como funcionam as crenças de uma professora e de seus alunos acerca do processo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira para crianças, em um contexto pedagógico específico. Para tanto, através de um empreendimento crítico-reflexivo, a professorapesquisadora parte de uma perspectiva sócio-histórica de linguagem e desenvolvimento psicológico humano, a partir da qual as crenças, enquanto construtos subjetivos, são analisadas e discutidas. O corpus foi recolhido em sala de aula, a partir de gêneros textuais específicos e constitutivos da função de professor e alunos. A análise revela que as crenças constituem-se mutuamente no e através do discurso, sendo influenciadas por diversos elementos que compõem o contexto de sala de aula. Os resultados, além de contribuírem para o entendimento do que sejam crenças e do papel que elas ocupam no ensinoaprendizagem de línguas estrangeiras para crianças, sugerem o uso de abordagens reflexivas como uma alternativa para o desenvolvimento profissional do professor

ABSTRACT:

The present essay aims to understand how beliefs towards foreign language teaching and learning are constructed by both teacher and young students in a particular context. Engaged in a critical and reflective undertaking, the teacher-researcher develops the study from a socio-historical theory of language and human psychological development. Based on this theory, beliefs, as subjective constructs, are analysed and discussed. The corpus was collected in classroom, through textual genres that are specific of teacher’s and student‘s roles. The analysis reveals that beliefs are mutually constructed, in and through discourse, and are influenced by the different elements that are part of the classroom context. The results, besides their contributions to the comprehension of what a belief is and the role it plays in the process of teaching-learning a foreign language to young learners, suggest the use of reflective approaches as an alternative to teacher‘s professional development.

Keywords: foreign languages; children; beliefs; reflective approach

Remoto

Referências

ABRAHÃO, M. H. V. (1999). Tentativas de construção de uma prática renovada: a formação em serviço em questão. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. de. O professor de Língua Estrangeira em Formação.

Campinas: Pontes, p. 29-50.

ALMEIDA FILHO, J. C. P. de. (1999). O professor de Língua Estrangeira em Formação. Campinas: Pontes.

ALVARENGA, M. B. (1999). Configuração da abordagem de ensinar de um professor com reconhecido nível teórico em Lingüística Aplicada. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. de. O professor de Língua Estrangeira em Formação. Campinas: Pontes, p. 111-126.

BAKHTIN, M. (1929). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997.

BAQUERO, R. (1998). Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médias.

BARCELOS, A. M. F. (2000). Understanding Teachers‘ and Students‘Language Learning Beliefs in Experience: A Deweyan Approach. (2000). Tese de Doutorado. University of Alabama. Tuscaloosa, Alabama.

_______. (2006). Cognição de professores e alunos: tendências recentes na pesquisa de crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas. In: ABRAHÃO, M. H. V.; BARCELOS, A. M. F. Crenças e Ensino de Línguas. Campinas: Pontes, p. 15-42.

BAUMAN, Z. (1997). O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

BAZERMAN, C. (2005). Gêneros Textuais, Tipificação e Interação. São Paulo: Cortez.

_______. (2006). Gênero, Agência e Escrita. São Paulo: Cortez.

DUFVA, H. (2003). Beliefs in Dialogue: A Bakhtinian view. In: KALAJA & BARCELOS (ed.). Beliefs about SLA: New research approaches. Netherlands, Kluwer Academic Publishers, p. 131-151.

ELLIS, R. (1999). Understanding Second Language Acquisition. Oxford: Oxford University Press.

FARACO, C. A. (2006). Linguagem e Diálogo: as idéias lingüísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar Edições.

FÉLIX, A. (1999). Crenças de duas professoras de uma escola pública sobre o processo de aprender língua estrangeira. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. de. O professor de Língua Estrangeira em Formação.

Campinas: Pontes, p. 93-110.

FIORIN, J. L. (2006). Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática.

FREEMAN, D.; JOHNSON, K. E. (2001). Teacher Learning in Second Language Teacher Education: A Socially-Situated Perspective. Revista Brasileira de Lingüística Aplicada, v. 1, n. 1, 53-69.

LEFFA, V. J. (1991). A look at students‘concept of language learning. Trabalhos em Lingüística Aplicada, n. 17, p. 57-65.

MAGALHÃES, M. C. C. (2000). Aprendendo a ensinar: a autonomia do professor-aprendiz no projeto de extensão da Faculdade de Letras da UFMG.. Revista Linguagem & Ensino, v.3, n. 2, p. 61-73.

OSORIO, E. M. R.; TELLES, J. (1999). O professor de línguas estrangeiras e o seu conhecimento pessoal da prática, princípios e metáforas. Revista Linguagem e Ensino, v. 2, n. 2, p. 29-60.

PESSOA, R. R. (2002). A reflexão interativa como instrumento de desenvolvimento profissional: um estudo com professores de inglês da escola pública. (2002). Tese de Doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2002.

REGO, T. C. (1999). Vygotsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes.

REVUZ, C. (2002). A língua estrangeira entre o desejo de outro lugar e o risco do exílio. In: SIGNORINI, (org.) Língua(gem) e identidade. Campinas: Mercado de Letras.

ROCHA, C. H. (2006). Provisões para Ensinar LE no Ensino Fundamental de 1ª a 4ª Séries: dos Parâmetros Oficiais e Objetivos dos Agentes. (2006). Dissertação de mestrado (Mestrado em Linguística Aplicada). Unicamp. Campinas.

ROCHA, C. H.; BASSO, E. A. (orgs.). (2008). Ensinar e aprender língua estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores e formadores. São Carlos: Claraluz.

SCARAMUCCI, M. V.; COSTA, L. P.; ROCHA, C. H. (2008). A avaliação no ensino-aprendizagem de línguas para crianças: conceitos e práticas. In: ROCHA, C. H.; BASSO, E. A. (orgs.) Ensinar e aprender língua estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores e formadores. São Carlos: Claraluz, p. 85-114.

SCHEIFER, C. L. (2008). Ensino de Língua Estrangeira para Crianças: entre “o todo” e “a parte”: uma análise da dinâmica das crenças de uma professora e de seus alunos. (2008). Dissertação de mestrado (Mestrado em Letras). Universidade Católica de Pelotas. Pelotas.

SCHÖN, D. (2000). Educando o Profissional Reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem.

Porto Alegre: Artmed.

TELLES, J. A. (2002). A trajetória narrativa: histórias sobre a prática pedagógica e a formação do professor de línguas. In: GIMENEZ, T. (org.) Trajetórias na formação de professores de línguas.

Londrina: Eduel, p. 3-15.

VYGOTSKY, L. S. (1987) Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

_______. (2001). Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes.

_______. (1984) A formação Social de Mente. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

WALLACE, M. J. (1991). Training Foreign Language Teachers: a reflective approach. Cambridge: Cambridge University Press.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.