Banner Portal
Formação de professores de espanhol para crianças no brasil: alguns caminhos possíveis
Remoto

Palavras-chave

Espanhol para crianças. Ensino de espanhol. Formação de professores

Como Citar

ERES FERNÁNDEZ, Gretel. Formação de professores de espanhol para crianças no brasil: alguns caminhos possíveis. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 48, n. 2, p. 353–365, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645230. Acesso em: 1 maio. 2024.

Resumo

Este trabalho procura delinear a atual situação do ensino de espanhol como língua estrangeira para crianças brasileiras. Partimos das questões legais que envolvem a aprendizagem e o ensino a crianças nos primeiros anos do Ensino Fundamental e que apresentam uma lacuna na qual é possível incluir o ensino de língua estrangeira antes do proposto nas referidas leis. Apoiamo-nos, também, nas teorias de desenvolvimento propostas por Piaget (1967) e Vygotsky (1993) que descrevem as etapas pelas quais as crianças passam. Fundamentamo-nos, ainda, nos postulados sobre aquisição/aprendizagem de línguas estrangeiras de Krashen (1995) bem como na hipótese do input compreensível, na medida em que entendemos que interage com a teoria vygostkyana sobre a zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Além disso, tomamos como base os estudos de Cameron (2001) sobre ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras para crianças, nos quais são criticados alguns pontos da teoria de Piaget, entre eles a limitação etária que o pesquisador afirmava que as crianças apresentam. Valemo-nos, ainda, do trabalho de Carranza (2002) que concorda com a hipótese do filtro afetivo formulada por Krashen que, segundo aquela pesquisadora, atua diretamente no processo de aquisição da língua estrangeira. Este artigo, com base na pesquisa no qual se apóia, oferece, também, algumas sugestões de atividades para o ensino de línguas estrangeiras para crianças e, por fim, recomenda a implantação de cursos de formação de professores de espanhol como língua estrangeira para crianças, uma vez que, até este momento, não se tem notícia da existência de um programa como esse.

RESUMEN:

Este trabajo busca delinear la situación actual de la enseñanza de español como lengua extranjera a niños brasileños. Partimos de las cuestiones legales que atañen a la enseñanza y al aprendizaje de niños en los primeros años de la Enseñanza Fundamental y que presentan un hueco en el que se puede incluir la enseñanza de lengua extranjera antes de lo propuesto en las referidas leyes. También nos apoyamos en las teorías de desarrollo de Piaget (1967) y Vygotsky (1994) que describen las etapas por las que pasan los niños. Nos fundamentamos aun en los postulados sobre adquisición/aprendizaje de lenguas extranjeras de Krashen (1995), así como en la hipótesis del input comprensible, en la medida en que entendemos que interactúa con la teoría vygotskyana sobre la zona de desarrollo proximal (ZDP). Además, tomamos como base los estudios de Cameron (2001) sobre enseñanza y aprendizaje de lenguas extranjeras a niños, en los que se critican algunos puntos de la teoría de Piaget, entre ellos la limitación de edad que el investigador afirmaba que los niños presentan. También nos pautamos en el trabajo de Carranza (2002) que está de acuerdo con la hipótesis del filtro afectivo formulada por Krashen que, según aquella investigadora, actúa directamente en el proceso de adquisición de la lengua extranjera. Este artículo, con base en la investigación en que se apoya, también ofrece algunas sugerencias de actividades para la enseñanza de lenguas extranjeras a niños y, por fin, recomienda la implantación de cursos de formación de profesores de español como lengua extranjera a niños, una vez que, hasta ahora, no se conoce un programa como ese.

Palabras-clave: español para niños; enseñanza de español; formación de profesores

Remoto

Referências

ABRAHÃO, M.H.V., ALMEIDA FILHO, J.C.P.de, BOHN, H.I. (Comissão de redação) (2000). Carta de Pelotas. Florianópolis: Ipol.

BETTELHEIM, B. (1980). A psicanálise dos contos de fadas. 20.ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

BROUGÈRE,G. (1998). Jogos e educação. Porto Alegre: Artes Médicas.

BOÉSSIO, C.P.D.(2005). Uma prática reflexiva do ensino de Espanhol nas séries iniciais, http:// www.cce.ufsc.br/~lle/congresso/trabalhos_lingua/Cristina%20Pureza%20Duarte%20Boessio.doc, acessado em 02.05.2005.

BRASIL. (1996). MEC. LEI de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394, de 20 de dezembro.

BRASIL. (1999). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais, códigos e suas tecnologias. Língua estrangeira moderna. Brasília: MEC, 1999. pp 49-63.

BRASIL.(1998). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira/ Secretaria de Educação Fundamental, Brasília, MEC/SEF.

CAMERON, L. (2001). Teaching languages to young learners. Cambridge: Cambridge United Press.

CARRANZA, M.G. (2002). Lenguas extranjeras en Educación Infantil. Manual Didactico. s/l, Calipso.

CHOMSKY, N. (1987). On the Nature, Use, and Acquisition of Language. In: CHOMSKY, N. Generative grammar: its basis, development and prospects. Kyoto: Kyoto University of Foreign Studies.

CUNHA, N.H.S. e NASCIMENTO, S.K.do. (2005). Brincando, aprendendo e desenvolvendo o pensamento matemático. Petrópolis: Vozes.

DECLARAÇÃO de Bolonha (1999), disponível em: http://www2.ull.es/docencia/ creditoeuropeo/ bolonia.pdf , acessado em 15.06.2009.

FALCÃO, G.M. (1984). Psicologia da aprendizagem. São Paulo: Ática.

FERNÁNDEZ GÁLVEZ, J.D. (2000). ¿Qué cambia al pensar en “problemas de enseñanza” en vez de “problemas de aprendizaje”? in: Alas para Volar. I Congreso Internacional de Necesidades Educativas Especiales. Granada: Ediciones Adhara. (vol.2).

HARPAZ, Y. (2002). Myths and misconceptions in cognitive science. Human cognition in the human brain. http://human-brain.org/myths.html. Acessado em 13.12.2005.

JALLES, A.F. (2003) La Adquisición del Lenguaje Infantil en un Contexto Bilingüe. Madrid: Universidad Complutense de Madrid. Tese de doutorado.

KISHIMOTO, T.M. (org.) (2002). O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

KRASHEN, S.D. (1995). Principles and practice in second language acquisition. Hertfordshire: Phoenix ELT.

LENNEBERG, E. (1981). Fundamentos biológicos del lenguaje. 2.ed., Madrid: Alianza.

PIAGET, J (1967). Seis estudos de Psicologia, Rio de Janeiro: Forense.

RAPPAPORT, C.R. et al. (1981). Psicologia do desenvolvimento. São Paulo: EPU. (vol.1, 3, 4) RINALDI, S. (2000). As estratégias de ensino de espanhol em sala de aula para alunos de Ensino Fundamental I – 8-9 anos, FE-USP. (monografia apresentada ao final do curso de Licenciatura, disciplina Metodologia do Ensino de Espanhol).

_______. (2006). Um relato da formação de professores de Espanhol como Língua Estrangeira para crianças: um olhar sobre o passado, uma análise do presente e caminhos para o futuro. Dissertação de mestrado. Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo.

RODRIGUES, L. A. D (2005). Dos fios, das tramas e dos nós: a tessitura da rede de crenças, pressupostos e conhecimentos de professores de inglês que atuam no Ciclo I do Ensino Fundamental. Tese de doutoramento. Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo.

SCHÜTZ, R. (2004). A Idade e o Aprendizado de Línguas. English Made in Brazil <http://www.sk.com.br/ sk-apre2.html>. Acessado em 03.05.2005.

SOLLA, M.L. (2005). Uma prenda de Natal ou o ‘Papai Noel entrou pela porta dos fundos’. http:// www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=615. Acessado em 11.06.2009.

VYGOTSKI. L.S. (1993). Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.