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Escritoras em exílio de língua: notas de uma correspondência
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Palavras-chave

Exílio. Língua Francesa. Escrita.

Como Citar

DEÂNGELI, Maria Angélica; OLIVEIRA, Gabirela. Escritoras em exílio de língua: notas de uma correspondência. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 56, n. 2, p. 689–709, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8647168. Acesso em: 8 out. 2024.

Resumo

O objetivo deste trabalho é o de investigar o papel da língua francesa na obra Lettres parisiennes: histoires d’exil (1986), da canadense Nancy Huston e da argelina Leïla Sebbar. Trata-se de analisar em que medida o exílio apresenta-se como condição de escrita para as autoras e, também, de que maneira esse movimento geográfico e cultural dá lugar a um questionamento sobre a língua, o lugar da mulher na sociedade, a oposição centro versus margem. Nesse projeto de correspondência, que durou cerca de três anos, Huston e Sebbar traçam um retrato de si mesmas, abordando temas como o cotidiano, a infância, os amores, a paixão pelos livros, e perscrutam os laços do passado, mais precisamente, as complexas relações que se tecem entre a língua do pai e a língua da mãe, o país natal e a terra do outro, enfim, o próprio e o estrangeiro. São esses rastros, apenas perceptíveis na escrita, que procuramos interrogar em nosso trabalho.

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Referências

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