Banner Portal
Affordances computacionais, colapsos de contexto e outros desafios para os estudos linguísticos
PDF (English)

Palavras-chave

Meio
Design computacional
Colapso de contexto

Como Citar

SANTOS, Vinícius Vargas Vieira dos. Affordances computacionais, colapsos de contexto e outros desafios para os estudos linguísticos. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 59, n. 1, p. 583–600, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8658460. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Com a crescente incorporação das mídias digitais nas sociedades do século XXI, ocorreu um fenômeno paradigmático na questão da linguagem: as práticas comunicativas começaram a ser amplamente mediadas pela tecnologia. Além de incorporar tecnologias anteriores, como rádio e televisão, os computadores permitiram que os usuários, que eram meros destinatários passivos, também se tornassem emissores de informação. Partindo do princípio apontado por Marshall McLuhan (1964) de que o meio controla as escalas e ações configuradas na linguagem, este artigo procura entender os níveis escalares dos contextos de novas tecnologias e como eles repercutem nas práticas linguísticas intermediadas. A mídia digital é considerada aqui a partir de seus próprios designs computacionais, canais de comunicação que, longe de serem neutros, são previamente estabelecidos por grandes empresas computacionais e, portanto, apresentam ideologias e formas de interação já configuradas, estimulando dimensões semióticas e pragmáticas de linguagem, refletindo sobre aspectos da cultura e, consequentemente, sobre a vida política.

PDF (English)

Referências

ABREU, G.; NICOLAU, M. (2014). A estética do anonimato na Deep Web: a metáfora das máscaras e do homem invisível aplicada ao “submundo” da internet. Culturas Midiáticas, v. 7, nº 1, (pp. 119-134).

AUSTIN J. (1963). Speech Acts and Convention “Performative-Constative”. In: NUCCETELLI, S. & SEAY, G. (eds.), Philosophy of language: The central topics (2008). New York: Rowman and Littlefield.

BLOMMAERT, J. (2012). Ethnography, superdiversity and linguistic landscapes: chronicles of complexity. Bristol: Multilingual Matters.

BLOMMAERT, J.; BACKUS, A. (2013). Superdiverse Repertoires and the Individual. In SAINT-GEORGES I; WEBER J. (eds.), Multilingualism and Multimodality: Current Challenges for Educational Studies. Rotterdam: Sense Publishers, (pp. 11-32).

BLOMMAERT, J. (2019). Professor Jan Blommaert on Gramsci and the internet. Retrieved from < https://www.youtube.com/watch?v=mwHPW8KxVHI&t=321s>. Last accessed: 05 Jan. 2020.

CRYSTAL, D. (2001) Language and the Internet. Cambridge: Cambridge University Press.

DUMBILL, E. (2012). What Is Big Data?. In: DUMBILL E. (ed.), Planning for Big Data. Sebastopol: O’Reilly Radar Team.

FREGE, G. (1980). The Foundations of Arithmetic. Trans. J. L. Austin. Oxford: Basil Blackwell.

GIBSON, J. (1986). The ecological approach to visual perception. New Jersey: Lawrence Erlbaum.

HALLIDAY, M. A. K. (1999). The notion of “context” in language education. In GHADESSY, M. (ed.) Text and context in functional linguistics. Amsterdam: John Benjamins Publishing Company, (pp.1-24).

JAKOBSON, R. (1960). Closing statement: Linguistics and poetics. In: SEBEOK, T. A. (ed.). Style in Language. Cambridge: MIT Press, (pp. 350-377).

KEANE, W.; SILVERSTEIN, M. (2017). Curated Conversation: “Materiality: It's the Stuff!”. In: CAVANAUGH, J; SHANKAR, S (eds.), Language and Materiality: Ethnographic and Theoretical Explorations. Cambridge: Cambridge University Press.

KUMAR, A.; DABAS, V.; HOODA, P. (2017). Text classification algorithms for mining unstructured data: A SWOT analysis. In: HODA, M. N. International Journal of Information Technology. Delhi: Springer, (pp. 1–11).

LANIER, J. (2010). You Are Not a Gadget: A Manifesto. New York: Alfred A. Knopf.

LOPES, P. (2019). Mentiras, pegadas e algoritmos: da necessidade de uma educação para os media. In: LOPES, P. & REIS, B. (eds.), Comunicação Digital: media, práticas e consumos. Lisbon: NIP-C@M & UAL, (pp. 137-156).

MALINOWSKI, B. (1923). The problem of meaning in primitive language. In: OGDEN, C. K. and RICHARDS I. A. (eds.), The meaning of meaning. London: Routledge & Kegan Paul, (pp. 296-336).

MARWICK, A.; BOYD, D. (2010). I tweet honestly, I tweet passionately: Twitter users, context collapse, and the imagined audience. New Media & Society, v. 13, nº1, (pp. 114-133).

MCLUHAN, M. (1964). Understanding Media: The Extensions of Man. New York: McGraw-Hill.

MEUNIER, A.; LEVESQUE, J. (2014). Manifesto datadada. Retrieved from: <https://data-dada.net/en/>. Last accessed: 19 Dec. 2019.

NUNBERG, G. (2012). Forget YOLO: Why 'Big Data' Should Be The Word Of The Year. Retrieved from: < https://www.npr.org/2012/12/20/167702665/geoff-nunbergs-word-of-the-year-big-data> . Last accessed: 20 Dec. 2019.

POE, E. A. (1984). A descent into the maelström. In: Poetry and tales. New York: The Library of America, (pp. 432-48).

PORTER, D. (1997). Introduction. In: PORTER D. (ed.), Internet culture. London: Routledge, (pp. xi-xviii).

RAJAGOPALAN, K. (2013). Como o internetês desafia a linguística. In: SALIÉS, T. G.; SHEPHERD, T. G. Linguística da Internet. São Paulo: Contexto, (pp. 37-53).

SAUSSURE, F. (1959). Course in General Linguistics. Trans. Wade Baskin. New York: Philosophical Library.

SOUSA, J.; CURVELLO, J.; RUSSI, P. (2012). 100 anos de McLuhan. Brasilia: Casa das Musas.

VARIS, P. (2014). Digital Ethnography. In: Georgakopoulou A.; Spilioti T. The Routledge Handbook of Language and Digital Communication. London: Routledge, (pp. 55-68).

VERTOVEC, S. (2007). Super-diversity and its implications. Ethnic and Racial Studies, v.30, n. 6, (pp. 1024-1054).

ZIKOPOULOS, P. (2012). Understanding Big Data: Analytics for Enterprise Class Hadoop and Streaming Data. Aspen: McGraw-Hill.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.