Banner Portal
Nossa casa está caindo... e agora, Vanessa?
PDF

Palavras-chave

Modernidade/colonialidade
Interrupção
Futuros alternativos
Cosmologias indígenas
Responsabilidade visceral

Como Citar

ANDREOTTI , Vanessa de Oliveira; SILVA, Jhuliane Evelyn da; JORDÃO, Clarissa Menezes. Nossa casa está caindo... e agora, Vanessa? capitalismo, decolonialidade e futuros re-imaginados. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 60, n. 2, p. 595–607, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8664791. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Fruto de diálogos estabelecidos ao longo de algum tempo, a presente entrevista intenta contribuir para ampliar os horizontes da pesquisa em Linguística Aplicada no Brasil e das pesquisas fundamentadas em quadros de referência críticos e decoloniais, que colocam em xeque a modernidade/colonialidade, bem como noções de progresso, desenvolvimento, verdade, certeza e educação fundadas na separabilidade que privilegia o ser humano em relação a todos os outros seres. É nessa tônica que a professora Vanessa de Oliveira Andreotti, titular da Cátedra de Pesquisa Canadense em questões relacionadas a raça, globalização, desigualdades e transformações sociais na educação, nos convida a dar um passo atrás: não para enxergar o “verdadeiro” cenário e analisar as consequências da globalização, mas para tentarmos entender os padrões históricos e sistêmicos de reprodução dessas desigualdades e assim vislumbrar ou mesmo criar possibilidades outras de coexistência no planeta. O escopo da entrevista, neste sentido, insere a Linguística Aplicada num universo amplo que inclui nossas bases ontoepistemológicas na percepção do que seja construir conhecimento e fazer ciência num processo de ampliação de possibilidades de leitura de si, do outro e do mundo.

PDF

Referências

AHENAKEW, C. (2016). Grafting Indigenous ways of knowing onto non-Indigenous ways of being: the (underestimated) challenges of a decolonial imagination. International Review of Qualitative Research, v. 9, n. 3, p. 323-340.

AHENAKEW, C.; ANDREOTTI, V.; COOPER, G.; HIREME, H. (2014). Beyond epistemic provincialism: de-provincializing Indigenous resistance. AlterNative: An International Journal of Indigenous Peoples, v. 10, n. 3, p. 216-231.

ANDREOTTI, V. (2016). (Re) imagining education as an un-coercive re-arrangement of desires. Other Education, v. 5, n. 1, p. 79-88.

ANDREOTTI, V. (2019). The enduring challenges of collective onto- (and neuro-) genesis. Lapiz, n. 4, p. 61-78.

ANDREOTTI, V.; STEIN, S.; SIWEK, D.; CARDOSO, C.; CAJKOVA, T.; PATAXO, U.; PITAGUARY, B.; PITAGUARY, R.; HUNI KUI, N.; JIMMY, E. (2019). Sinalizando rumo a futuros decoloniais: observações pedagógicas e de pesquisa de campo. Sinergias – diálogos educativos para a transformação social, n. 9, p. 9-28.

ANDREOTTI, V.; STEIN, S.; SUSA, R. (2019). Da casa construída pela modernidade ao micélio saudável. Sinergias – diálogos educativos para a transformação social, n. 8, p. 9-19.

ASHER, K. (2019). Reivindicar la cercanía entre los feminismos poscoloniales y decoloniales con base en Spivak y Rivera Cusicanqui. Tabula Rasa, n. 30, p. 13-25.

BAKHTIN, M. (2010). Para uma filosofia do ato responsável. Tradução de Valdemir Miotello e Carlos Alberto Faraco. São Carlos: Pedro & João Editores.

BAKHTIN, M. (2016). Os gêneros do discurso. São Paulo: Editora 34.

BURMAN, A. (2012). Places to think with, books to think about. Human Architecture: Journal of the sociology of self-knowledge, v. 10, n. 1, p. 101-120.

CAMERON, D. (1997). Demithologyzing Sociolinguistics. In: Coupland, N. & Jaworski, A. (ed.), Sociolinguistics: a reader. New York: MacMillan.

CUSICANQUI, S. (2012). Ch'ixinakax utxiwa: a reflection on the practices and discourses of decolonization. South Atlantic Quarterly, v. 111, n. 1, p. 95-109.

DA SILVA, N. R.; SOTERO, A. L. E. (2020). A ineficiência da aplicabilidade na Lei Maria da Penha. São Paulo, Revista Âmbito Jurídico, n. 198, [não paginado].

DERRIDA, J. (2005). A farmácia de Platão. São Paulo: Iluminuras.

FREIRE, P. (2014). Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Paz e Terra.

GROSFOGUEL, R. (2019). Epistemic extractivism: a dialogue with Alberto Acosta, Leanne Betasamosake Simpson, and Silvia Rivera Cusicanqui. In: Sousa Santos, B. & Meneses, M. P. (org.). Knowledges born in the struggle. New York: Routledge, p. 203-218.

HELLER, M.; MC ELHINNY, B. (2017). Language, capitalism, colonialism: toward a critical history. Toronto: University of Toronto Press.

JORDÃO, C.M. Applied linguistics “made in Brasil”: a guessing game. In: Silveira, Rosane & Rodrigues, Alison. Applied Linguistics at Issue: dialogues among Brazilian educators. Florianópolis: Editora da UFSC. No prelo.

MIKA, C. (2017). Indigenous education and the metaphysics of presence: a worlded philosophy. New York: Taylor & Francis.

MIKA, C.; ANDREOTTI, V.; AHENAKEW, C.; SILVA, D. F. da. (2020). The ontological differences between wording and worlding the world. Journal of Language, Discourse and Society, v. 8, n. 1 (15), p. 17-32.

MIGNOLO, W. (2017). Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 32, n. 94, p. 1-18.

OLIVEN, R. G.; GARCEZ, P. de M. (2020). A mudança social se desenrola conflituosamente no terreno da linguagem: entrevista com Monica Heller (Professora da University of Toronto)”. Porto Alegre, Horiz. antropol., n. 57, p. 315-359.

PARO, C. A.; VENTURA, M.; SILVA, N. E. K. (2020). Paulo Freire e o inédito viável: esperança, utopia e transformação na saúde. Trab. educ. saúde: Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 1-22.

PLATÃO. (2000). Fedro ou da beleza. Tradução e notas de Pinharanda Gomes. 6. ed. Lisboa: Guimarães.

SOUZA, L. M. T. M. de; MONTE-MÓR, W. (2006) Linguagens, códigos e suas tecnologias: conhecimentos de línguas estrangeiras. Orientações curriculares para o ensino médio. Brasília: Ministério da Educação / Secretaria de Educação Básica, 2006.

SOUSA SANTOS, B. (2007). Beyond abyssal thinking: from global lines to ecologies of knowledges. Binghamton University Review, v. 30, n. 1, p. 45-89.

SOUSA SANTOS, B. (2019). O fim do império cognitivo. Belo Horizonte: Autêntica.

SOUSA SANTOS, B. (2020). A cruel pedagogia do vírus. São Paulo: Almedina.

SPIVAK, G. (2004). Righting wrongs. The South Atlantic Quarterly, v. 103, n. 2, p. 523-581.

STEIN, S.; ANDREOTTI, V.; SUSA, R.; AMSLER, S.; HUNT, D.; AHENAKEW, C.; JIMMY, E.; CAJKOVA, T.; VALLEY, W.; CARDOSO, C.; SIWEK, D.; PITAGUARY, B.; D’EMILIA, D.; PATAXÓ, U.; CALHOUN, B.; OKANO, H. (2020). Gesturing towards decolonial futures: reflections on our learnings thus far. Nordic Journal of Comparative and International Education (NJCIE), v. 4, n. 1, p. 43-65.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Trabalhos em Linguística Aplicada

Downloads

Não há dados estatísticos.