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A repetição na poesia de manoel de barros: as distâncias do nada
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Palavras-chave

Repetição. Poesia. Manoel de Barros

Como Citar

LANDEIRA, José Luís. A repetição na poesia de manoel de barros: as distâncias do nada. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 49, n. 1, p. 39–51, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645290. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

A repetição, na língua, manifesta-se em todos os níveis da produção do texto como um procedimento básico que participa na construção do sentido. Este artigo procura surpreender a repetição na poesia de Manoel de Barros, em especial, naquilo que ela contribui para compreender o valor do pequeno e do insignificante resgatando ou ampliando a dimensão poética da língua. Ao mesmo tempo, procura-se compreender como o jogo de reiterações promove uma re-significação no que é o modo racional na linguagem e na visão de mundo sem despir-se da magia presente no encontro do indivíduo consigo mesmo, na sua interioridade e na construção de sua identidade social. O artigo está dividido em três partes: a primeira procura analisar a repetição como elemento da elaboração do sentido no texto poético; a segunda preocupa-se com a linguagem na poesia de Manoel de Barros, com particular relevância para o jogo de recorrências; finalmente, a terceira, afunila ainda mais nosso objeto de estudo, concentrandose em analisar como as recorrências de negação contribuem para a construção do sentido no poema “O que eu não sei fazer desmancho em frases”

RESUMÉN:

La repetición, en la lengua, se manifiesta en todos los niveles de la producción del texto como un procedimiento básico que participa en la construcción del sentido. Este artículo procura sorprender la repetición en la poesía de Manoel de Barros, en especial, en lo que ella contribuye para comprehender el valor de lo pequeño y de lo insignificante, rescatando o ampliando la dimensión poética de la lengua. Al mismo tiempo, deseamos comprehender como el juego de reiteraciones promueve la alteridad en la manera de ver el mundo a partir de una resignificación de lo que es racionalidad en el lenguaje sin desnudarse de la magia existente en el encuentro del individuo consigo mismo, en su interioridad e en la construcción de su identidad social. Este artículo está dividido en tres partes: en la primera, procuramos analizar la repetición como elemento de la elaboración del sentido en el texto poético, la segunda, se preocupa con el lenguaje en la poesía de Manoel de Barros, con foco particular en el juego de recurrencias; finalmente, la tercera se concentra aún más en nuestro objeto de estudio, al proponer el análisis del poema “O que não sei fazer desmancho em frases” a partir del estudio de las recurrencias de negación.

Palabras-llave: repetición; poesía; Manoel de Barros

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