Banner Portal
Diáspora negra em contexto de tradução: discutindo a publicação de Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, no Brasil
PDF

Palavras-chave

Tradução. Diáspora negra. Mulheres
raça e classe.

Como Citar

SILVA, Luciana de Mesquita. Diáspora negra em contexto de tradução: discutindo a publicação de Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, no Brasil. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 57, n. 1, p. 205–228, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8651712. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Este artigo objetiva abordar a tradução de textos afrodiásporicos no Brasil, com foco na obra Women, Race & Class (1981), de Angela Davis, traduzida por Heci Regina Candiani e publicada pela editora Boitempo com o título de Mulheres, raça e classe (2016). Para tanto, pretende-se levantar discussões como: De que modo se constituem os paratextos (capa, quarta capa, prefácio, notas de rodapé, entre outros)? Quais foram as estratégias tradutórias adotadas? Qual o perfil da editora? Como tem sido a recepção crítica do livro no Brasil? Nesse sentido, na busca por compreender o contexto da tradução de Women, Race & Class no cenário cultural brasileiro, serão utilizados como base os Estudos da Tradução sob uma perspectiva descritivista. Os pensamentos de teóricos como Lambert e Van Gorp (1985), Bassnett e Lefevere (1990), Toury (1995) e Gentzler e Tymoczko (2002), os quais discutem a importância de aspectos históricos, sociais, ideológicos e de poder relativos à tradução serão considerados. As contribuições de Sonia E. Alvarez e Claudia de Lima Costa (2013; 2014) sobre políticas de tradução de teorias e práticas feministas envolvendo mulheres latino-americanas e latinas que vivem nos Estados Unidos também serão relevantes para uma reflexão sobre questões de gênero e étnico-raciais em Mulheres, raça e classe.

PDF

Referências

ALVAREZ, S.; COSTA, C. L. (2013). A circulação das teorias feministas e os desafios da tradução. Estudos feministas, v. 21, no 2, pp. 579-586.

ALVAREZ, S. (2014). Introduction to the Project and the Volume: Enacting a Translocal Feminist Politics of Translation. In: ALVAREZ, S. et al. Translocalities/Translocalidades: Feminist Politics of Translation in the Latin/a Américas. Durham/London: Duke University Press, pp. 1-18.

AMAZON (2018). Mulheres, raça e classe: avaliação de clientes. Disponível em: https://www.amazon.com.br/Mulheres-Ra%C3%A7a-Classe-Angela-Davis/product-reviews/8575595032/ref=cm_cr_dp_d_show_all_btm?ie=UTF8&reviewerType=all_reviews.Acesso em: 02 fev. 2018.

BASSNETT, S.; LEFEVERE, A. (1990). Introduction: Proust’s Grandmother and the Thousand and One Nights: The “Cultural Turn” in Translation Studies. In: BASSNETT, S.; LEFEVERE, A. (orgs.). Translation, History and Culture. London: Pinter Publishers, pp. 1-13.

BOITEMPO EDITORIAL (2018). Heci Regina Candiani: tradutora. Disponível em: http://nasa-media.com/v3/Autores/visualizar/heci-regina-candiani. Acesso em: 31 jan. 2018.

BOITEMPO EDITORIAL (2018). Mulheres, raça e classe: Angela Davis. Disponível em: https://www.boitempoeditorial.com.br/produto/mulher-raca-e-classe-618. Acesso em: 01 fev. 2018.

BOITEMPO EDITORIAL (2018). Sobre a Boitempo. Disponível em: https://www.boitempoeditorial.com.br/sobre-a-loja. Acesso em: 01 fev. 2018.

BORGES, R. (2016). Orelhas. In: DAVIS, A. Mulheres, raça e classe, trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo.

COSTA, C. L. (2014). Introduction to Debates about Translation: Lost (and Found?) in Translation/Feminisms in Hemispheric Dialogue. In: ALVAREZ, S. et al. Translocalities/Translocalidades: Feminist Politics of Translation in the Latin/a Américas. Durham/London: Duke University Press, pp. 19-36.

COSTA, I. (2016). 'Mulheres, Raça e Classe' ganha tradução para o português. Disponível em: http://blogs.opovo.com.br/leiturasdabel/2016/10/03/mulheres-raca-e-classe-de-angela-davis-e-publicado-no-brasil/. Acesso em: 02 fev. 2018.

DAVIS, A. (1974). Angela Davis: An Autobiography. New York: Bantam.

DAVIS, A. (2016a). Angela Davis apresenta o livro da camarada Erika Huggins, trad. Jaqueline Conceição da Silva. Disponível em: http://www.almapreta.com/editorias/realidade/traducao-inedita-angela-davis-erika-huggins. Acesso em: 31 jan. 2018.

DAVIS, A. (2017a). Atravessando o tempo e construindo o futuro da luta contra o racismo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h_t_2ExQyV8. Acesso em: 02 fev. 2018.

DAVIS, A. (2016b). Mulheres, raça e classe, trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo.

DAVIS, A. (2013). Mulher, raça e classe, trad. Plataforma Gueto. Disponível em: https://plataformagueto.files.wordpress.com/2013/06/mulheres-rac3a7a-e-classe.pdf. Acesso em: 01 fev. 2018.

DAVIS, A. (2017b). O discurso de Angela Davis na Women’s March, trad. Juliana Borges. Disponível em: https://www.geledes.org.br/o-discurso-de-angela-davis-na-womens-march-traducao/. Acesso em: 31 jan. 2018.

DAVIS, A. (1983). Women, Race & Class. New York: Vintage Books.

GENETTE, G. (2009). Paratextos editoriais, trad. Álvaro Faleiros. Cotia: Ateliê Editorial.

GENTZLER, E.; TYMOCZKO, M. (2002). Introduction. In: GENTZLER, E.; TYMOCZKO, M. (orgs.). Translation and Power. Amherst/Boston: University of Massachusetts Press, pp. 11-28.

INDEX TRANSLATIONUM. (2018). Disponível em: http://www.unesco.org/xtrans/bsresult.aspx?a=davis+angela&stxt=&sl=&l=&c=&pla=&pub=&tr=&e=&udc=&d=&from=&to=&tie=a. Acesso em: 15 jan. 2018.

LAMBERT, J.; VAN GORP, H. (1985). On Describing Translations. In: HERMANS, T. (org.). The Manipulation of Literature. London: Croom Helm, pp. 42-53.

LEFEVERE, A. (1990). Translation: Its Genealogy in the West. In: BASSNETT, S.; LEFEVERE, A. (orgs.). Translation, History and Culture. London: Pinter Publishers, pp. 14-28.

LEFEVERE, A. (1992). Translation, Rewriting and the Manipulation of the Literary Fame. London/New York: Routledge.

MEIRELES, M. (2017). Do comercial ao 'cabeça', editoras do país exploram livros feministas. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/04/1873710-do-comercial-ao-cabeca-editoras-do-pais-exploram-onda-feminista.shtml. Acesso em: 02 fev. 2018.

PUBLISH NEWS. (2018). Lista de mais vendidos de não ficção de 2017. Disponível em: http://www.publishnews.com.br/ranking/anual/13/2017/0/0. Acesso em: 02. fev. 2018.

RIBEIRO, D. (2016). Prefácio à edição brasileira. In: DAVIS, A. Mulheres, raça e classe, trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, pp. 11-13.

SPERB, P. (2016). Aos 35 anos, obra de Angela Davis permanece atual e necessária. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/09/1816398-aos-35-anos-obra-de-angela-davis-permanece-atual-e-necessaria.shtml. Acesso em: 02 fev. 2018.

TOURY, G. (1995). Descriptive Translation Studies and Beyond. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins.

TYMOCZKO, M. (2010). The Space and Time of Activist Translation. In: TYMOCZKO, M. (org.). Translation, Resistance, Activism. Amherst and Boston: University of Massachusetts Press, pp. 227-254.

TYMOCZKO, M. (1999). Translation in a Postcolonial Context. Manchester: St. Jerome, 1999.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.