Banner Portal
Estratégias interacionais usadas por estudantes universitários de italiano le de níveis inicial e avançado durante conversações simétricas
PDF

Palavras-chave

Competência Interacional. Estudantes de Italiano LE. Marcadores Discursivos.

Como Citar

FERRONI, Roberta. Estratégias interacionais usadas por estudantes universitários de italiano le de níveis inicial e avançado durante conversações simétricas. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 57, n. 3, p. 1552–1589, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8652048. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

O presente artigo analisa, à luz dos estudos conversacionais, o desenvolvimento da competência interacional, com especial atenção aos marcadores discursivos e às interrupções, em aprendizes de italiano LE, durante conversações semi-guiadas.  O estudo foi realizado entre estudantes universitários de italiano como Língua Estrangeira, inscritos no primeiro e último ano do curso de Letras Italiano da Universidade de São Paulo, no Brasil. A presença maciça dos sinais interacionais para concordar, usados pelo falante e pelo interlocutor, associada a um uso esporádico de interrupções competitivas e de marcadores discursivos metatextuais, indicam que os estudantes, inclusive os de nível avançado, são pouco propensos à cultura da discussão. Apesar das repetidas dificuldades no gerenciamento da comunicação, expressas por hesitações, construções verticais e pedidos de ajuda, os participantes não hesitam na tarefa atribuída e fazem o melhor para manter a conversa viva. A variedade dos marcadores discursivos presentes na interlíngua é bastante semelhante nos dois níveis, com exceção dos marcadores de concordância, os quais são mais variados no nível avançado e dos fatismos, usados exclusivamente no nível inicial. Esse dado nos faz supor que não necessariamente a um nível de competência mais elevado corresponda uma gama mais vasta de marcadores discursivos, mas que outros fatores tenham influenciado na interlíngua dos estudantes, como o tipo de insumo e as atividades realizadas em classe visando à observação de determinadas formas. No que tange ao nível didático, emerge a necessidade de utilizar, desde os níveis iniciais, oportunas atividades de observação e de produção, que permitam a tomada de consciência sobre os mecanismos conversacionais que regulam as discussões entre nativos.
PDF

Referências

BAZZANELLA C. (2015). Segnali discorsivi a confronto. Dati e teoria, un percorso integrato. Iin Borreguero Zuloaga M.; Gómez-Jordana Ferary S. (orgs.), Les marqueurs du discours dans le langues romanes: une approche contrastive, Limoges: Lambert-Lucas, pp. 35-46.

BAZZANELLA, C. (2006). Discourse Markers in Italian: towards a ‘compositional’ meaning. In: Fischer, K. (org.), Approaches to discourse particles. Amsterdam: Elsevier, pp. 449-464.

BAZZANELLA, C. (1994). Le facce del parlare. Firenze: La Nuova Italia.

BAZZANELLA, C. (1995). I segnali discorsivi. In: Renzi, L.; Salvi, G.; Cardinaletti, A. (orgs.), Grande grammatica italiana di consultazione, vol. III. Bologna: Il Mulino, pp. 226-257.

BINI M.; PERNAS, A. (2008). Marcadores discursivos en los primeros estadios de adquisición del italiano L2. In: Monroy, R.; Sánchez, A. (orgs.), 25 años de Lingüística Aplicada en España: hitos y retos. Actas del VI Congreso de la Asociación Española de Lingüística Aplicada (AESLA), Murcia, Edit.um. [CD-Rom], pp. 25-32.

BIRELLO, M.; FERRONI. (no prelo). Italian discourse markers and TBLT approach. A study from a conversational analisys perspective. In: Iria Bello, M.; Calvi, V.; Landone, E. (orgs.), Cognitive Insights in Discourse Markers in Second Language Acquisition. Bern: Peter Lang.

BIRELLO, M.; VILAGRASA, A. (2014). Bravissimo! 3 Corso d’italiano. Barcellona: Edizioni Casa delle Lingue.

BIRELLO, M.; FERRONI, R. (2013). Giochi di identità e uso delle lingue nella classe di italiano lingua straniera. Rassegna Italiana di Linguistica Applicata, v. 45, nº 2, pp. 21-34.

BIRELLO, M.; FERRONI, R. (2018). Italian discourse markers and TBLT approach. A study from a conversational analisys perspective. In: Bello, I.; Calvi, M. V.; Landone, E. (orgs.), Cognitive Insights in Discourse Markers in Second Language Acquisition. Bern: Peter Lang, (no prelo).

BIRELLO, M.; VILAGRASA, A. (2013). Bravissimo! 2 Corso d’italiano. Barcellona: Edizioni Casa delle Lingue.

BIRELLO, M.; VILAGRASA, A. (2012). Bravissimo! 1 Corso d’italiano. Barcellona: Edizioni Casa delle Lingue.

BORREGUERO M.; PERNAS P. (2009). Cortesia e scortesia in un contesto di apprendiento linguistico: la gestione dei turni. In: Pettorino, M.; Giannini, A.; Doveto, F. M. (orgs.), La comunicazione parlata 3. Atti del terzo congreso internacionales del Gruppo di Studio sull Comunicazione Parlata. Napoli: Università degli Studi di Napoli l’Orientale Vol. I., pp. 227-247.

BRAVO, D. (2004). Cortesía verbal codificada cortesía verbal interpretada em la conversación. In: Bravo, D.; Briz, A. (orgs.), Pragmática sociocultural: estudios sobre el discurso de cortesía en español. Barcelona: Ariel Letras, pp. 67-93.

BROWN, P.; LEVINSON, S. (1987). Politeness. Some universals in language usage. Cambridge: Cambridge University Press.

CEKOVIĆ, N. (2014). I segnali discorsivi nell'interlingua degli studenti universitari di italiano L2. Italica Belgradensia, v. 2, nº 1, pp. 193-110.

FERRONI, R. (2017). Analisi di una conversazione tratta da un dominio professionale: la gestione di una discussione fra parlanti d’italiano. Caligrama: Revista de Estudos Românicos,v. 22, nº2, pp. 33-60.

FERRONI, R.; BIRELLO, M. (2016). Meta-analisi e applicazione di una proposta didattica orientata all’azione per l’apprendimento dei segnali discorsivi in italiano LS. Italiano LinguaDue, v. 8, nº 1, pp. 30-53.

FERRONI, R.; BIRELLO, M. (2015). “Bueno stiamo praticando”: análise comparativa dos sinais discursivos utilizados em situações interativas entre aprendizes de línguas próximas. Trabalhos em Lingüística Aplicada, v. 54, nº 1, pp. 483-517.

GILLANI, E.; PERNAS, P. (2013). Input orale e copetenza dialogica: le scelte dei manuali di italiano Ls. Studi Italiani di Linguistica Teorica e Applicata , v. 42, nº 1, pp. 61-99.

GUIL P.; BAZZANELLA C.; BINI M.; PERNAS, P.; GIL T.; BORREGUERO M.; PERNAS, A., KONDO, C.; GILLANI, E. (2008). Marcadores discursivos y cortesía lingüística en la interacción de aprendices de italiano L2. In: Briz A. (org.), Cortesía y conversación: de lo escrito a lo oral. Actas del III Coloquio Internacional del Programa EDICE. Universidad de Valencia y Programa EDICE, Valencia, pp. 711-729.

GUIL P.; PERNAS P.; BORREGUERO, M. (2010). Descortesía en la interacción dialógica entre aprendices hispanófonos de italiano L2. In: Orletti, F.; Mariottini, F. (orgs.), (Des)cortesía em español. espacios teóricos y metodológicos para su estúdio. Università Roma Tre, Programa EDICE, Stockholm University Roma, pp. 679-704.

GUIL, P. (2015). Marcadores discursivos en la interlengua de aprendices de italiano L2. In: Borreguero Zuloaga, M.; Gómez-Jordana Ferary, S. (orgs.), Les marqueurs du discours dans les langues romanes: une approche contrastive. Limoges: Lambert-Lucas, pp. 373-385

HAVERKATE, H. (1994). La cortesía verbal. Estudio pragmalingüístico. Madrid: Gredos.

JAFRANCESCO, E. (2015). L’acquisizione dei segnali discorsivi in italiano L2. Italiano LinguaDue, v. 1, nº 1, pp. 1-39.

KRAMSCH, C. (1986). From language proficiency to interactional competence. The Modern Language Journal, v. 70, nº 14, pp. 366-372. LABOV, W. (1970). The study of language in its social context. Studium Generale, v. 23, nº 1, pp. 30-87.

LÜDI G.; PY B. (2003). Être bilingue. Berna: Peter Lang.

MARIN, T.; MAGNELLI, S. (2013). Nuovo progetto italiano 1a. Roma: Edilingua, 2013

NUZZO, E.; SANTORO, E. (2017). Apprendimento, insegnamento e uso di competenze pragmatiche in italiano L2/LS: la ricerca a partire dagli anni Duemila. E-JournALL, v. 4, nº 2, pp. 1-27.

ORLETTI, F. (2000). La conversazione diseguale: potere e interazione. Roma: Carocci.

PEKAREK DOEHLER, S.; POCHON-BERGER, E. (2015). The development of L2 interactional competence: evidence from turn-taking organization, sequence organization, repair organization and preference organization. In: Cadierno, T.; Eskildsen, S. (orgs.), Usage-based perspectives on second language learning. Berlin: Mouton De Gruyter, pp. 233-267.

PERNAS P.; GILLANI, E., CACCHIONE, A. (2011). Costruire testi, strutture conversazionali: la didattica dei segnali discorsivi comw wlementi pivot dell’interazione verbale. Italiano LinguaDue, v. 1, nº 1, pp. 65-138.

Quadro comune europeo di riferimento per le lingue: apprendimento insegnamento valutazione. (2002). Firenze: La Nuova Italia-Oxford.

SACKS, H.; SCHEGLOFF, E.; JEFFERSON, G. (1974). A simplest systematic for the organization of turn-taking in conversation. Language, v. 50, nº 1, pp. 696-735.

SCHEGLOFF, E. (1972). Sequencing in conversational openings. In: Gumperz, J.; Hymes, D. (orgs.), Directions in sociolinguistics: the ethnography of communication. New York: Holt, pp. 346-379.

VAN LIER, L. (1988). The classroom and the language learner. London: Longman.

WALSH, S. (2016). Sviluppare la competenza interazionale in classe. In: Andorno C.; Grassi R. (orgs.), Le dinamiche dell’interazione. Prospettive di analisi e contesti applicativi. Milano: Studi AitLA, pp. 61-76.

YOUNG, R. (2011). Interactional competence in language learning, teaching, and testing. In: Hinkel, E. (orgs.), Handbook of research in second language teaching and learning. London & New York: Routledge, pp. 426-443.

ZORZI, D. (1996). Contributi dell’analisi della conversazione all’insegnamento dell’italiano L2. In: Maggini, M. (Org.), Atti del III congresso ILSA, Comune di Firenze, pp. 11-39.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.