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TDIC na educação básica:
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Palavras-chave

BNCC
multiletramentos
escrita

Como Citar

CABRAL, Ana Lúcia Tinoco; LIMA, Nelci Vieira de Lima; ALBERT, Silvia. TDIC na educação básica:: perspectivas e desafios para as práticas de ensino da escrita. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 58, n. 3, p. 1134–1163, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8655763. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Em continuidade às abordagens para o ensino de escrita preconizadas pelos PCN, que já mencionavam a questão da inserção das TDIC no ensino, a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (Brasil, 2018), mais recente documento norteador da Educação Básica no Brasil, confere centralidade aos multiletramentos, fazendo das TDIC protagonistas de muitos processos educativos. Dito isso, este trabalho focaliza as TDIC nas práticas de escrita e tem por objetivo identificar o que estabelece a BNCC relativamente aos gêneros digitais e à inserção das TDIC para  Língua Portuguesa, e, nesse contexto, o ensino e a aprendizagem da escrita; analisar posts de fotos do Perfil Studigram, considerando a multimodalidade, a interação  e  o processo de autoria; e apresentar reflexões sobre perspectivas e desafios para as práticas de escrita na escola, propondo possíveis estratégias de ensino da escrita a partir da  aplicação das práticas de linguagem usadas no Studigram. O trabalho fundamenta-se teoricamente nos preceitos da própria BNCC em diálogo com autores que tratam de questões de multiletramentos e  multimodalidade no ensino (ROJO, 2013; 2016; ROJO; MELO, 2014;  ROJO; BARBOSA, 2015; PIMENTA & BOMFANTE DOS SANTOS, 2017) e da escrita (COULMAS, 2014; FLUSSER, [1989] 2010). As análises indicam que, em sua atuação nas redes sociais, os jovens já dominam processos multimodais de produção de sentidos, já se assumem como responsáveis por suas produções e contemplam seus leitores em seus posts; as reflexões e as propostas apresentadas apontam para a importância de inserção das TDIC como forma de envolver os estudantes nas práticas de escrita, fazendo com que eles assumam o papel de curadores e autores nas práticas de escrita, conforme preconiza a BNCC; as reflexões apresentadas indicam também a importância da formação do docente para atuar em um mundo primordialmente tecnológico, cujas premissas e processos os estudantes, nativos digitais, já dominam.

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