Banner Portal
Race and intersectionality in translation
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Ethical Translation
Black Textualities
Rupaul’s Drag Race
Translation Studies
Intersectionality

How to Cite

LIMA, Gardênia Nogueira; FILICE, Renisia Cristina Garcia; HARDEN, Alessandra Ramos de Oliveira. Race and intersectionality in translation: some considerations for an ethics in translating. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 61, n. 1, p. 197–209, 2022. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8661403. Acesso em: 17 jul. 2024.

Abstract

The discussion in this article is based on the conviction that translating black textualities in their various formats requires attention to the specificities of the contexts to be translated. In this sense, in order not to reproduce the violence of erasure to which this population has been exposed, the translation of these writings must be carried out in such a way as to seek strategies that do not erase the culture reflected in the source text, leading therefore to the elaboration of ethical translations. By analyzing the work of Oyèronkẹ́ Oyěwùmí (1997) and resorting to readings in the field of translation studies and race studies, we seek to highlight the need for researches and readings about race prior to the actual translation activity, as part of the training of future translators. In Brazil, the invisibilization of the black population, the small number of black translators, racism and the colonization of thought must be overcome so that the mediation performed by translation may reinforce the voice of the second texts, denomination given by Mbembe (2014) to writings that oppose the western version of the black (“first texts”). We hope, therefore, to contribute to the debate on the important and active role translators of black textualities have: they must make sure that their work does not suppress the strength of black culture and intellectuality. By doing so, they avoid perpetuating what Carneiro called “epistemicide” (CARNEIRO, 2011).

PDF (Português (Brasil))

References

ACHEBE, Chinua. (2009). O mundo se despedaça. Tradução deVera Queiroz da Costa e Silva. São Paulo: Companhia das Letras.

APPIAH, Kwame Anthony. (1993). “Thick Translation”. Post-Colonial Discourse, The Johns Hopkins University Press: Callaloo, v. 16, n. 4, p. 808-819.

AKOTIRENE, Carla. (2018). O que é Interseccionalidade? Belo Horizonte-MG: Letramento, Coleções Feminismos Plurais.

AUGUSTO, Geri. (2017). “Reflexões para uma práxis negra transnacional.” In: CARRASCOSA, Denise (org.). Traduzindo no Atlântico Negro: Cartas Náuticas Afrodiaspóricas para Travessias Literárias. Salvador, Bahia: Editora Ogums, p. 31-60.

BERNARDINO-COSTA, Joaze; GOSFOGUEL, Ramón. (2016). “A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios”. Decolonialidade e perspectiva negra (Dossiê). Brasília: Revista Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 15-24.

BORGES, Rovênia Amorim; GARCIA-FILICE, Renísia Cristina. (2016). A língua inglesa no Programa Ciência sem Fronteiras: paradoxos na política de internacionalização. Internationalization in Higher Education: Agendas, partnerships and knowledge. Interfaces Brasil/Canadá, Revista Brasileira de Estudos Canadenses, v. 16, p. 72-101. Disponível em: file:///tmp/mozilla_gardenia0/7516-28273-1-PB-1.pdf Acesso em: 07 fev. 2022.

BRASIL. Lei 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, p. 27833, 23 dez. 11996. PL 1258/1988.

BRASIL. Lei 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, p.1, 10 jan. 2003. PL 259/1999.

BRASIL. Lei 11.645/08 de 10 de Março de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, p.1, 11 mar. 2008. PL 433/2003.

BRITTO, Paulo Henriques. (2012). “A tradução de ficção”. In: BRITTO, Paulo Henriques. A tradução literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 59-75.

CAMPOS, Paula. (2017). “Descobrindo uma Tradutora ou por uma tradução responsável e ética.” In: CARRASCOSA, Denise (org.). Traduzindo no Atlântico Negro: Cartas Náuticas Afrodiaspóricas para Travessias Literárias. Salvador, Bahia: Editora Ogums, p. 119-155.

CARNAÚBA, Raíssa Araújo; FILICE, Renísia Cristina Garcia. (2019). A interseccionalidade de gênero, raça e classe em políticas públicas no caso de grávidas adolescentes. Revista Calundu, v. 2, p. 42-60.

CARNEIRO, Sueli. (2011). Racismo, Sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro.

CHESTERMAN, Andrew. (2009). “O nome e a natureza dos Estudos do Tradutor.” Traduzido por Patrícia Rodrigues Costa e por Rodrigo D’Avila Braga Silva. Belas Infiéis, v. 3, ed. 2, p. 33-42, 2014.

COLLINS, Patricia Hill. (2017). “On violence, intersectionality and transversal politics.” Journal of Ethnic and Racial Studies, v. 40, ed. 9, p. 1460-1473. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/01419870.2017.1317827 Acesso em: 24 out. 2019.

COSTA, Claúdia de Lima. (2016). “Gender and Equivocation: Notes on Decolonial Feminist Translations.” In: HARCOURT, Wendy (ed.). The Palgrave Handbook of Gender and Development: Critical Engagements in Feminist Theory and Practice. Palgrave Macmillan, p. 48-61.

CRENSHAW, Kimberle. (1989). Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum, n.1, p. 139-167.

FILICE, Renisia Cristina Garcia. (2011). Raça e Classe na Gestão da Educação Básica Brasileira: a Cultura na Implementação de Políticas Públicas. Editora Autores Associados.

FIGUEIREDO, Angela. (2017). “Descolonização do conhecimento no século XXI.” In: SANTIAGO, Ana Rita. et al. Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro. Cruz das Almas, BA: UFRB, p. 79-106.

GARCIA, Renísia Cristina. (2007). Identidade Fragmentada: um estudo sobre o negro na educação brasileira: 1993-2005. Brasília: INEP, Ministério da Educação, 111 p. Disponível em: https://download.inep.gov.br/publicacoes/diversas/temas_interdisciplinares/identidade_fragmentada_um_estudo_sobre_a_historia_do_negro_na_educacao_brasileira_1993_2005.pdf Acesso em: 7 fev. 2022.

GENETTE, Gérard. (1987). Paratextos Editoriais. Traduzido por Álvaro Faleiros. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2009.

GONZALEZ, Lélia. (2018). “A categoria político-cultural da Amefricanidade.” In: UCPA (Org.; Ed.). Lélia Gonzalez: Primavera para as rosas negras. Lélia Gonzalez em primeira pessoa. União dos Coletivos Africanos (UCPA), Diáspora Africana, p. 321-342.

IBGE. (2019). Desigualdades raciais por raça ou por cor no Brasil. Estudos e Pesquisas, Informação Demográfica e Socioeconômica. n. 41. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf Acesso em: 21 maio 2020.

LEFEVERE, André. (1992). Translation, Rewriting, and the Manipulation of Literary Fame. London: Routledge.

LIMA, Carina Bertozzi de. (2009). “Literatura Negra – uma outra história. Terra roxa e outras terras”. Revista de Estudos Literários, 17-A, p. 67-77. Disponível em: http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa Acesso em: 21 maio 2020.

LIMA, Hanna Karoline Macedo de. (2016). A importância de trabalhar o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana em sala de aula. Monografia (Graduação de Licenciatura Plena em Pedagogia). Cabaceiras, Paraíba: UFPB. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/3403/1/HKML26012017.pdf Acesso em: 21 maio 2020.

LUCCHESI, Dante; BAXTER, Alan; RIBEIRO, Ilza. (orgs.). (2009). O Português Afro-Brasileiro. Salvador: EDUFBA.

MBEMBE, Achille. (2013). Crítica da Razão Negra. Traduzido por Marta Lança. Portugal: Antígona Editores Refractários, 2014.

MESCHONNIC, Henry. (1999). Poética do traduzir. Traduzido por Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Perspectiva, 2010.

NASCIMENTO, Gabriel. (2019). Racismo Linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. Belo Horizonte: Letramento.

OYĚWÙMÍ, Oyèronkẹ́. (1997). The invention of women: making an African sense of western gender discourses. Editora: University of Minnessota.

OYĚWÙMÍ, Oyèronkẹ́. (2021). A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Traduzido por wanderson flor do Nascimento. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo.

PEREIRA, Fernanda Alencar; ANCHIETA, Amarílis. (2015). “Escritores Nigerianos no Brasil: Tradução de um sistema literário em formação.” In: SOUSA, Germana Henriques Pereira de (org.). História da Tradução: ensaios de teoria, crítica e tradução literária. Campinas, SP: Pontes Editores, p. 197-233.

PRECIADO, Beatriz. (2002). Manifesto Contrassexual. Tradução de Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: N-1 edições, 2014.

RATTS, Alex e Rios, Flávia. (2010). Lélia Gonzalez. São Paulo: Selo negro.

SALGUEIRO, Maria Aparecida Andrade. (2014). Traduzindo literatura da diáspora africana para a língua portuguesa do Brasil: o particular, o pós-colonial e o global. FAPERJ.

SCHLEIERMACHER, Friedrich Daniel Ernst. (2010). “Sobre os diferentes métodos de tradução”. Tradução de Celso R. Braida. In: WERNER, Heidermann. (org.). Clássicos da Teoria da Tradução. 2. ed. Florianópolis: UFSC/Núcleo de Pesquisa em Literatura e Tradução, p. 39-101.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. (2018). O local da diferença: Ensaios sobre memória, literatura, arte e tradução. 2. ed. São Paulo: Editora 34, p. 167-204.

SOUZA, Raquel de. (2017). Salvo-Conduto. Entrevista cedida à Denise Carrascosa. In: CARRASCOSA, Denise (org.). Traduzindo no Atlântico Negro: Cartas Náuticas Afrodiaspóricas para Travessias Literárias. Salvador, Bahia: Editora Ogums, p. 187-211.

TORRES, Marie-Hélene Catherine. (2017). “Por que e como pesquisar a tradução comentada?” In: FREITAS, Luana F.; COSTA, Walter Carlos; TORRES, M. (orgs.). Literatura Traduzida: Tradução comentada e comentários da tradução. Transletras, v. 2, p. 15-35.

TYMOCZKO, Maria. (1995). The Metonymics of Translating Marginalized Texts. University of Oregon, Duke University Press: Comparative Literature, v. 47, ed. 1, p. 11-24.

UCPA (Org.; Ed.). (2018). Lélia Gonzalez: Primavera para as rosas negras. Lélia Gonzalez em primeira pessoa. União dos Coletivos Africanos (UCPA), Diáspora Africana.

VENUTI, Lawrence. (1995). The Translator’s Invisibility: A history of translation. London, New York: Routledge.

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Trabalhos em Linguística Aplicada

Downloads

Download data is not yet available.