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"Os lusíadas" na tradução de William Julius Mickle: a reencenação de uma "translatio studii et imperii"
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Palavras-chave

Tradução e ideologia. Manipulação. Estudos da tradução

Como Citar

MARTINS, Cláudia Santana. "Os lusíadas" na tradução de William Julius Mickle: a reencenação de uma "translatio studii et imperii". Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 54, n. 1, p. 29–51, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8641520. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

"The Lusiad; or, The Discovery of India", a tradução de "Os lusíadas" de Camões feita pelo poeta escocês William Julius Mickle, publicada na Inglaterra em 1776, fez sucesso em sua época e no século que se seguiu, sendo até hoje a mais lida e citada entre todas as traduções poéticas de Os lusíadas para o inglês. Este artigo procura demonstrar que a tradução de Mickle (e os elementos paratextuais que a acompanham) são uma reencenação da teoria medieval da "translatio studii et imperii" (a transferência não apenas do poder imperial, mas também do conhecimento e da cultura do leste para o oeste). Mickle adaptou a epopeia camoniana para o público britânico do final do século XVIII, rotulou-a como “A Epopeia do Comércio” e acrescentou paratextos de cunho ideológico. Manipulando o poema original tanto poética quanto ideologicamente, Mickle transformou "Os lusíadas" em uma narrativa a serviço do Império Britânico e contribuiu, como outros “poetas do comércio” que celebraram o crescimento da riqueza e poder da Grã-Bretanha, para forjar uma identidade poética e cultural para o Império Britânico.
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