Banner Portal
A pesquisa em cognição e as atividades escolares de leitura
Remoto

Palavras-chave

Cognição. Ensino de língua. Leitura. Materiais didáticos

Como Citar

GERHARDT, Ana Flávia Lopes Magela. A pesquisa em cognição e as atividades escolares de leitura. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 49, n. 1, p. 145–166, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645297. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Este artigo reúne pressupostos teóricos da Linguística Cognitiva e da Psicolinguística, em especial os estudos em metacognição, a fim de discutir problemas relacionados à leitura nas aulas de língua materna e estrangeira, principalmente no que tange à validação das questões de interpretação de textos. Para tanto, analisamos questões presentes em materiais didáticos de língua materna e estrangeira, a fim de sugerir formas de trabalhar a interpretação de textos, a partir da visão de que a cognição humana opera em basicamente dois planos de percepção/conceptualização. Conscientes da necessidade de abordar em várias frentes o problema da má qualidade de leitura do aluno brasileiro, apresentamos nossa proposta como parte de um projeto de pesquisa maior, que inclui o que o aluno pode aprender acerca do funcionamento de sua própria mente, e como pode utilizá-la satisfatoriamente para realizar as atividades de leitura que lhe são solicitadas, na escola e fora dela

ABSTRACT:

This paper assembles theoretical assumptions on Cognitive Linguistics and Psycholinguistics, especially those related to studies on Metacognition, in order to discuss problems on reading in native and foreign languages, mainly reading comprehension activities. We analyze activities of native and foreign language textbooks, in order to suggest interesting and relevant ways to work with reading comprehension, considering that human cognition basically operates in two levels of perception/conceptualization. Due to the need to address the problem of low quality of reading in Brazilian school in several ways, we present our proposal as a part of a greater research project, which includes how students can learn about their mind’s work and how they can use it to accomplish reading activities in school and beyond.

Keywords: cognition; language teaching; reading; school tasks; courseware

Remoto

Referências

APPLEGATE, M. K.; Q, K. B.; A, A. (2002). Levels of thinking required by comprehension questions in informal reading inventories. The Reading Teacher, v. 56, n.2, p. 174-80.

BATES, E. (2001). Modularity, Domain Specificity and the Development of Language. In: Bechtel, W.

P. Mandik; Mundale, J.; Stufflebeam, R. (eds.) Philosophy and the Neurosciences: a Reader. Oxford: Blackwell Publishers, p. 134-152.

BOTELHO, P. F. (2009). Conhecimento prévio e leitura - como os alunos acessam as informações do livro didático? In: Anais do XV Congresso da Assel-Rio. Rio de Janeiro: Associação de Estudos da Linguagem do Rio de Janeiro.

BRITO, P. L. (1983). Em terra de surdos-mudos (um estudo sobre as condições de produção de textos escolares). Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 2, p. 149-167.

CARNEIRO, A. D. (1996). Texto em construção: interpretação de texto. São Paulo: Moderna.

CLARK, E. (2004). How language acquisition builds on cognitive development. Trends in Cognitive Sciences, Kidlington, v. 08, p. 472-478.

CHAROLLES, M. (1988). Introdução aos problemas da coerência dos textos (abordagem teórica e estudo das práticas pedagógicas). In: Galves, C. (org.). O texto: leitura e escrita. Campinas: Pontes, p. 39- 85.

DINSMORE, J. (1990). Partitioned representations. Dordrecht: Kluwer.

DIONÍSIO, A. P., MACHADO, A. R. & BEZERRA, M. A. (2002). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna.

DUNLOSKY, J. & METCALFE, J. (2009). Metacognition. Los Angeles: Sage Publications.

FAUCONNIER, G. (1994). Mental spaces. Cambridge: University Press.

_______. (1999). Methods and generalizations. In: Jansen, T; Redeker, G. (eds.) Cognitive linguistics: foundations, scope and methodology. Berlin: Mouton de Gruyter, p. 95-127.

FILLMORE, C. (1977). Topics in lexical semantics. In: Cole, R. (ed) Current issues in linguistic theory.

Indiana: University Press, p. 76-138.

FULGÊNCIO, L. & LIBERATO, Y. (1992). Como facilitar a leitura. São Paulo: Contexto.

_______. (2007). É possível facilitar a leitura: um guia para escrever claro. São Paulo: Contexto.

GARCIA, O. M. (1982). Comunicação em prosa moderna, 10ª ed. Rio de Janeiro: Editora da FGV.

GARCÍA, M. & HERNÁNDEZ, J. (2005). Projeto Radix - Espanhol 5a série. São Paulo: Scipione.

GOFFMAN, E. (1986). Frame analysis. Boston: Northeastern University Press GOLDBERG, A. (1995). Constructions: a construction grammar approach to argument structure.

Chicago: University Press.

HUTCHINS, E. (2005). Material anchors for conceptual blends. Journal of Pragmatics, v. 37, n.10, p.

-1577.

ILARI, R. (1985). A linguística e o ensino da língua portuguesa. São Paulo: Martins Fontes.

ITKONEN, E. (2008). The central role of normativity in language and in linguistics. In: Zlatev, J; Racine, T; Sinha, C; Itkonen, E. (eds.) The Shared Mind: Perspectives on intersubjectivity. Amsterdam: John Benjamins, p. 279–305.

JOHNSON, M. (1987). The body in the mind: the bodily basis of meaning, imagination, and reason.

Chicago: University Press.

KARMILOFF-SMITH, A. (1992). Beyond modularity: a developmental perspective on cognitive science.

Cambridge: The MIT Press.

KARWOSKI, A. M., GAYDECZKA, B. & BRITO, K. S. (2008). Gêneros textuais: reflexão e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna.

KATO, M. (1987). O aprendizado da leitura. São Paulo: Martins Fontes.

KLEIMAN, A. B. (1983). Diagnóstico de problemas de leitura: uma proposta de instrumento. Cadernos PUC, São Paulo, v.16, p. 34-50.

_______. (1984) Modelos teóricos: fundamentos para o exame da relação teoria-prática na área de leitura. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v.3, p. 5-23.

_______. (1995) Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes.

_______. (1998) Oficina de leitura: teoria e prática, 6ª ed. Campinas: Pontes.

KOCH. I. G. V. & ELIAS, V. M. (2009). Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto.

LAKOFF, G. (1987). Women, fire and dangerous things: what categories reveal about the mind. Chicago: University Press.

LAKOFF, G. & JOHNSON, M. (1980). Metaphors we live by. Chicago: University Press.

_______. (1999). Philosophy in the flesh. New York: Basic Books.

METCALFE, J & SHINAMURA, A. (1996). Metacognition: knowing about knowing. Cambridge: The MIT Press.

NELSON, T. O. (1996). Consciousness and metacognition. American Psychologist, v.51, n. 2, p. 102– 116.

NELSON, T. O. & NARENS, L. (1994). Why investigate metacognition? In: Metcalfe, J; Shimamura, A.

(eds.) Metacognition: Knowing about knowing. Cambridge, MA: Bradford Books, p. 1–25.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. (2000). Parâmetros curriculares nacionais (ensino médio).

Parte II: linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Governo Federal.

PÉCORA, A. (1983). Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes.

SARMENTO, L. A. & TUFANO, D. (2004). Português: literatura – gramática – produção de textos. São Paulo: Moderna.

SINHA, C. (1999a). Grounding, mapping and acts of meaning. In: Jansen, J; Redeker, G. (eds.) Cognitive linguistics: foundations, scope and methodology. Berlin: Mouton de Gruyter, p. 223-255.

_______. (1999b). Situated Selves: learning to be a learner. In: Bliss, J; Sãljõ, R.; Light, P. (eds.) Learning Sites: Social and Technological Resources for Learning. Oxford: Pergamon, p. 32-48.

SINHA, C. & JENSEN DE LÓPEZ, K. (2000). Language, culture and the embodiment of spatial cognition.

Cognitive Linguistics, v. 11, p. 17-41.

SINHA, C. & RODRIGUEZ, C. (2008). Language and the signifying object: from convention to imagination. In: Zlatev, J; Racine, T; Sinha, C; Itkonen, E. (eds) The Shared Mind: Perspectives on intersubjectivity. Amsterdam: John Benjamins, p. 357–378.

TARSKI, A. (1944). The Semantic Conception of Truth and the Foundations of Semantics. Philosophy and Phenomenological Research, v. 4.

TOMASELLO, M. (2003). Constructing a language: a usage-based theory of language acquisition.

Harvard: University Press.

VAL, M. G. (1990). Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.