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Avaliar ou não avaliar, eis a questão: o estado da arte nas pesquisas sobre Avaliatividade em audiodescrição
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Palavras-chave

Tradução audiovisual Acessível. Audiodescrição. Sistema de Avaliatividade.

Como Citar

PRAXEDES FILHO, Pedro Henrique Lima; ARRAES, Daniel. Avaliar ou não avaliar, eis a questão: o estado da arte nas pesquisas sobre Avaliatividade em audiodescrição. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 56, n. 2, p. 379–145, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8649528. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

A Audiodescrição (AD) é, grosso modo, a tradução em palavras das impressões visuais de dado objeto, com o intuito de torná-lo acessível às pessoas com deficiência visual (PcDVs). Consiste não apenas num meio de acessibilidade, mas também numa modalidade de tradução intersemiótica. A literatura não acadêmica sobre AD tem enfatizado ao longo dos anos a necessidade de o audiodescritor produzir roteiros neutros, de modo a não tirar das PcDVs a independência para formarem seus próprios juízos de valor; todavia, os defensores deste critério falham em defini-lo a contento ou demonstrar como produzir um roteiro de AD neutro. Nesse sentido, pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará vêm realizando pesquisas empíricas com roteiros de AD para verificar a viabilidade teórica e prática da neutralidade, ancorando-se principalmente no arcabouço teórico-metodológico da Linguística Sistêmico-Funcional, e dentro desta, o Sistema de Avaliativide. O objetivo do presente artigo é apresentar o estado da arte destas pesquisas, relatando o percurso investigativo desde as primeiras pesquisas até o presente.

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