Banner Portal
O tupi antigo no português: algumas questões sobre história, identidade e ensino de línguagem
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Educação linguística. Ensino. Tupí antigo. Língua Portuguesa.

Cómo citar

GÓIS, Marcos Lúcio; MARTINS, Andérbio Márcio Silva. O tupi antigo no português: algumas questões sobre história, identidade e ensino de línguagem. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 58, n. 1, p. 422–440, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8653638. Acesso em: 27 sep. 2024.

Resumen

Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre a pluralidade linguística no Brasil, discutindo especificamente a contribuição do Tupí Antigo para o enriquecimento da variante brasileira da língua portuguesa e amplificando os debates em torno do ensino do empréstimo de línguas indígenas para singularizar o português aquém-mar. As discussões aqui empreendidas, como base em estudos da linguística e da sociologia críticas, têm por finalidade primeira fortalecer a tese de que, numa sociedade marcadamente mestiça, sua diversidade deve ser ensinada à população, favorecendo assim seu amadurecimento intelectual e cidadão. Desse modo, será possível contribuir para formar sujeitos capazes de, diante da diversidade, estar consciente da não existência da pureza linguística, cultural e social; aprender que as sociedades são complexas; aprender, enfim, as razões e os valores do que seja com-viver em sociedade.

PDF (Português (Brasil))

Citas

ALMEIDA, Maria R. C. Os índios na história do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.

ANCHIETA, José de. Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Edição fac-similar. São Paulo: Edições Loyola, 1990.

ANDRADE, Oswald de. O manifesto antropófago. In: TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro: apresentação e crítica dos principais manifestos vanguardistas. 3. ed. Petrópolis: Vozes; Brasília: INL, 1976.

ANDRADE, Mário. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. São Paulo: Martins, 1979.

BACELAR, Laércio Nora; GÓIS, Marcos L. S. A produtividade do léxico tupinambá no português do Brasil. Signótica. Goiânia-GO, v. 09, p. 105-118, 1997.

BRASIL. Decreto n. 6.583, de 29 de setembro de 2008. Promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6583.htm. Acesso em: 2 abr. 2017.

BAGNO, Marcos; RAGEL, Egon O. Tarefas da educação linguística no Brasil. Rev. Brasileira de Lingüística Aplicada, v. 5, n. 1, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbla/v5n1/04.pdf. Acesso em: 20 abr. 2018.

BARROS, José D’Assunção. O campo da história. Petrópolis: Vozes, 2010.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1985.

CHAMORRO, Graciela. Língua, Identidade e Universidade: pistas para uma experiência intercultural a partir do conceito guarani da palavra. In. Tellus, ano 7, n. 13, Campo Grande: UCDB, p. 37-40, 2007.

CUNHA, Antônio G. Dicionário etimológico (Nova Fronteira) da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

CUNHA, Antônio G. Dicionário histórico de palavras portuguesas de origem tupi. 4. ed. São Paulo: Melhoramentos; Brasília: UnB, 1998.

CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Alvares, 1981.

CUNHA, Celso.; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

CUNHA, Manuela C. da. Política indigenista no século XIX. In: ______ (Org). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 133-154.

D´ANGELIS, Wilmar da R. Aprisionando sonhos: a educação escolar indígena no Brasil. Campinas, SP: Curt Nimuendajú, 2012.

DEBRUN, Michel. A Identidade nacional brasileiro. Estudos Avançados, v.4, n. 8, São Paulo, jan./apr., 1990. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v4n8/v4n8a04.pdf >. Acesso em: 21 out. 2013.

FARACO, Carlos Alberto. História sociopolítica da língua portuguesa. São Paulo: Parábola Editorial, 2016. FARGETTI, Cristina M.; MIRANDA, Tayná G. Plurilinguismo: a diversidade que não é abordada nos livros didáticos. Letras Raras, Campina Grande – PB, v. 5, ano 5, n. 3, 2016. Disponível em: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/699. Acesso em: 15 jan. 2017

FERREIRA, Aurélio B. de H. Dicionário Aurélio Eletrônico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

FREIRE, José Ribamar B. Cinco idéias equivocadas sobre os índios. Disponível em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/patobranco/arquivos/File/Permanente/Educacao%20Indigena/Cinco.pdf. Acesso em: 21 abr. 2014.

GOIS, M. L. de S. O tupi no português brasileiro: a produtividade lexical. 2001. Dissertação (Mestrado em Linguística e Língua Portuguesa) - Faculdade de Ciências e Letras, UNESP. 2001.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

MATEUS, Maria H. Mira. Se a língua é um factor de identificação cultural, como se compreenda que uma língua viva em diferentes culturas?. Revista de Letras, n. 25, Vol. 1/2 - jan/dez. 2003 Disponível em: <http://www.revistadeletras.ufc.br/rl25Art14.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2014.

MENDONÇA, Renato. A influência africana no português do Brasil. Apresentação de Alberto da Costa e Silva; prefácio de Yeda Pessoa de Castro. Brasília: FUNAG, 2012.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1999.

NAVARRO, Eduardo. Revele a influência do tupi no vocabulário brasileiro. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/revele-influencia-tupi-vocabulario-brasileiro-431294.shtml. Acesso em: 15 abr. 2013.

NOBRE, Domingos. História da educação escolar indígena no Brasil. 2005. Disponível em: http://www.aldeiaguaranisapukai.org.br/escola/artigo_hist_educ_indigena_domingo_nobre.pdf . Acesso em: 05 dez. 2015.

OLIVEIRA, Gilvan M. O que quer a linguística e o que se quer da linguística: a delicada questão da assessoria linguística no movimento indígena. Cadernos Ceres, n. 49: Educação Indígena e Interculturalidade. dez. 1999. p. 26-38

ORLANDI, Eni P. Terra à vista: discurso do confronto: velho e novo mundo. São Paulo/Campinas: Cortez/Ed. da Unicamp, 1990.

RAJAGOPALAN, Kanavillil. Repensar o papel da Linguística Aplicada. IN: MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Por uma linguística aplicada indisciplinar. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2006.

RAJAGOPALAN, Kanavillil. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2009.

RAMOS, Arthur. A mestiçagem no Brasil. Tradução Waldir Freitas Oliveira. Maceió: UFAL, 2004. (Coleção Nordestina).

ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. 32. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.

RODRIGUES, Aryon D. Fonética histórica Tupi-Guarani: Diferenças fonéticas entre o Tupi e o Guarani. Arquivos do Museu Paranaense, Curitiba, v. 4, 1945, p. 333-354.

RODRIGUES, Aryon D. A composição em Tupi. Logos, Curitiba, ano 4, n. 14, 1951, p. 1-8.

RODRIGUES, Aryon D. Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Edições Loyola, 1994.

SANTOS, Boaventura de S. Entre Prospero e Caliban: colonialismo, pós-colonialismo e inter-identidade. In. RAMALHO, M. I.; RIBEIRO, B. (orgs.). Entre ser e estar: Raízes, percursos e discursos da identidade. Porto: Afrontamento, 2002. p. 23-85.

SANTOS, Boaventura de S. Reinventar a democracia. Lisboa: Fundação Maria Soares/Gradiva, 2002b. (Cadernos democráticos).

SANTOS, Boaventura de S. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. In. SANTOS, B. S. (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: "Um discurso sobre as ciências" revisitado. Porto: Afrontamento, 2003. Disponível em: http://www.ces.uc.pt/bss/documentos/sociologia_das_ausencias.pdf. 2003.

SANTOS, Boaventura de S.; NUNES, João A. Introdução: para ampliar o cânone do reconhecimento, da diferença e da igualdade. ______. (Org.). Reconhecer para libertar: Os caminhos do cosmopolitismo cultural. Porto: Afrontamento, 2004.

SOUZA, Ricardo Luiz de. Identidade Nacional e Modernidade brasileira: o diálogo entre Sílvio Romero, Euclides da Cunha, Câmara Cascudo e Gilberto Freyre. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

WESTPHALEN, Flávia C. Survivance: a sobrevivência nas literaturas indígenas do canadá e do Brasil. 111 f. Dissertação (Mestrado em Letras). Porto alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2007.

Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza una licencia Creative Commons (CC-BY), preservando así la integridad de los artículos en un entorno de acceso abierto. Los autores de la revista conservan los derechos de autor de su trabajo al licenciarlo bajo la Licencia Creative Commons Attribution, que permite reutilizar y distribuir los artículos sin restricciones, siempre que se cite correctamente el trabajo original.

Propiedad Intelectual y Términos de Uso

Todo el contenido publicado en Trabalhos em Linguística Aplicada, a menos que se especifique lo contrario, está bajo la Licencia Creative Commons Attribution (CC-BY). Esto permite que el material se comparta y adapte sin restricciones, siempre que se otorgue el crédito correspondiente y se indiquen los cambios realizados.

Los autores conservan los derechos de autor de su trabajo y asumen toda la responsabilidad por su contenido en caso de cualquier cuestionamiento por parte de terceros. Las opiniones expresadas por los autores de los artículos son de su exclusiva responsabilidad.

TLA se reserva el derecho de realizar cambios normativos en los originales, como cambios de ortografía y gramática para cumplir con la norma culta de la lengua, así como ajustes de forma relacionados con el estándar editorial de la revista.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.