Banner Portal
Traducción y redacción testimonial en Mémoires de prisión
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Traducción
Memórias do cárcere
Testimonio

Cómo citar

ARAÚJO, Aryadne Bezerra de; FERREIRA, Élida Paulina; BEATO SZACHNOWSKI, Zelina Márcia Pereira. Traducción y redacción testimonial en Mémoires de prisión. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 59, n. 2, p. 1481–1497, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8657875. Acesso em: 17 ago. 2024.

Resumen

Proponemos reflexionar sobre el proceso de traducción del testimonio de Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere (1954), destacando las marcas de contacto con este "doloroso" escrito que la traducción de Antoine Seel y Jorge Coli, Mémoires de Prisión (1988), destaca El testimonio original relata la detención arbitraria sufrida por el autor durante la dictadura de Vargas y la experiencia traumática de prisión. La narración de estos recuerdos señala su problemático proceso de escribir situaciones limitadas, la puesta en escena de la aporia que, según Jacques Derrida (2000b), ordena el proceso de traducción: la necesidad dominante de traducir y, al mismo tiempo, las limitaciones de la tarea. Esta aporía cruza las lecturas del filósofo sobre el gesto del testigo. Como afirma, al presentarse como el único sujeto a ser testigo de una verdad, el testigo rechaza la transceptibilidad y la posibilidad de ser reemplazado (DERRIDA, 2000a), en una interpretación de lo que leemos en los últimos versículos de Ashenglorie, por Paul Celan: nadie testifica para el testimonio. Sin embargo, Derrida (2000a) argumenta que el testimonio sólo tiene valor cuando es traducible y, por lo tanto, transmisible. Teniendo en cuenta que la necesidad de traducción coexiste con la imposibilidad de sufrir y sobrevivir en lugar del testigo, vemos el primer obstáculo para los traductores. ¿Cómo podemos repetir el testimonio de Gracilian, traduciendo sus heridas, ante la imposibilidad de presenciar en su lugar? En una reflexión sobre traducción y testimonio, Marc Crépon (2006) sugiere que, ante el desafío de traducción imposible, hay que presenciar el encuentro con la escritura original y hacer de la traducción el documento de este encuentro. Es decir, en lugar de testificar por el testigo, uno debe presenciar, en traducción, las impresiones de contacto con el cuerpo textual lesionado del original. Sostenemos que la escritura de traducción de las Memorias se revela un proceso de recreación en el que sus traductores fueron tocados por el peso de la escritura de la prisión, forjando en traducción el testimonio de las impresiones antes del original.

PDF (Português (Brasil))

Citas

BENTO, C. A. (2010). A fissura e a verruma: corpo e escrita em Memórias do Cárcere. São Paulo: Humanitas.

CELAN, P. (1967). Cinzoglória. Tradução de Piero Eyben. In: MICHAUD, G. Aschenglorie, de Paul Celan: “ponto de intraductibilidade”, as questões de uma tradução “relevante” de Jacques

Derrida. Tradução de Gabriela Lafetá Borges e Piero Eyben. Cerrados. V. 21, nº. 33, 2012, pp. 275-310.

COLI, J.; SEEL, A. (1986). Um escritor que desconfia das palavras. Folha de São Paulo, Ilustrada, 16 ago., p. 66.

COLI, J.; SEEL, A. (1988). Prefácio. In: RAMOS, G. (1953) Mémoires de prison. Tradução de Antoine Seel e Jorge Coli. Paris: Gallimard, pp. 9-16.

CRÉPON, M. (2006). Traduire, Témoigner, Survivre. Rue Descartes, n. 52, pp. 27-38.

DERRIDA, J. (1972). A diferença. In: DERRIDA, J. Margens da filosofia. Tradução de Joaquim Torres Costa e António M. Magalhães. Campinas: Papirus, 1991, pp. 33-63.

DERRIDA, J. (1972). Assinatura acontecimento contexto. In: DERRIDA, J. Margens da filosofia. Tradução de Joaquim Torres Costa e António M. Magalhães. Campinas: Papirus, 1991, pp. 349-373.

DERRIDA, J. (1998). Demeure: fiction and testimony. Tradução de Elizabeth Rottenberg. California: Stanford University Press, 2000a.

DERRIDA, J. (1998). O que é uma tradução relevante?. Tradução de Olivia Niemeyer Santos. Alfa, v. 44, n.esp, pp. 13-44, 2000b.

DERRIDA, J. (2003). Béliers Le dialogue ininterrompu: entre deux infinis, le poème. Paris: Galilée.

DERRIDA, J. (2004). Poétique et politique du témoignage. Cahier de L’Herne. Éditions de L’Herne, nº 83, pp. 521-539.

DERRIDA, J. (2005). Fidelidade a mais de um: merecer herdar onde a genealogia falta. Tradução e organização de Paulo Ottoni. In: OTTONI, P. (2005). Tradução manifesta: Double bind e acontecimento. Campinas: Editora da Unicamp, pp. 165-198.

DERRIDA, J. (2004). A verdade ofensiva ou o corpo-a-corpo das línguas. Tradução de Élida P. Ferreira. Especiaria: Cadernos de Ciências Humanas. v. 10, n. 17, pp. 305-329, 2007.

JAKOBSON, R. (1959). Os aspectos linguísticos da tradução. Tradução de Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. In: JAKOBSON, R. Linguística e comunicação. 20ª ed. São Paulo: Cultrix, 1995.

MARTINEZ, C. M. (2002). Imagens do cárcere: do texto literário à leitura cinematográfica. Dissertação de mestrado em letras. Departamento de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

NOVAES, C. C.; SOUZA, M. C. B. de. (2018). Transculturalidade e trânsitos intersemióticos: adaptações e transcriações cinematográficas em Graciliano Ramos. Pontos de Interrogação, v. 8, n. 1, pp. 91-106.

OLIVEIRA, A. M. A. dos S. (2014). Memória, testemunho e escrita melancólica em Memórias do cárcere e Infância, de Graciliano Ramos. Tese de doutorado em Estudos de Literatura. Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói.

PAVERCHI, S. R. (2004). A obra literária e cinematográfica de Memórias do cárcere de Graciliano Ramos: o cárcere como metáfora da sociedade e a ficção como busca da libertação. Dissertação de mestrado em Comunicação e Semiótica. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

RAMOS, G. (1953). Memorias do cárcere. Vol 1 – Viagens. 3ª Ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954.

RAMOS, G. (1953). Memorias do cárcere. Vol. 3 – Colônia correcional. Rio de Janeiro: Jose Olympio.

RAMOS, R. (1953). Explicação final. In: RAMOS, G. Memorias do cárcere. Vol. 4 – Casa de correção. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Jose Olympio. 1954.

RAMOS, G. (1953). Mémoires de prison. Tradução de Antoine Seel e Jorge Coli. Paris: Gallimard, 1988.

SELIGMANN-SILVA, M. (2005). O local da diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. São Paulo: Editora 34.

SILVA, V. G. I. (2015). O gesto autoral e o testemunho em Memórias do Cárcere. Dissertação de mestrado em Literatura e Crítica Literária. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.