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O cotidiano, a quebrada e o sonho
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Palavras-chave

Periferia
Fotoativismo
Práticas de self
Cotidiano
Espaço biográfico

Como Citar

PALMA, Daniela. O cotidiano, a quebrada e o sonho: a resistência pelo olhar na ação de um fotocoletivo. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 59, n. 3, p. 1862–1883, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8661241. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este artigo propõe refletir sobre as possibilidades enunciativas de coletivos periféricos contemporâneos, com foco na experiência do DiCampana Foto Coletivo. Criado em São Paulo, em 2016, o coletivo de fotógrafos entende a sua ação na proposta de formar uma coleção de novas imagens que mostrem a periferia sem as lentes típicas que a emolduram em estereótipos pejorativos. Categorias fenomenológicas de tempo e espaço são acionadas no percurso metodológico na tentativa de compreender a formação de sonhos e memórias na fabulação fotográfica do cotidiano das quebradas. O movimento interpretativo final é o de ler a construção de um espaço biográfico para a periferia na ação política de criar uma imagística da “periferia olhada pela periferia”. A prática fotográfica e ativista é, assim, compreendida como prática de self, de composição individual e coletiva.

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