Banner Portal
O discurso que (re)vela o tradutor
Remoto

Palavras-chave

Análise do discurso. Tradução. Tradutor

Como Citar

BRITO, Cristiane Carvalho de Paula. O discurso que (re)vela o tradutor. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 49, n. 1, p. 53–67, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645291. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho tem o objetivo de analisar as representações dos tradutores sobre si mesmos e acerca da tradução. Fundamentados na Análise do Discurso, de linha francesa, investigamos quatro notas escritas por tradutores no início de quatro livros distintos. Apesar de os tradutores continuarem a consolidar, em seu discurso, a ideia de tradução como uma mera questão de transposição de significados para uma língua diferente, observamos que eles se veem como intérpretes dos textos, mesmo quando tentam negar.

ABSTRACT:

This paper aims to analyse how translators represent themselves and the work of translation when they talk about it. Based on the theory of Discourse Analyses of French perspective, we investigated four notes written by translators in the beginning of four different books. Although, through their discourse, translators continue to consolidate the idea of translation as writing the same meaning in a different language, we can observe that they see themselves as interpreters of the texts even when they try to deny it.

Keywords: discourse analysis; translation; translator

Remoto

Referências

ARNAULD, A. & LANCELOT, C. (2001). Gramática de Port- Royal. (1660). Trad.: Bruno Fregni Bassetto & Henrique Graciano Murachco. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes.

ARROJO, R. (1993). A tradução passada a limpo e a visibilidade do tradutor. In: Tradução, desconstrução e psicanálise. Rio de Janeiro: Imago.

_______. (1986). Oficina de tradução: a teoria na prática. 4 ed. São Paulo: Ática, 1999.

_______. (1992). As questões teóricas da tradução e a desconstrução do logocentrismo; algumas reflexões.

In: O signo desconstruído: implicações para a tradução, a leitura e o ensino. Campinas, SP: 2 ed, Pontes, 2003a, p.71-79.

_______. (1992). Compreender x interpretar e a questão da tradução. In: O signo desconstruído: implicações para a tradução, a leitura e o ensino. Campinas, SP: 2 ed, Pontes, 2003b, p.67-70.

ARROJO, A & RAJAGOPALAN, K. (1992). A noção de literalidade: metáfora primordial. In: O signo desconstruído: implicações para a tradução, a leitura e o ensino. Campinas, SP: 2 ed, Pontes, 2003, p.47-55.

BENJAMIM, W. (2002). Sobre crianças, juventude e educação. Trad. Marcus Vinicius Mazzari. São Paulo: Duas Cidades; Ed.34.

Bíblia Sagrada: nova versão internacional. (1993). Traduzido pela comissão de tradução da Sociedade Bíblica Internacional. São Paulo: Vida, 2000.

CATFORD, J.C. (1980). Uma teoria lingüística da tradução: um ensaio de lingüística aplicada. Trad.: Centro de Especialização de Tradutores de Inglês do Instituto de Letras da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. São Paulo: Cultrix.

CORACINI, M. J. R. F. (2005a). (Auto-)Representações do tradutor: entre a fidelidade e a traição. In: Tradução e Comunicação, n.14, p. 91-108.

_______. (2005b). O sujeito tradutor entre a “sua” língua e a língua do outro. In: Cadernos de Tradução (Florianópolis), v. XVI, p. 09-24.

DERRIDA, J. (1972). A farmácia de Platão. Trad. Rogério da Costa. São Paulo: Iluminuras, 1991.

_______. (1996). O monolinguismo do outro ou a prótese da origem. Trad. Fernanda Bernardo. Campo das Letras.

_______. (1987). Torres de Babel. Trad. Junia Barreto. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

MASINI, A. C. S. (2000). Pequena coletânea de poesias de língua inglesa. São Paulo: A.C.S. Masini.

MITTMANN, S. (2003). Notas do tradutor e processo tradutório: análise sob o ponto de vista discursivo.

Porto Alegre: Ed. Da UFRGS.

NEWMARK, P. (1976). The theory and the craft of translation. Language Teaching and linguistics abstracts.

ORLANDI, E. P. (1998). Identidade lingüística escolar. In: Língua(gem) e identidade: elementos para uma discussão no campo aplicado. Signorini, Inês (org.). Campinas: Mercado de Letras; São Paulo: FAPESP, p. 203-212.

PÊCHEUX, M. (1983). Por uma análise automática do discurso. 3 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1997.

PLATÃO. (2004). Fedro. Trad.: Marins, Alex. São Paulo: Martin Claret.

THEODOR, E. (1976). Tradução: ofício e arte. São Paulo: Cultrix, Ed. da Universidade de São Paulo.

VENUTI, L. (1986). A invisibilidade do tradutor. In: Palavra 3.

_______. (2002). Escândalos da Tradução. Trad.: Laureano Pelyrin & alli. Bauru (SP): EDUSC.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.