Banner Portal
Janelas de libras e gêneros do discurso: apontamentos para a formação e atuação de tradutores de língua de sinais
PDF

Palavras-chave

Tradução. Janela de libras. Verbo-visualidade.

Como Citar

NASCIMENTO, Vinícius. Janelas de libras e gêneros do discurso: apontamentos para a formação e atuação de tradutores de língua de sinais. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 56, n. 2, p. 461–492, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8649203. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Discute-se, neste artigo, os aspectos da inserção da janela de língua brasileira de sinais (Libras) em produções audiovisuais a partir das especificidades dos gêneros do discurso a serem mobilizados pela tradução, bem como seus efeitos para a formação de tradutores e intérpretes do par linguístico Libras/Língua Portuguesa (LP). Com base na teoria dos gêneros do discurso elaborada por Mikhail Bakhtin e seu Círculo, discute-se que a acessibilidade linguística para surdos em materiais audiovisuais com a inserção da janela de Libras clama por uma discussão para além dos parâmetros técnicos de captação da imagem do tradutor e da sua inserção na produção midiática. Faz-se necessário discutir as especificidades enunciativo-discursivas do vídeo fonte para dar à janela de Libras a dimensão de acabamento (tamanho, recorte, posição) a partir das especificidades do gênero. Para comprovar esta tese, analisa-se produções de dois gêneros com janela de Libras que foram produzidas em um curso de pós-graduação lato sensupara tradutores e intérpretes de Libras/Português.
PDF

Referências

ALBRES, N. A. Gesto-visualidade no processo de tradução de literatura infanto-juvenil: marcas do discurso narrativo. Translatio. Porto Alegre, n. 9, 2015a. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/translatio/article/view/51669

ALBRES, N. A. Tradução intersemiótica de literatura infanto-juvenil: vivências em sala de aula. Cadernos de Tradução. Florianópolis, v. 35, nº especial 2, p. 387-486, 2015b Disponível em: http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35nesp2p387

AUTOR. Formação de intérpretes de libras e língua portuguesa: encontros de sujeitos, discursos e saberes. (Tese). Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2016a.

AUTOR. Da norma legislativa à atividade interpretativa: acessibilidade comunicacional de surdos à mídia televisiva. In: SILVA, A. A.; ALBRES, N. A.; RUSSO, A. (Orgs.) Diálogos em estudos da tradução e interpretação de língua de sinais. Curitiba: Editora Prismas, 2016b.

AUTOR. Gêneros do discurso e verbo-visualidade: dimensões da linguagem para a formação de tradutores/intérpretes de Libras/Português. In: BRAIT, B.; MAGALHÃES, A. S. Dialogismo: teria e(m) prática. São Paulo: Terracota, 2014.

AUTOR. Interpretação da língua brasileira de sinais a partir do gênero jornalístico televisivo: elementos verbo-visuais na produção de sentidos. (Dissertação) Programa de Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. São Paulo: LAEL/PUC-SP, 2011.

ARBOLEYA, V.; BRINGMANN, D. Literatura infantil, contação de histórias e mídia: alternativas metodológicas e prática pedagógica. Anais do 1º Simpósio Nacional de Educação, XX Semana da Pedagogia, Cascavel, 2008. Disponível em: http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2008/1/Artigo%2036.pdf

ABNT. NBR 15.290 – Acessibilidade em comunicação na televisão. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2010. Disponível em: http://www.crea-sc.org.br/portal/arquivosSGC/NBR%2015290.pdf

BAKHTIN, M. M. Problemas da poética de Dostoievski. Trad. Paulo Bezerra. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2013a.

BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In: Estética da Criação Verbal. Trad. Paulo Bezerra São Paulo: Martins Fontes, 2010b [1952-53].

BAKHTIN, M. (VOLOCHÍNOV). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 13 ed. São Paulo: Hucitec, 2009.

BEZERRA, P. Tradução, arte e diálogo. Bakhtiniana, São Paulo, 10 (3): 235-251, Set./Dez. 2015

BRAIT, B. Olhar e ler: verbo-visualidade em perspectiva dialógica. Bakhtiniana, São Paulo, 8 (2): 43-66, 2013.

BRAIT, B. Análise e teoria do discurso. In: BRAIT, B. (Org.) Bakhtin, outros conceitos-chave. São Paulo: Editora Contexto, 2008.

BRAIT, B.; PISTORI, M. H. C. A produtividade do conceito de gênero em Bakhtin e o Círculo. Alfa, São Paulo, v. 56, p. 371-401, 2012.

BRAIT, B. Literatura e outras linguagens. São Paulo: Contexto, 2010.BRAIT, B.;

BRASIL. Decreto 7.612 de 17 de novembro de 2011. Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm

BRASIL. Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10098.htm#art18

BRASIL. Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm Acesso em: 20 de janeiro de 2010.

BRASIL. Estatuto da pessoa com deficiência – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2015. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/513623/001042393.pdf?sequence=1

BRASIL. Lei Nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm

BRITO, R. F. Modelo de Referência para Desenvolvimento de Artefatos de Apoio ao Acesso de Surdos ao Audiovisual. (Tese). Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina, Floriaópolis, 2012.

CAMARGO, L. D. V. L.; GAROFALO, S.; COURA-SOBRINHO, J. Migrações da aula presencial para a videoaula: uma análise da alteração de médium. Quaestio. Sorocaba, SP, v. 13, n. 2, p. 79-91, nov. 2011. Disponível em: http://docplayer.com.br/9876868-Migracoes-da-aula-presencial-para-a-videoaula-uma-analise-da-alteracao-de-midium-1.html

CLOT, Y. A função psicológica do trabalho. Trad. Adail Sobral. Petrópolis: Editora Vozes, 2007.

FAÏTA, D. Análise das práticas linguageiras em situações de trabalho: uma renovação metodológica imposta pelo objeto. In: SOUZA-E-SILVA, M. C.; FAITA, D. (Org.). Linguagem e trabalho: construção de objetos de análise no Brasil e na França. São Paulo: Cortez, 2002.

FARIA, N. G.; SILVA, D. C. Legendas e janelas: questão de acessibilidade. Revista Sinalizar, v.1, n.1, p. 65-77, jan./jun 2016. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/revsinal/article/view/36156

FELICIO, O surdo e a contação de histórias – análise da interpretação simultânea do conto “sinais no metrô”. (Dissertação). Mestrado em Estudos da Tradução. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.

FIORIN, J. L. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. 3ª Ed. São Paulo: Editora Contexto, 2016.

GRILLO, S. Esfera e Campo. In: BRAIT, B. (Org.) Bakhtin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2008.

JAKOBSON, R. Linguística e comunicação. Trad. Izidoro Blikstein e José Paulo Paes – 22ª Ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2010.

LIMA, A. P. Procedimentos teórico-metodológicos de estudo de gêneros do discurso: atividade e oralidade em foco. In: BRAIT, B.; MAGALHÃES, A. S. (Org) Dialogismo: teoria e(m) prática. São Paulo: Terracota, 2014.

MARTINS, V. R. O; AUTOR. Da formação comunitária à formação universitária (e vice e versa): novo perfil dos tradutores e intérpretes de língua de sinais no contexto brasileiro. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 35, nº especial 2, p. 78-112, 2015.

MEDVIÉDEV, P. N. O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica. Trad. Sheila Camargo Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Contexto, 2012.

MOURA-VIEIRA, M. A. A atividade e o discurso na clínica: uma análise dialógica do trabalho médico. Amsterdam/Recife: CreatSpace Independet Publishing Platform, 2012.

NICHOLS, J. Literatura Surda: além da língua de sinais. (Dissertação). Mestrado em Educação. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.

OUSTINOFF, M. Tradução: história, teorias e métodos. Trad. Marco Marcionilo. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

PAGURA, R. A interpretação de conferências: interfaces com a tradução escrita e implicações para a formação de intérpretes e tradutores. DELTA, 19, Vol. Especial, São Paulo, PUC-SP, 2003.

QUADROS, R. M.; STUMPF, M. R. Letras Libras EaD. In: QUADROS, R. M. (Org). Letras Libras: ontem, hoje e amanhã. Florianópolis: Editora da UFSC, 2015.

QUADROS, R. M.; SEGALA, R. R. Tradução intermodal, intersemiótica e interlinguística de textos escritos em português para a libras oral. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 35, nº especial 2, p. 354-386, jul-dez, 2015

QUADROS, R. M. Efeitos de modalidade de língua: as línguas de sinais. Educação Temática Digital, Campinas, v. 7, p. 168-178, 2006.

RODRIGUES, R. Interpretação de Libras e Português no contexto empresarial (Palestra). I Semana do Curso de Bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras e Língua Portuguesa. Universidade Federal de São Carlos, 2015.

ROSA, F. S. Literatura surda: criação e produção de imagens e textos. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v.7, n.2, p.58-64, jun. 2006. Disponível em: http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/791

SEGALA, R. R. Tradução intermodal e intersemiótica/interlinguística: português escrito para a língua de sinais. (Dissertação). Mestrado em Estudos da Tradução. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.

SOBRAL, A. Do dialogismo ao gênero: as bases do pensamento do Círculo de Bakhtin. Campinas: Mercado das Letras, 2009.

TORRES, E. F.; MAZZONI, A. A. O direito de acesso à televisão nos meios televisivos: onde está a inclusão? Brasília: Inclusão Social. v. 2, n. 1, p. 73-82, out. 2006/mar. 2007. Disponível em: http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1592/1799

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.