Banner Portal
A intercompreensão para promoção da língua francesa na internacionalização das universidades brasileiras
PDF (English)

Palavras-chave

Intercompreensão
Internacionalização
Políticas linguísticas

Como Citar

GUIMARÃES, Felipe Furtado. A intercompreensão para promoção da língua francesa na internacionalização das universidades brasileiras. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 60, n. 1, p. 203–216, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8660116. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este estudo tem como objetivo examinar a abordagem intercompreensível (IA) como uma oportunidade de promover a língua francesa no contexto da internacionalização das universidades brasileiras, à luz das recentes reformas na educação (em geral) e no ensino de línguas (em particular) que dificultam o ensino, a aprendizagem e o uso de línguas diferentes do inglês no Brasil. Para isso, o autor realizou uma pesquisa bibliográfica para identificar a relação entre estudos de línguas estrangeiras e internacionalização, bem como uma pesquisa documental para identificar textos relacionados a reformas educacionais e políticas linguísticas no Brasil que afetam o uso do francês. Conclui-se que abordagens inovadoras como a IA são necessárias para promover o ensino do francês (e outras línguas) na academia, com o apoio das tecnologias da informação e comunicação (TIC), em prol de uma educação superior mais diversificada e multilíngue.

PDF (English)

Referências

ALTBACH, P.G.; KNIGHT, J. (2007). The internationalization of higher education: motivations and realities. Journal of Studies in International Education, v. 11, pp. 290–305.

ALTENHOFEN, C.V. (2013). Bases para uma política linguística das línguas minoritárias no Brasil. In: Nicolaides, C. et al. (orgs.). Política e Políticas Linguísticas. Campinas: Pontes Editores, pp. 93–116.

ARAÚJO E SÁ, M.H.; SIMÕES, A.R. (2015). Integración curricular de la Intercomprensión: posibilidades, limitaciones, recomendaciones (relatório). Brussels: European Union.

BAGNO, M.; CARVALHO, O.L.S. (2015). O potencial do português brasileiro como língua internacional. Revista Interdisciplinar, v. 22, pp. 11–26.

BEELEN, J.; JONES, E. (2015). Redefining Internationalization at Home. In: Curaj, A. et al. (orgs.). The European Higher Education Area: between critical reflections and future policies. Cham: Springer, pp. 59–72.

BERNHEIM, C.T. (2008). La educación superior en América Latina y el Caribe: diez años después de la Conferencia Mundial de 1998. Bogotá: UNESCO.

BLOMMAERT, J. (2013). Citizenship, language and superdiversity: towards complexity. Journal of Language, Identity and Education, v. 12, pp. 193–196.

BRUTT-GRIFFLER, J. (2017). English in the multilingual classroom: implications for research, policy and practice. PSU Research Review, v. 1, n. 3, pp. 216–228.

CANAGARAJAH, S. (2013). Navigating language politics: a story of critical praxis. In: Nicolaides, C. et al. (orgs.). Política e Políticas Linguísticas. Campinas: Pontes Editores, pp. 43–61.

CAROLA, C.; ALBUQUERQUE COSTA, H. (2014). Intercompreensão no ensino de línguas estrangeiras: formação plurilíngue para pré-universitários. Revista Moara, v. 42, pp. 99–116.

DAY, K. (2012). Ensino de língua estrangeira no Brasil: entre a escolha obrigatória e a obrigatoriedade voluntária. Revista Escrita, v. 15, pp. 1–13.

DE ABREU-E-LIMA, D.P.M.; FINARDI, K.R. (2019). Políticas linguísticas para internacionalização e o papel do programa Idiomas sem Fronteiras. In: Finardi, K.; Scherre, M.M.; Vidon, L. (orgs.). Língua, Discurso e Política: desafios contemporâneos. Campinas: Pontes Editores, pp. 13–28.

DE BIASE, A. (2013). Intercompréhension: analyse des stratégies d’apprentissage pour comprendre les langues romanes. Dissertação de Mestrado. Haute École Pédagogique, Lausanne.

DE OLIVEIRA, J.M.F. (2016). A intercompreensão de línguas românicas nas aulas de inglês: uma experiência inovadora nos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

DE SOUSA SANTOS, B. (2011). Epistomologías del Sur. Utopía y Praxis Latinoamericana, v. 16, n. 54, pp. 17–39.

DE WIT, H. (2011) Internationalization of Higher Education: nine misconceptions. International Higher Education, v. 64, pp. 6–7.

DE WIT, H.; HUNTER, F.; HOWARD, L.; EGRON-POLAK, E. (2015). Internationalisation of Higher Education (relatório). Brussels: European Parliament.

DOYÉ, P. (2005). Intercomprehension: guide for the development of language education policies in Europe - from linguistic diversity to plurilingual education (relatório). Strasbourg: Council of Europe.

EUROPEAN COMMISSION (2012). Studies on translation and multilingualism: Intercomprehension. Brussels: European Union.

FERREIRA, L.G. (2018). Política Linguística: a historiografia da oferta de línguas estrangeiras no Brasil e a intercompreensão como ferramenta de valorização do plurilinguismo. Trabalho de conclusão de curso de pós-graduação em Letras, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

FINARDI, K.R. (2014). The slaughter of Kachru’s five sacred cows in Brazil: affordances of the use of English as an international language. Studies in English Language Teaching, v. 2, pp. 401-411.

FINARDI, K.R. (2016a). Language policies and internationalisation in Brazil: the role(s) of English as an additional language. In: Sciriha, L. (org.). International Perspectives on Bilingualism. Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing, pp. 79-90.

FINARDI, K.R. (2016b). English in Brazil: views, policies and programs. Londrina: EDUEL.

FINARDI, K.R. (2017). What Brazil can learn from multilingual Switzerland and its use of English as a multilingua franca? Acta Scientiarum, v. 39, pp. 219-228.

FINARDI, K.R. (2019a). Internationalization and multilingualism in Brazil: possibilities of Content and Language Integrated Learning and Intercomprehension approaches. International Journal of Educational and Pedagogical Sciences, v. 13, pp. 656-659.

FINARDI, K.R. (2019b). English in the South. Londrina: EDUEL.

FINARDI, K.R.; ARCHANJO, R. (2018). Washback effects of the Science without Borders, English without Borders and Language without Borders programs in Brazilian language policies and rights. In: Siiner, M.; Hult, F.; Kupisch, T. (orgs.). Language Policy and Language Acquisition Planning. Cham: Springer, pp. 173-185.

FINARDI, K.R.; FRANÇA, C. (2016). O Inglês na internacionalização da produção científica brasileira: evidências da subárea de linguagem e linguística. Revista Intersecções, v. 19, pp. 234–250.

FINARDI, K.R.; GUIMARÃES, F.F. (2019). Local agency in national language policies: the internationalisation of higher education in a Brazilian institution. Current Issues in Language Planning, v. 20, n. 5, pp. 1–23.

FINARDI, K.R.; PORCINO, M.C. (2014). Tecnologia e metodologia no ensino de inglês: impactos da globalização e da internacionalização. Revista Ilha do Desterro, v. 66, pp. 239–282.

FINARDI, K.R.; ROJO, R.A.O. (2015). Globalization, internationalization and education: what is the connection? International e-Journal of Advances in Education, v. 1, n. 1, pp. 18–25.

FINARDI, K.R.; ARCHANJO, R. (2015). Reflections of internationalization of education in Brazil. In: International Business and Education Conference 2015 Proceedings. New York: Clute Institute, pp. 504-510.

GUIMARÃES, F.F.; AMORIM, G.B.; PICCIN, G.F.O.; FINARDI, K.R.; DE SOUZA, N. (2019). Intercompreensão e Internacionalização: construindo uma cidadania glocal sustentável. In: Finardi, K. et al. (orgs.). A diversidade de fazeres em torno da linguagem: universidades, faculdades e educação básica em ação. Campinas: Pontes Editores, pp. 217–230.

GUIMARÃES, F.F.; FINARDI, K.R.; CASOTTI, J.B.C. (2019). Internationalization and language policies in Brazil: what is the relationship? Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 19, n. 2, pp. 295–327.

GUIMARÃES, F.F.; FINARDI, K.R.; EL KADRI, M.S.; TAQUINI, R. (2020). The mission statements of the federal universities and the projection of internationalization in Brazil. System, v. 94, pp. 1–13.

GUIMARÃES, F.F.; KREMER, M.M. (2020). Adopting English as a medium of instruction (EMI) in Brazil and Flanders (Belgium): a comparative study. Revista Ilha do Desterro, v. 73, n. 1, pp. 217–246.

HAMEL, R.E. (2013). El campo de las ciencias y la educación superior entre el monopolio del inglés y el plurilingüismo: elementos para una política del lenguaje en América Latina. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 52, n. 2, pp. 321–384.

HENRIQUES, E.R. (2000). Intercompreensão de texto escrito por falantes nativos de português e de espanhol. Revista D.E.L.T.A., v. 16, n. 2, pp. 263–295.

HILDEBLANDO JÚNIOR, C.A.; FINARDI, K.R. (2018). Internationalization and virtual collaboration: insights from COIL experiences. Revista Ensino em Foco, v. 1, n. 2, pp. 19–33.

HUDZIK, J. (2011). Comprehensive Internationalization: from concept to action. Washington D.C.: NAFSA, 2011.

JENKINS, J. (2015). Repositioning English and multilingualism in English as a lingua franca. Englishes in Practice, v. 2, n. 3, pp. 49–85.

JORDÃO, C.M. (2016) Decolonizing identities: English for internationalization in a Brazilian university. Interfaces - Brasil / Canada, v. 16, n. 1, pp. 191–209.

KNIGHT, J. (2003). Updating the definition of internationalization. International Higher Education, v. 33, pp. 2–3.

KNIGHT, J. (2011a). Five myths about internationalization. International Higher Education, v. 62, pp. 14–15.

KNIGHT, J. (2011b) Doubts and dilemmas with double degree programs. Revista de Universidad y Sociedad del Conocimiento, v. 8, n. 2, pp. 297–312.

KNOBEL, M. (2012). Brazil seeks academic boost by sending students abroad. International Higher Education, v. 66, pp. 147–149.

LAGARES, X.C. (2018). Qual política linguística? Desafios glotopolíticos contemporâneos. São Paulo: Parábola Editorial.

LAUS, S.P. (2012). A internacionalização da educação superior: um estudo de caso da Universidade Federal de Santa Catarina. Tese de Doutorado. Universidade Federal da Bahia, Salvador.

LEFFA, V.J. (2013). Prefácio. In: Nicolaides, C. et al. (orgs.). Política e Políticas Linguísticas. Campinas: Pontes Editores, pp. 7–10.

LJOSLAND, R. (2011). English as an academic lingua franca: language policies and multilingual practices in a Norwegian university. Journal of Pragmatics, v. 43, n. 4, pp. 991–1004.

MANÇOS, G.R.; COELHO, F.S. (2017). Internacionalização da ciência brasileira: subsídios para avaliação do programa Ciência sem Fronteiras. Revista Brasileira de Políticas Públicas e Internacionais, v. 2, n. 2, pp. 52–82.

MARTINS, S.A. (2014). A intercompreensão de línguas românicas: proposta propulsora de uma educação plurilíngue. Revista Moara, v. 42, pp. 117–126.

MEISSNER, F. J. (2010). La didáctica de la Intercomprensión y sus repercusiones en la enseñanza de lenguas: el ejemplo alemán. Synergies Chili, v. 6, pp. 59–70.

MENEGHEL, S.M.; DE CAMARGO, M.S.; SPELLER, P. (2018). De Havana a Córdoba: duas décadas de educação superior na América Latina. Brasília: Editora Novaletra.

OLIVEIRA, R. S. (2015). Linha do tempo da didática das línguas estrangeiras no Brasil. Non Plus, v. 7, pp. 27–38.

RAJAGOPALAN, K. (2013). Política Linguística: do que é que se trata, afinal? In: Nicolaides, C. et al. (orgs.) Política e Políticas Linguísticas. Campinas: Pontes Editores, pp. 19–42.

RAMOS-GARCÍA, A.M.; VÁZQUEZ, V.P. (2018). The linguistic internationalization of higher education: a study on the presence of language policies and bilingual studies in Spanish universities. Porta Linguarum, Monográfico III, pp. 31–46.

RICENTO, T. (2006). An introduction to Language Policy: theory and method. Malden, MA: Blackwell Publishing.

SHOHAMY, E. (2006). Language Policy: hidden agendas and new approaches. New York: Routledge.

SPOLSKY, B. (2004). Language Policy. New York: Cambridge University Press.

STEIN, S.; ANDREOTTI, V.O. (2017). Afterword: provisional pedagogies toward imagining global mobilities otherwise. Curriculum Inquiry, v. 47, n. 1, pp. 135–146.

VERTOVEC, S. (2007). Super-diversity and its implications. Ethnic and Racial Studies, v. 30, n. 6, pp. 1024–1054.

WANG, X.; SPOTTI, M.; JUFFERMANS, K.; CORNIPS, L.; KROON, S.; BLOMMAERT, J. (2014). Globalization in the margins: toward a re-evaluation of language and mobility. Applied Linguistics Review, v. 5, n. 1, pp. 23–44.

WRIGHT, S. (2016). Language policy and planning: from nationalism to globalization. New York: Palgrave Macmillan.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Trabalhos em Linguística Aplicada

Downloads

Não há dados estatísticos.