Banner Portal
"Au revoir" Copa do Mundo de "Slam"
PDF

Palavras-chave

Copa do Mundo de Slam
Decolonialidade
Artivismo
Combarte

Como Citar

NEVES, Cynthia Agra de Brito. "Au revoir" Copa do Mundo de "Slam": questões de gênero, raça e decolonialidade nas poesias-"slams" do Sul Global. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 63, n. 2, p. 272–280, 2024. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8675770. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Este artigo visa problematizar a participação de poetas na Copa do Mundo de Slam, campeonato mundial que ocorre anualmente em Paris. Em específico, pretende-se discutir questões de gênero, raça e decolonialidade nas performances poéticas de Bell Puã, slammer representante brasileira no evento de 2018, contrastando-as com outras performances de poetas europeus, brancos, cis, colonizadores, do Norte Global. Buscamos ainda defender o artivismo e o combarte como movimentos que envolvem os eventos de slams brasileiros e, por extensão, da América Latina e do Sul Global. Esta pesquisa, de cunho etnográfico, foi realizada in loco, no Grand Poetry Slam da França, em 2018 e em 2023, e no World Poetry Slam Championship (WPSC), campeonato mundial de slam realizado na Festa Literária das Periferias (FLUP), no Rio de Janeiro, em 2023. Os textos poéticos performados lá e cá revelam diferenças estéticas e, sobretudo, éticas, nas temáticas abordadas, o que se deve a fatores históricos, culturais e (geo)políticos que separam Norte e Sul Global.

PDF

Referências

ABERTURA FLUP/WPSC: Campeonato Mundial de Poetry Slam. (2023). Flup RJ. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-CJjFGV9R9M. Acesso em: 02 jan. 2024.

ALCALDE, E. (2022). Nos corre da poesia: autobiografia de um slammer. São Paulo: Selin Trovoar.

ARNAUD-DEGUITRE, T. (2012). J-1 avant la finale de la Coupe du monde de Slam. Street Press. Disponível em: https://www.streetpress.com/sujet/36994-j-1-avant-la-finale-de-la-coupe-du-monde-de-slam. Acesso em: 19 dez. 2023.

BELL PUA (BRÉSIL) “Era Uma Vez”. Grand Poetry Slam/International. (2018). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tvTzMWUrXT4&list=PLdjrqV2jBeLLV9lmIj9FAkMbKDM2fg6WL&index=20&t=3s. Acesso em: 27 dez. 2023.

BENTO, C. (2022). O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BLOOM, H. (2000). Interviewed in “The Man in the Back Row Has a Question VI”, by David Barber. The Paris Review, n. 154.

CARDINA, M. (2021). A afasia colonial e as encruzilhadas da memória. Memoirs Newsletter, Coimbra, n. 136, p. 1-4.

CAVALCANTE, G. (2022). Abya Yala Poetry Slam: a Copa Slam das Américas. Entrevista com Comikk Mg (México). Revista Terceira Margem, v. 26, n. 49, p. 291-299.

ESCRAVA ANASTÁCIA. ([s.d.]). Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escrava_Anast%C3%A1cia. Acesso em: 05 jan. 2024.

FANON, F. (2020). Pele negra, mascaras brancas. Tradução de Sebastião Nascimento e colaboração de Raquel Camargo. São Paulo: Ubu Editora.

FILIPPO CAPOBIANCO: Divergenze – Storia Di Un Cosmologo Innamorato || Italie || Finale. (2023). Grand Poetry Slam/International. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=38VdpMEKX9s&list=PLdjrqV2jBeLJV8RkVbyJ4uaZlpDUdXSWH&index=31. Acesso em: 27 dez. 2023.

FOUCAULT, M. (2006). A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. 14ª Ed. São Paulo: Loyola.

GRAN, I. (2021). Slam das Minas RJ: a voz das mulheres nas ruas do Rio de Janeiro. Jornal Literatura Comunica, ano 3, n. 8, p. 9-11.

GRAND POETRY SLAM/INTERNATIONAL. ([s.d.]). Disponível em: https://www.youtube.com/@grandpoetryslaminternation6223. Acesso em: 03 jan. 2024.

MIGNOLO, W. D. (2017). Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 32, n. 94, p. 1-18.

NEVES, C. A. de B. (2021). Letramentos literários em travessias na Linguística Aplicada: ensino transgressor e aprendizagem subjetiva da literatura. In: LIMA, E. (Org.). Linguística Aplicada na Unicamp: travessias e perspectivas [livro eletrônico]. Bauru, SP: Canal 6, p. 65-88.

NEVES, C. A. de B. (2017). Slams – letramentos literários de reexistência ao/no mundo contemporâneo. Revista Linha D’Água. São Paulo, v. 30, n. 2, p. 92-112.

NEVES, C. A. de B.; SANTOS, S. R. de J. C. (2023). Luiza Romão e “sua poema” de resistência decolonial – Slam das Minas, presente! Revista Terceira Margem, v. 27, n. 51, p. 95-118.

PIEDADE, V. (2017). Dororidade. São Paulo: Editora Nós.

PUÃ, B. (2019). Era uma vez um Brasil conservador. In: DUARTE, Mel (Org.). Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta. São Paulo: Planeta do Brasil, pp. 30-32.

QUIJANO, A. (2005). Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO Livros, pp. 117-142.

RIBEIRO, D. (2017). O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento; Justificando.

SLAM: VOZ DE LEVANTE. (2017). Direção e roteiro: Roberta Estrela D’Alva e Tatiana Lohmann. Produção: Exótica Cinematográfica e Miração Filmes.

STREET, B. V. (2014). Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. Tradução de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial.

VILAR, F. (2019). Migrações e periferias: o levante do slam. Estudos da Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 58, p. 1-13.

VILAR, F. (2020). Slam: periferia, pós-memória e identidade. Rivista di Studi Ibero Americani, v. 12, n. 2, pp. 135-152.

WARNER, M. (2002). Publics and counterpublics. New York: Zone Books.

WORLD POETRY SLAM ORGANIZATION. ([s.d.]). Disponível em: https://www.worldpoetryslam.org/. Acesso em: 29 fev. 2024.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Cynthia Agra de Brito Neves

Downloads

Não há dados estatísticos.