Resumo
O presente estudo foi realizado a partir de 59 dissertações e teses, defendidas entre 2001 e 2012, extraídas do corpus do Projeto Universal “Mapeamento e estado da arte da pesquisa brasileira sobre o professor que ensina Matemática”. Teve como objetivos visualizar a concentração e a distribuição desses trabalhos pelas diversas regiões do Brasil e identificar quais tendências temáticas são privilegiadas nesses estudos, bem como seus principais resultados. Com base teórica em Shulman, entre outros pesquisadores, analisaram-se fichas e resumos dos trabalhos estudados no mapeamento inicial, a fim de identificar pesquisas que tinham como foco de investigação a formação inicial do professor que ensina Matemática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Resultados apontam problemas diversos envolvendo programas curriculares, práticas tradicionais, distanciamento entre universidade e escola básica, mas também algumas possibilidades para aprimorar a formação para a docência matemática.
Referências
Abrahão, A. M. C. (2016). A prática como componente curricular na formação inicial de pedagogos. Educação Matemática em Revista, 49(B), 8-16. Retirado em 26 de setembro de 2016, de http://www.sbem.com.br/revista/index.php/emr/issue/view/61/showToc
Alarcão, I. (2003). Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez.
André, M. E. D. A., Simões, R., Carvalho, J. M., & Brzezinski, I. (1999). Estado da arte da formação de professores no Brasil. Educação e Sociedade, 20(68), 301-309.
André, M. E. D. A. (2010). Formação de professores: a constituição de um campo de estudos. Educação, 33(3), 174-181.
Ball, D. L. (1991). Knowledge and reasoning in mathematical pedagogy: examining what prospective teachers bring to teacher education. Tese de doutorado. Retirado em 26 de setembro de 2016, de http://www-personal.umich.edu/~dball/books/DBall_dissertation.pdf.
Ball, D. L., Thames, H.M., & Phelps, G. (2008). Content knowledge for teaching: What makes it special? Journal of Teacher Education, 59(5), 389-407.
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. (1997). Parâmetros curriculares nacionais: Matemática / Ensino de primeira à quarta séries. Brasília: MEC/SEF. Retirado em 26 de setembro de 2016, de http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro03.pdf.
Cochran-Smith, M., & Lytle, S. L. (1999). Relationships of knowledge and practice: Teacher learning in communities. Review of Research in Education, 24, 249-305.
Curi, E. (2004). Formação de professores polivalentes: uma análise de conhecimentos para ensinar Matemática e de crenças e atitudes que interferem na constituição desses conhecimentos. Tese de doutorado em Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Curi, E. (2005). A Matemática e os professores polivalentes. São Paulo: Musa.
Curi, E., & Pires, C. M. C. (2008). Pesquisas sobre a formação do professor que ensina Matemática por grupos de pesquisa de instituições paulistanas. Educ. Mat. Pesquisa, 10(1), 151-189.
Fiorentini, D. (2006). Pesquisar práticas colaborativas ou pesquisar colaborativamente? In M. C. Borba, & J. L. Araújo (Org.), Pesquisa qualitativa em Educação Matemática (pp. 47-76). Belo Horizonte: Autêntica.
Fiorentini, D., Passos, C. L. B., & Lima, R. C. R. (Org.). (2016). Mapeamento da pesquisa acadêmica brasileira sobre o professor que ensina Matemática: período 2001 – 2012. Campinas, SP: Faculdade de Educação, Unicamp.
Gatti, B. A., & Barreto, E. S. S. (2009). Professores no Brasil: impasses e desafios. Brasília: Unesco.
Gatti, B. A., Barreto, E. S. S., & André, M. E. D. (2011). A políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília: Unesco. Retirado em 26 de setembro de 2016, de http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002121/212183por.pdf
Imbernón, F. (2005). Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez.
Nacarato, A. M., Passos, C. L. B., Cristovão, E. M., Megid, M. A. B. A., Gama, R. P., & Coelho, M. A. V. M. P. (2016). Tendências das pesquisas brasileiras que têm o professor que ensina Matemática como campo de estudo: uma síntese dos mapeamentos regionais. In D. Fiorentini, C. L. B. Passos, & R. C. R. Lima (Org.), Mapeamento da pesquisa acadêmica brasileira sobre o professor que ensina Matemática: período 2001 – 2012. Campinas, SP: Faculdade de Educação, Unicamp.
NCTM. National Council of Teachers of Mathematics. (1991). Professional Standards for Teaching Mathematics. Reston, VA: Autor.
Nóvoa, A. (1992). Formação de professores e profissão docente. In A. Nóvoa (Org.), Os professores e sua formação (pp. 13-33). Lisboa: Nova Enciclopédia.
Passos, C., Nacarato, A. M., Fiorentini, D., Miskulin, R. G. S., Grando, R. C., Gama, R. P., ..., Melo, M. V. (2006). Desenvolvimento profissional do professor que ensina Matemática: uma meta-análise de estudos brasileiros. Quadrante, XV (1 e 2), 193-219.
Ponte, J. P. (2002). A vertente profissional da formação inicial de professores de matemática. Educação Matemática em Revista, 11A, 3-8. Retirado em 26 de setembro de 2016, de http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt/02-Ponte%20(SBEM).pdf
Serrazina, M. L. M. (1999). Reflexão, conhecimento e práticas letivas em Matemática num contexto de reforma curricular no 1.º ciclo. Quadrante, 8, 139-168.
Serrazina, M. L. M. (2002). A formação para o ensino da matemática: perspectivas futuras. In L. Serrazina (Org.), A formação para o ensino da Matemática na educação pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico (pp.9-19). Lisboa: Porto.
Serrazina, M. L. M. (2012). Conhecimento matemático para ensinar: papel da planificação e da reflexão na formação de professores. Revista Eletrônica de Educação, 6(1), 266-283. Retirado em 26 de outubro de 2016, de http://www.reveduc.ufscar.br.
Shulman, L. S. (1986). Those who understand: knowledge growth in teaching. Teaching Educational Researcher, 15(2), 4-14.
Sztajn, P. (2002). O que precisa saber um professor de matemática? Uma revisão da literatura americana dos anos 90. Educação Matemática em Revista, 9(11A), 17-28.
Sztajn, P., Wilson, H., Edgington, C., Myers, M., & Dick, L. (2013). Using design experiments to conduct research on Mathematics professional development. Alexandria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 6(1), 9-34.
Tardif, M., & Raymond, D. (2000). Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educação & Sociedade, XXI (209), 209-244.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2017 Zetetike