Resumo
Recentemente Ariano Suassuna, em sua coluna semanal na Folha de S. Paulo, página 1-2 da edição de 18/05/99, escreveu: "Certa vez, numa aula que dei em São Paulo, afirmei que as universidades brasileiras pensam e ensinam de costas para o nosso país. E, para provar o que estava dizendo, pedi que levantassem a mão os que, ali, pelo menos uma vez, já tivessem ouvido falar em Kant. Todo mundo fez o gesto que eu solicitara. Fiz então, pedido igual em relação a Matias Aires - e somente um rapaz ergueu, de novo, a mão que baixara. Comentei: 'Estão vendo? Matias Aires, o maior pensador de língua portuguesa do século 18, era brasileiro e paulista; e, aqui, só é conhecido por aquele rapaz que ali está!'. Voltei-me para o solitário e indaguei: 'Você já leu Matias Aires? Ou somente ouviu falar sobre ele, em alguma das aulas que recebeu?'. O rapaz respondeu: 'Nem uma coisa nem outra. Conheço o nome porque, aqui em São Paulo, moro na rua Matias Aires'. Muitos anos antes observação semelhante foi feita, quando, em 1924, por ocasião do lançamento da primeira edição do livro Vida e Obra do Barão de Macahubas, seu autor - Isaías Alves - relatou no "Prólogo" o seguinte episódio...
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