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A linguagem do corpo e o lugar do educador
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Palavras-chave

Educador. Corpo. Discursos educacionais. Educação alternativa. Construtivismo.

Como Citar

REVAH, Daniel. A linguagem do corpo e o lugar do educador. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 8, p. 90–118, 2008. DOI: 10.20396/etd.v8i0.694. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/694. Acesso em: 3 jul. 2024.

Resumo

Na década de 1970, nos discursos educacionais que no Brasil constituem o campo da educação alternativa, a palavra postura torna-se um dos significantes que demarcam o lugar do educador, de todos talvez o mais incisivo. Esse significante, que desde então reúne traços e articulações discursivas que procedem do campo alternativo, em fins da década seguinte fica sob a injunção do discurso pedagógico que se configura nesse período: o construtivismo. A postura continua como um elemento importante, mas ela não mais se configura assentada no largo registro das experiências alternativas que haviam surgido alicerçadas pelos questionamentos de natureza política e cultural. A postura, agora do professor, é concebida como algo que resulta da compreensão e assimilação de uma teoria que surge sob a marca da ciência. Em meados da década de 1990, quando o construtivismo adquire um claro viés tecnicista, o lugar do professor sofre uma nova inflexão, esvanecendo-se o que era da ordem da sua postura. Este artigo recupera alguns elementos desse percurso para nele situar o lugar do educador ou professor, que aqui será pensado a partir dos traços e significantes que o definem e que concernem ao corpo e a sua linguagem. 

https://doi.org/10.20396/etd.v8i0.694
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