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Ideologia e reconhecimento: reflexões sobre a obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira
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Palavras-chave

Afro-brasileiros. Programa nacional do livro didático. Reconhecimento. Ideologia.

Como Citar

ROLANDI, Verônica de Freitas; VITORINO, Artur José Renda. Ideologia e reconhecimento: reflexões sobre a obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 17, n. 1, p. 157–175, 2015. DOI: 10.20396/etd.v17i1.8634824. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8634824. Acesso em: 6 out. 2024.

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar problematizações a respeito do cumprimento da lei 11.645 de 2008, que trata da obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira em todas as disciplinas do currículo. Serão analisadas duas sequências didáticas com essa temática do livro Cercanía espanhol sétimo ano aprovado no PNLD-2014 anos finais do ensino fundamental. As bases teóricas dessas análises serão a Teoria da Luta por Reconhecimento de Axel Honneth (2009) e o conceito de Ocultação Ideológica de Michel Debrun (1959; 1989; 1990). A primeira por permitir construir argumentos pela educação contra formas de desrespeito. A segunda porque explica os mecanismos que atuam no sentido de obliterar o estudante e impedi-lo de ver-se como “sujeito” e “agir como cidadão” (BRASIL, 2006). A partir da primeira análise observamos que o material apresenta subsídios ao professor mediador que permitem o reconhecimento intersubjetivo ao aluno (HONNETH, 2009). Já na segunda, vemos que a Ocultação Ideológica oblitera o leitor e não lhe permite ver que o convívio harmônico entre as raças indígena, negra africana e europeia é um referencial ideológico gerador do analogon que oculta a dissimetria entre o ápice e a base da pirâmide social brasileira (DEBRUN, 1959; 1989).

https://doi.org/10.20396/etd.v17i1.8634824
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