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Os sentidos dos silêncios na educação: representações sociais de professores formadores da Universidade Federal de Uberlândia – MG.
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Palavras-chave

Representação social. Educação. Silêncio. Justiça social. Formação de professores.

Como Citar

CAMPOS, Vanessa Bueno; SILVA, Fernanda Duarte Araújo; CICILLINI, Graça Aparecida. Os sentidos dos silêncios na educação: representações sociais de professores formadores da Universidade Federal de Uberlândia – MG. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 17, n. 2, p. 442–462, 2015. DOI: 10.20396/etd.v17i2.8635725. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8635725. Acesso em: 3 nov. 2024.

Resumo

As reflexões sobre os silêncios na educação apresentadas nesse artigo foram organizadas a partir de uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), como um dos sentidos e significados das representações sociais, de docentes que atuam em cursos de licenciaturas, sobre Educação para a Justiça Social. Apoiamo-nos na abordagem teórico-metodológica da Teoria das Representações Sociais (TRS) e na técnica de livre associação de palavras (ABRIC, 2001) para definir os procedimentos da pesquisa e elaborar os instrumentos de coleta de dados. Aplicamos um questionário com o uso da técnica livre associação de palavras, instigadas a partir de um conjunto de 13 imagens junto a 100 professores universitários. As palavras mais escolhidas, a partir desse conjunto de imagens, representam a abrangência de inserção do trabalho docente em diferentes contextos: espaços temporais, sociais, econômicos e culturais. Para este artigo selecionamos discutir as representações de docentes relacionadas a uma das 13 imagens, denominada “Retratos silenciosos” (CÂMARA, 1975). As representações dos professores, relativas a esta imagem, referem-se às condições de aprendizagem e permanência na escola para o enfrentamento da exclusão social e cultural, destacando a necessidade de uma educação política com vistas ao exercício da Educação em Direitos Humanos. Em linhas gerais, percebemos que essa imagem despertou nos sujeitos sentimentos contraditórios movidos pela compreensão das violências, da indignação ou da aversão à situação e à tentativa de libertação destas formas de representação. 

https://doi.org/10.20396/etd.v17i2.8635725
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Referências

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