Resumo
O texto discute os processos que se articula em torno do acesso ao conhecimento e à infraestrutura básica comum, a qual envolve toda a cadeia da produção desses bens, formada por três camadas: a física, a lógica e a de conteúdo. Considera que as tecnologias digitais e a abundância de informações disponíveis no ciberespaço vêm, cada vez mais, ampliando as possibilidades de autoria dos professores e dos alunos no cotidiano escolar (do ensino fundamental à universidade). No entanto, sem aqueles elementos (acesso comum e infraestrutura) que são indispensáveis para a implantação na educação da autoria, ela não se viabilizaria. Assim, considera que a produção de conteúdo no contexto da cibercultura está condicionada pela infraestrutura tecnológica e pelos usos, trocas e meios de criação de conhecimentos. Por fim, a partir do referencial teórico sobre a temática em questão e de nossas pesquisas e vivências em contextos escolares e universitários, conclui-se que a cultura da construção coletiva e colaborativa em rede de textos, imagens e sons só poderá ser concretizada se for permitido a todos o direito e a liberdade de usufruir dos bens imateriais produzidos pela humanidade.
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