Resumo
No Brasil, a inclusão escolar tem sido compreendida segundo concepções díspares. Algumas destas concepções contradizem o seu sentido e esvaziam a sua potência de transformação educacional. Nestas Notas, consideramos relevante adotar como eixo estruturante da educação inclusiva a diferença em si mesma, proposta por Gilles Deleuze. Trataremos inicialmente da crítica à representação clássica, destacando o entendimento desse autor. Na sequência, abordaremos o papel de uma escola para todos e seus processos educacionais, notadamente o ensinar e o aprender, a partir da diferença. Nossa intenção neste estudo é contribuir para forjar outras perspectivas de entendimentos e inspirar práticas pedagógicas que assegurem o direito à diferença, no contexto contemporâneo da educação escolar brasileira.
Referências
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34. 2a. edição, 2010.
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NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Assim falou Zaratustra. São Paulo: Martin Claret, 2012.
RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs). Epistemologias do Sul. Coimbra/Portugal: Edições Almedina AS/CES, 2.ed., 2010.
SCHÖPKE, Regina. Por uma filosofia da diferença: Gilles Deleuze, o pensador nômade. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
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