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Escrileituras tradutórias: reinvenção empírica do arquivo
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Palavras-chave

Escrileituras. Educação. Tradução. Arquivo.

Como Citar

CAMPOS, Maria Idalina Krause de; OLEGÁRIO, Fabiane; CORAZZA, Sandra Mara. Escrileituras tradutórias: reinvenção empírica do arquivo. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 20, n. 4, p. 963–978, 2018. DOI: 10.20396/etd.v20i4.8649842. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8649842. Acesso em: 9 dez. 2024.

Resumo

Este artigo busca pensar o arquivo como um plano de pensamento aberto a ações tradutórias em educação. Toma a tradução de um texto de partida atravessado por movimentos-fluxos como via de escrileituras que promovem a reinvenção empírica de dados e que se tornam uma potência afirmadora no campo da educação. Nesse processo, o educador-tradutor é tomado por uma força intensiva que faz variar o existente, passando a produzir novas conexões imaginativas que se cruzam e se atualizam em ações experimentais atravessadas por elementos filosóficos, científicos, artísticos e literários. Tais encontros possibilitam práticas afirmativas da docência, visto que o educador-tradutor não se limita a reproduzir os conhecimentos originais, pois, à medida que traduz, atribui novos e múltiplos sentidos ao próprio texto de partida e por esse meio passa a expressar e a construir novas realidades articuladas com uma poética de escrita. Sendo assim, o conhecimento contido em um determinado arquivo torna-se possibilidade de invenção e de ficção, porque se constitui como um suporte gerativo e didático para novos saberes que são experimentados cotidianamente no ensino e na educação contemporânea.

https://doi.org/10.20396/etd.v20i4.8649842
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Referências

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