Resumo
O texto apresenta a produção fotográfica de Spencer Tunick, fotógrafo estadunidense. Sugere reflexões sobre Fotografia, Arte Contemporânea e Educação nas interfaces com obras de Roland Barhtes (A Câmara Clara, 1984) e Jacques Rancière (O espectador emancipado, 2012). As imagens estabelecem jogos entre as coisas expostas e o olhar do espectador. A carne humana é alinhada, colocada em pose e modelada a partir de uma visão – a do fotógrafo. Estamos diante de imagens provocantes. Entre proximidades e distanciamentos feitos pelo espectador, existem oposições e equivalências. Ao tomar a fotografia como arte e como aposta educativa estamos suscetíveis ao artificial, ao fabricado, a eventualidade, ao impreciso, ao hipotético; ao improvável. Quiçá estejamos também diante apostas educativas mais experimentais, que se concentrem em ver e pensar a fotografia por vias mais livres e menos escolarizantes.
Referências
BARTHES, Roland. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
FABRIS, Annateresa. O desafio do olhar: fotografia e artes visuais no período das vanguardas históricas, v.1. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. São Paulo: Martins Fontes, 2012-2013.
ROUILLÈ, André. A fotografia: entre documento e arte contemporânea. Tradução Costancia Egrejas. São Paulo, SP: Senac São Paulo, 2009.
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