Palavras-chave
Como Citar
Resumo
Analisa a aplicabilidade e uso da etnografia como metodologia para explorar a pesquisa na área da Ciência da Informação. Como pesquisa teórica objetiva resgatar na literatura da área, o reconhecimento da etnografia como forma metodológica na construção científica, a partir de reflexões sobre este método de pesquisa no reconhecimento de valores subjetivos e permitir um olhar crítico sobre a pesquisa no campo da Ciência da Informação. Reconhece o valor desse método para o estudo de um contexto multicultural, entendendo a cultura da informação sob uma perspectiva emergente na área em estudo, cujo aprofundamento requer valores e instrumentos antropológicos coerentes com as diversas áreas interdisciplinares que compõe o campo científico da informação. A pesquisa explora a literatura, acolhendo dados para uma análise interpretativa do discurso de diversos autores, desta forma visa uma reflexão que priorize a representação qualitativa do conhecimento. Na conclusão apresenta as diversas evidências da importância da cultura, agregada implicitamente na construção de uma informação, e que conseqüentemente irá gerar um novo conhecimento, sendo assim, reforça o adequado uso da ferramenta etnográfica para melhor explorar a temática. Também apresenta recomendações de continuidade na perspectiva desse estudo sob diversas diretrizes, que poderão trazer contribuições significativas para esta área do conhecimento.
Referências
BACHELARD, G. Le rationalisme appliqué. Paris: Presses Universitaires de France, 1949. 216 p.
BOURDIEU, P. ; WACQUANT, L. J. D. Réponses: pour une anthropologie réflexive. Paris: Éds. du Seuil, 1992.
BUFREM, L. S. Linhas e tendências metodológicas na produção discente do Mestrado em Ciência da Informação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia: Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972-1995). 1996. 386 fl. Tese (Professor Titular) – Departamento de Biblioteconomia, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1996.
BUSHA, C. H.; HARTER, S. P. Research methods in Librarianship: techniques and interpretation. New York: Academic Press, 1980. 415 p.
CASTELLS, M.; IPOLA, E. Prática epistemológica e Ciências Sociais. 4. ed. Porto: Afrontamento, 1982. 70 p. (Crítica e sociedade; v.1).
CAVEDON, N. R. O método etnográfico em estudos sobre a cultura organizacional: implicações positivas e negativas. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, 25., 2001, Campinas. Anais... Campinas: ANPAD, 2001. (1 CD- ROM).
CHALMERS, A. ¿Qué es esa cosa llamada ciencia?: una valorización de la naturaleza y el estatuto de la ciencia y sus métodos. 9. ed. Madrid: Siglo veintiuno, 1991. 246 p.
COELHO NETTO, José Teixeira. Moderno pós moderno: modos & versões. 3. ed. São Paulo, SP: Iluminuras, 1995. 227 p.
CRESWELL, John W. Research design: qualitative and quantitative approches. Thousend Oaks: SAGE, 1994. 227 p.
DOMINGUES, J. L. O cotidiano da escola de 1o Grau: o sonho e a realidade. Goiânia: EDUC, 1988.
FEYERABEND, P. Contra o método. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: F. Alves, 1989. 488 p.
FOUGEYROLLAS, P. Ciencias Sociales y Marxismo. México: Fondo de Cultura Económica, 1992. 253 p.
FROHMANN, B. Taking information policy beyond information science: applying the actor network theory. In: CAIS ANNUAL CONFERENCE, 23., 1995, Edmonton. Connectedness: Information, Systems, People, Organizations. Montreal: CAIS, 1995.
GADAMER, H.-G. Verdad y método II. 2. ed. Salamanca: Ediciones Sígueme, 1994. 429 p. (Hermeneia, 34).
GOLDMANN, L. Las ciencias humanas y la filosofia. Buenos Aires: Galatea Nueva Vision, 1958. 120 p.
GRANGER, G.-G. A ciência e as ciências. São Paulo, SP: UNESP, 1994. 122 p.
HABERMAS, J. On the logic of the social sciences. Cambridge: Massachusetts Institute of Technology, 1994. 220 p.
HAMMERSLEY, M. What ́s wrong with ethnography? Methodological explorations. London: Routledge, 1992. 230 p.
JAIME JUNIOR, P. Etnografia, antropologia e o universo organizacional. Revista Brasileira de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 30, p. 105-121, 1996.
JAPIASSU, H. Introdução ao pensamento epistemológico. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: F. Alves, 1992. 199 p.
KUHN, T. S. A tensão essencial. Lisboa: Edições 70, 1977. 420 p. (Biblioteca de Filosofia Contemporânea; 10).
LADRIÈRE, Jean. Filosofia e práxis científica. Rio de Janeiro, RJ: F. Alves, 1978. 193 p. (Coleção Episteme).
MARTELETO, R. M. Conhecimento e sociedade: pressupostos da antropologia da informação. In: AQUINO, M. A. O campo da Ciência da Informação: gênese, conexões e especificidades. João Pessoa: Universitária, 2002. p. 101-115.
MARTELETO, R. M. Informação: elemento regulador dos sistemas, fator de mudança social ou fenômeno pós-moderno? Ciência da Informação, v. 16, p. 169-180, jul./dez. 1987.
MARTIN-BARBERO, J. Oficio de cartógrafo: travesias latinoamericanas de la comunicación en la cultura. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2004.
NÓBREGA, N. G. Conjugando o gerúndio: antropologia da informação e leitura - percursos de leitor. 2002. 254 fl. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.
POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. 2. ed. São Paulo, SP: Cultrix, 1975.
SANDY, P. R. The ethnographic paradigm(s). Administrative Science Quarterly, New York, s. l., v. 24, n. 4, p. 527-538, Dec. 1979.
TEIXEIRA, N. Mais um anjo barroco? Uma revisão bibliográfica em antropologia da informação a partir de levantamento de textos através da ferramenta de busca Google. Perspect. Ci. Inf., Belo Horizonte, v. 12, n. 3, p. 156-179, set./dez. 2007.
VIDICH, A.; LYMAN, S. Qualitative methods: their History in Sociology and Anthropology: handbook of qualitative research. Newbury Park, CA: Sage, 2000.
A ETD - Educação Temática Digital utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.
Downloads
