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Objeções à igualdade e à democracia: a diferença como base da educação aristocrática
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Palavras-chave

Friedrich Nietzsche
1844-1900. Igualdade. Diferença. Democracia. Educação aristocrática.

Como Citar

MENDONÇA, Samuel. Objeções à igualdade e à democracia: a diferença como base da educação aristocrática. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 14, n. 1, p. 332–350, 2010. DOI: 10.20396/etd.v14i1.1256. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/1256. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

A igualdade, presente na educação de rebanho e que justifica a democracia, nivela o desenvolvimento humano por baixo, para o pior, de modo que se tem uma sociedade cada vez mais fraca. A educação aristocrática, ao contrário, privilegia o desenvolvimento da autonomia do indivíduo; nesse caso, a diferença constitui a meta a ser alcançada pelo filósofo. Não se trata de pensar a diferença como oposta à igualdade, de forma estanque, mas a diferença existe na igualdade. Neste artigo, apresentaremos a crítica de Nietzsche à democracia, da mesma forma que sua crítica à igualdade. Além disto, analisaremos o sentido da educação aristocrática no contexto da hegemonia prussiana, além de aspectos fundamentais da filosofia de Nietzsche, com destaque para a vontade de potência. Com esses elementos, pretendemos argumentar que, paradoxalmente, a educação de rebanho se revela importante como estímulo à educação aristocrática, da mesma forma que a igualdade também indica a necessidade da diferença como possibilidade de plenitude do filósofo do futuro, muito livre; então, é na diferença que a educação aristocrática se estrutura.

https://doi.org/10.20396/etd.v14i1.1256
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