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Teletandem como “terceiro espaço” no desenvolvimento de professores de línguas estrangeiras
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Palavras-chave

Formação de professores de línguas
Teletandem
Reflexão sobre a prática
Terceiro espaço

Como Citar

MESSIAS, Rozana Aparecida Lopes; TELLES, João Antonio. Teletandem como “terceiro espaço” no desenvolvimento de professores de línguas estrangeiras. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 22, n. 3, p. 731–750, 2020. DOI: 10.20396/etd.v22i3.8655293. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8655293. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

O teletandem possibilita ao licenciando em Letras o contato intercultural com um estrangeiro. Neste espaço virtual e síncrono, via webcam, o sujeito ora ensina sua própria língua, ora aprende a língua materna ou de competência de seu parceiro de teletandem. Neste artigo, argumentamos (a) que o teletandem pode ser considerado como um terceiro espaço ou um contexto tecnológico híbrido e (b) que este contexto, além de desenvolver a competência oral na língua-alvo, pode suscitar reflexões em alunos de Letras acerca da pedagogia de línguas estrangeiras. Acreditamos que tais características sejam facilitadoras do desenvolvimento profissional de futuros professores de línguas. Objetivamos investigar: (a) como este contato intercultural online mobiliza o comprometimento do futuro professor de língua estrangeira com sua própria formação e (b) como as atividades de mediação (realizadas após as interações em teletandem) funcionam como deflagradoras de processos de reflexão em alunos de Letras sobre o ato de ensinar e aprender línguas estrangeiras. O estudo se desenvolveu tendo como cenário uma parceria entre uma universidade brasileira e outra mexicana. Uma metodologia qualitativa crítica foi usada para a análise das gravações de sessões de mediação em grupo das quais participaram estudantes de Letras, futuros professores de português/espanhol. Os resultados da análise apontam para as características do contato intercultural online via teletandem. Se bem articuladas pelo educador de professores, elas trazem o potencial de teorização e de observação crítica das próprias ações dos alunos como professores de línguas estrangeiras, em processo de formação inicial.

https://doi.org/10.20396/etd.v22i3.8655293
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