Resumo
Professores com frequência se apegam a narrativas nas quais a resistência dos alunos a nosso ensino marca a evitação das verdades ofertadas por nossos cultos selves. Nas contra-narrativas dos alunos, a resistência pode se metamorfosear em uma história sobre a recusa, por questão de princípios, de figuras poderosas tentando forçá-los para instâncias que não eles mesmos. Ambas as histórias têm fortes dimensões temporais nas quais um encerramento, mesmo se ele vem décadas mais tarde, revela que uma parte ou a outra foi, de fato, influenciada e se transformou, tendo ou não tal transformação ficado evidente ao final do semestre. Meu interesse aqui é em como problematizar o encerramento prematuro, trabalhando, em vez disso, no âmbito da suspensão do limiar de tempo de saber/não saber para professor e aluno.
Referências
SEDGWICK, E. K. Touching feeling: affect, pedagogy, performativity. Durham NC: Duke University Press, 1995.
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