Resumo
Podemos reconhecer na atualidade a circulação de um discurso que quer denunciar novos impasses na educação: as referências mais comuns são a queda da autoridade simbólica do professor e a redefinição dos lugares educador-aluno (operando neste último uma identificação aos direitos de consumidor ou usuário). A análise apresentada aqui, que não se preocupa em estabelecer o caráter de verdade ou falsidade dos enunciados desse discurso, mas sim com o de suas conseqüências, propõe que ele seja entendido como uma “queixa” ou “demanda” (utilizando-se a noção lacaniana do termo). Como toda demanda, ele desconhece a falta que a produz. O texto propõe analisar esta falta/impossível que habita a prática educativa, tomando primeiramente a concepção freudiana de educação e, em segundo lugar, a positividade lógica desses termos no ensino de Lacan.
Referências
AZENHA, C. A. C. Lia: do nome ao verbo. Ou: Desejo e Leitura. 2006. Dissertação (Mestrado em Lingüística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006. Disponível em http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000397289.
FREUD, S. Prefácio a juventude desorientada de Aichhorn. In: FREUD, S. Obras Completas. Rio de Janeiro. Imago Editores. 1969. v. 19.
FREUD, S.Conferência XXXIV, “Explicações, Aplicações e Orientações”. In: FREUD, S. Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago Editores, 1969, [1932/1969]. v. 22.
FREUD, S.“Análise Terminável e Interminável” . In: OBRAS COMPLETAS. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago Editores. 1969. [1937/1969].
LACAN, J. Seminário: livro 5. As formações do inconsciente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1999.
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