Banner Portal
Políticas públicas em educação: um apanhado histórico
PDF

Palavras-chave

Colonialismo. Educação. Assimilação. Indigenato. Zonas libertadas.

Como Citar

CÁ, Lourenço Ocuni; CÁ, Cristina Mandu Ocuni. Políticas públicas em educação: um apanhado histórico. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 17, n. 1, p. 88–106, 2015. DOI: 10.20396/etd.v17i1.8634820. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8634820. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho pretende documentar e analisar as estruturas educacionais da Guiné-Bissau, a falta de infraestrutura deixada pelo colonialismo português e a implementação do novo sistema educacional pelo Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). A análise é feita por meio de avaliação do desempenho de sucessivos períodos que fizeram parte da história educacional do país. Nesta análise, destaca-se, em primeiro momento, a ausência de instituições escolares na sociedade linhageira africana, não que isto significasse a inexistência de ensino-aprendizagem, pois se tratava de uma cultura oral que veio a ser sobreposta pela cultura escrita europeia. Nesse sentido, no ensino colonial, a Igreja Católica desempenhou o papel fundamental na docilização dos guineenses. A igreja não só ajudou na implantação da política educacional, como também participou na legitimação do colonialismo português, sancionando e santificando a missão civilizadora e função histórica de Portugal. Paralelamente a essa educação, o movimento de libertação nacional da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) idealizou e instaurou a educação nas Zonas Libertadas (1963-1973) esta educação era mais aberta e mais dinâmica em relação ao mundo exterior. Ela não tinha mais como objetivo principal produzir uma situação de equilíbrio e de estagnação e sim procurava apoiar-se e favorecer o processo geral da luta de libertação nacional em que se inseria.

https://doi.org/10.20396/etd.v17i1.8634820
PDF

Referências

ANDERSON, Perry. Portugal e o fim do ultranacionalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966. 201p.

CÁ, Lourenço Ocuni. Perspectiva história da organização do sistema educacional da Guiné-Bissau. Campinas, SP: [s.n.], 2005. 265p.

DAVIDSON, Basil. A libertação da Guiné: aspectos de uma revolução africana. Lisboa: Sá da Costa, 1975. 208p.

FERREIRA, Eduardo de Sousa. O fim de uma era: o colonialismo português em África. Lisboa: Sá da Costa, 1977. 215p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 184p.

MENDY, Peter Karibe. O colonialismo português em África: a tradição de resistência na Guiné-Bissau (1879-1959). Bissau: INEP, 1994. 455p.

OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Guiné-Bissau: reinventar a educação. Lisboa: Sá da Costa, 1977. 52p.

PEREIRA, Luísa Teotônio. Guiné-Bissau: 3 anos da independência. Lisboa: Cidac, 1977. 193p

A ETD - Educação Temática Digital utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.