Banner Portal
Escrita e poética na pesquisa em educação
PDF

Palavras-chave

Pesquisa
Educação.
Poética
Autoficção
Performance

Como Citar

ESTEVES, Diego Winck; ADÓ, Máximo Daniel Lamela. Escrita e poética na pesquisa em educação: autoficção e performance. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 22, n. 2, p. 354–368, 2020. DOI: 10.20396/etd.v22i2.8654564. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8654564. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este ensaio se ocupa do espaço do texto para desdobrar, na e pela escrita, problemáticas que perspectivam o pesquisar em Educação pela via da poética. Compreende que a pesquisa ao se fazer pela escrita não transcreve uma realidade prévia, senão que cria uma realidade na composição do texto; que o real, então, só pode ser acessado por uma via ficcional. Para tanto, este ensaio apresenta algumas questões sobre as quais traça linhas que definem pontos provisórios, ancoragens para pensar o pensamento que pensa a escrita da e na pesquisa em Educação. Põe em cena, assim, o pensamento e sua relação com o desconhecido. Com efeito, esse pesquisador que dramatiza via a escrita, compõe-se num espaço coexistencial, onde a noção de autoria é revista e permutada com a imagem do narrador de uma ficção. Essa imagem, por sua vez, é tomada como uma autoficção ao mesmo tempo que coloca a escrita em relação com certa noção de performance. O pesquisador, nesse processo, torna-se aquele que narra o pesquisar ao se compor, também, nesse espaço ficcional, múltiplo, polifônico e polissêmico.

https://doi.org/10.20396/etd.v22i2.8654564
PDF

Referências

BAHIENSE, Vera. A vida modo de usar: um romance em puzzle. Matraga, Rio de Janeiro, RJ, n.9, p. 81-84, out. 1997.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. Tradução Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. Tradução Diogo Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

CORAZZA, Sandra Mara. O que se transcria em Educação? Porto Alegre: UFRGS; Doisa, 2013.

ECO, Umberto. Sobre a literatura. Tradução Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2003.

DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Tradução Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

DELEUZE, Gilles. Foucault. Tradução Renato Ribeiro. São Paulo: Brasiliense, 2006.

FOUCAULT, Michel. O Que é um Autor? In: FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos: Estética – literatura e pintura, música e cinema (vol. III). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. p. 264-298

FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? Lisboa: Passagens, 1992. p. 129-160.

GRANIER, Jean. Nietzsche. Tradução Denise Bottmann. Porto Alegre: L&PM, 2009.

KLINGER, Diana Irene. Escritas de si, escritas do outro: autoficção e etnografia na narrativa latino-americana contemporânea. 2006. 209 f. Tese (Doutorado em Letras) - Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.

LARROSA, Jorge. Nietzsche e a educação. Tradução Samíramis Gorini da Veiga. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia. Tradução Heloisa da Graça Burati. São Paulo: Rideel, 2005.

REZENDE, Luiz. É escrevendo que se vira escrevedor. In: QUENEAU, Raymond. Exercícios de estilo. Rio de Janeiro: Imago, 1995. p. 11-15.

SAER, Juan José. O conceito de ficção. Desterro, SOPRO - panfleto político-cultural, v.15, agosto de 2009. Disponível em: http://culturaebarbarie.org/sopro/n15.pdf . Acesso: 20 mar. 2018.

VALÉRY, Paul. Introdução ao método de Leonardo da Vinci. Tradução José Martins Garcia. Lisboa: Arcádia, 1979.

A ETD - Educação Temática Digital utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.