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Mediação cultural
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Palavras-chave

Educação não formal
Pedagogia
Arte
Mediação cultural

Como Citar

URIARTE, Mônica Zewe; ZDRADEK, Ana Carolina Sampaio. Mediação cultural: construção de sentidos ético-estéticos na educação não-formal. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 23, n. 1, p. 117–134, 2021. DOI: 10.20396/etd.v23i1.8655678. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8655678. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar o campo de atuação do Pedagogo em espaços de educação não-formal com foco na função de Mediador Cultural. A metodologia, de caráter qualitativo e documental, traz como objeto de coleta de dados os critérios utilizados pela 33ª Bienal de São Paulo 2018 – Afinidades afetivas, para a contratação de Mediadores Culturais. No desenvolvimento deste estudo, o termo Mediação Cultural é apresentado a partir de conceitos de ética e estética fundamentados em autores como Martins (2012a, 2012b), Gohn (2014), Duarte Jr. (2010), Bauman (2001), Hernández (2009), entre outros. O trabalho do Mediador Cultural requer interação, diálogo, troca, algo cada vez mais difícil na sociedade, denominada por Bauman como modernidade líquida. Parte-se, então, do pressuposto de que a Educação tem função social e política e, nesse cenário, é preciso afastar a inércia e a frieza relacional, buscando uma titude de mestre emancipador, conforme nos indica Rancière (2013). Assim sendo, este texto apresenta a Mediação Cultural como possibilidade para abranger circuitos em potencial para o desenvolvimento de relações de afeto e de atitudes ético-estéticas, esperadas no campo educacional.

https://doi.org/10.20396/etd.v23i1.8655678
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Referências

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