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ONGs e escolas públicas: a palavra dos educadores
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Palavras-chave

Educação escolar. Educação não-formal. Educador social. ONGs.

Como Citar

SILVA, Daniel Monteiro da. ONGs e escolas públicas: a palavra dos educadores. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 12, n. 2, p. 138–150, 2010. DOI: 10.20396/etd.v12i2.1193. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/1193. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Este artigo analisa as conexões entre o público e o privado, no contexto particular do chamado “terceiro setor” e sua repercussão para a área educacional. Ao lado de outros atores, representados por organizações da sociedade civil, as organizações não-governamentais (ONGs) têm ganho cada vez mais visibilidade e despertado o interesse sob diferentes perspectivas. No Brasil, o tema da articulação entre o público e o privado, na área da educação, tem se apoiado muito mais em discursos do que em práticas. Neste artigo discuto resultados de pesquisa qualitativa na qual examino a hipótese de que existe uma contribuição entre ONGs e escolas públicas básicas. Algumas ONGs, na formulação de seus programas e projetos, apesar de estimularem estudantes a frequentar escolas, invalidam as ações por estas realizadas. Tais procedimentos têm contribuído para suscitar oposições entre ONGs e escolas públicas, traduzidas, por exemplo, nas atitudes de estudantes que demonstram interesse, comprometimento e engajamento nas ONGs e apatia, desmotivação e extrema aversão à escola. A falta de uma legislação específica, a ausência de estatísticas oficiais, os discursos sem fundamentação e a pouca visibilidade dos atores que efetivam a parceria entre ONG e escola são elementos importantes deste contexto. Docentes de escolas públicas que atuam simultaneamente em projetos sociais de ONGs se apresentam como atores privilegiados para a compreensão deste contexto.

https://doi.org/10.20396/etd.v12i2.1193
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