Banner Portal
O corpo indigno
PDF

Palavras-chave

Geografia. Espaço. Corpo. Feminismo. Performance. Teoria queer.

Como Citar

BORGHI, Rachele. O corpo indigno. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 18, n. 4, p. 789–801, 2016. DOI: 10.20396/etd.v18i4.8646439. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8646439. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Abordarei neste texto os corpos, mais especificamente os corpos fora de norma, esses corpos que o olhar hétero-patriarcal sexista e capitalista considera como out of place, em particular do espaço público. Dos corpos que, evidentemente, é preciso colocar de lado, marginalizar, invisibilizar, excluir dos privilégios. Para fazer isso, eu vou lhes contar uma história. E porque sou feminista, vou partir de mim mesma. Eu gostaria de construir minha intervenção em torno da relação entre espaço, ordem social e dinâmicas de controle dos corpos, uma relação construída para manter os privilégios de sujeitos dominantes e o status quo social. Mas ao invés de me concentrar na denúncia de como a injustiça social foi construída também através do espaço e de seu uso e como cada um(a) de nós participa de forma mais ou menos consciente da legitimação ou da recusa das normas espaciais, vou me concentrar nas reações, nas ações e nas micropolíticas de enfrentamento, de desvio e de transbordamento do controle do corpo e da imposição de normas dominantes. Minha abordagem é a do transfeminismo queer, eu sou feminista, uma acadêmica feminista. Minhas pesquisas e meu trabalho como pesquisadora, isto é, o que eu vou propor são provenientes da epistemologia feminista que me ensinou que a divisão entre teoria e prática nos serve também para criar tipologias de conhecimento hierarquizado, deslegitimando tudo o que não se refere aos produtores de conhecimentos legítimos, com ferramentas consideradas “científicas”.
https://doi.org/10.20396/etd.v18i4.8646439
PDF

Referências

ARFINI, Elisa. Doing gender, ovvero: che ne facciamo del genere? In: BORGHI, Liana; MANIERI, Francesa; PIRRI, Ambra (Orgs.). Le cinque giornate lesbiche in teoria. Roma: Ediesse, 2011. 207 p. Disponível em: http://goo.gl/FFqleU. Acesso em: 07 set. 2016.

BALDO, Michela. When the body of the queer researcher is “trouble”. Lamba Nordica, França, n. 02, p. 118-132. 2014. Disponível em: http://goo.gl/j4Ng1i. Acesso em: 07 set. 2016. ISSN 2001-7286.

BARTHE-DELOIZY, Francine. Géographie de la nudité: être nu quelque part. Rosny-sous-Bois: Bréal, 2003. 239 p. Disponível em : http://goo.gl/aiyMrU. Acesso em : 07 set. 2016.

BLIDON, Marianne. Genre et sexualité: deux impensés de la géographie politique française. In: ROSIÈRE, Stéphane. et al. (Org.) Penser l’espace politique. Paris: Ellipses, 2009. p. 54-68.

BLUNT, Alison; WILLS, Jane. (Orgs.). Dissident geographies: an introduction to radical ideas and practice. New Jersey: Prentice Hall, 2000. 212 p. Disponível em : http://goo.gl/hx681n. Acesso em : 07 set. 2016.

BORGHI, Rachele. Post-porn. Rue Descartes, França, v. 03, n. 79, p. 29-41. 2013. Disponível em : http://goo.gl/1yk0um. Acesso em : 07 set. 2016. ISSN 1144-0821.

BORGHI, Rachele. L'espace à l'époque du queer: contaminations queer dans la géographie française. Revue PolitiQueer, França, p. 14-26. 2014. Disponível em: http://goo.gl/Bndb0r. Acesso em: 07 set. 2016. ISSN 2368-0733.

BORGHI, Rachele; PRIEUR, Christophe. Performing academy: réélaboration des théories et pratiques queers. In: JOURNÉE D'ÉTUDE THÉORIES ET ÉPISTÉMOLOGIES DANS LE CADRE DU SÉMINAIRE DOCTORAL CECILLE. Anais eletrônicos... Université Lille 3. 2014.

BORGHI, Rachele; BOURCIER, Marie-Helène; PRIEUR, Christophe. Performing academy: feedback and diffusion strategies for queer scholactivists in France. In: BROWN, Gavin; BROWN, Kath. (Orgs.). The routledge research companion to geographies of sex and sexualities. Farnham: Ashgate, 2016. 542 p. Disponível em: http://goo.gl/vO4a1N. Acesso em: 07 set. 2016.

BOURCIER, Marie-Helène. Postpornographie. In: DI FOLCO, Philippe; CARRIÈRE, Jean-Claude (Orgs.). Dictionnaire de la pornographie. Paris: PUF, 2005. p. 378. Disponível em : http://goo.gl/0lLemf. Acesso em: 07 set. 2016.

BOURCIER, Marie-Helène. Queer Zones. Politiques des identités sexuelles. Paris: Balland. 2005.

BOURCIER, Marie-Helène. Queer Zones 2. Sexpolitiques. Paris: La Fabrique. 2006.

BOURCIER, Marie-Helène. Queer Zones 3. Identités, cultures, politiques. Paris: Amsterdam. 2011.

BUTLER, Judith. Le pouvoir des mots: discours de haine et politique du performatif. Paris: Amsterdam, 2008.

BUTLER, Judith. Le Pouvoir des mots. Politique du performatif. Paris: Amsterdam. 2004.

BUTLER, Judith. Trouble dans le genre. Paris: La Découverte, 2005.

BUTLER, Judith. Ces corps qui comptent: de la matérialité et des limites discursives du sexe. Paris: Amsterdam, 2009.

DE LAURETIS, Teresa. Théorie queer et cultures populaire. Paris: La dispute, 2007.

DE LAURETIS, Teresa. Introduction to the conference Queer theory: lesbian and gay sexualities. Differences, França, v. 03, n. 02, p. 03-13. 1991.

FOUCAULT, Michel. Surveiller et punir. Paris: Gallimard, 1975. 313 p. Disponível em : http://goo.gl/KGdTLO. Acesso em : 07 set. 2016.

CHAPUIS, Amandine. Performances touristiques. D’une métaphore à un cadre de pensée géographique renouvelé. Mondes du Tourisme, França, n. 02, p 44-56. 2010. Disponível em : http://goo.gl/QIQwdH. Acesso em : 07 set. 2016. ISSN 2492-7503.

GREGSON, Nicky; ROSE, Gillian. Taking butler elsewhere: performativities, spatialities and subjectivities. Environnement and Planning D: Society and Spaces, n. 18, p. 433-452. 2000. Disponível em: http://goo.gl/2Ij6Mm. Acesso em: 07 set. 2016. ISSN 1472-3433.

HALBERSTAM, Jack. Female Masculinity. Durham: Duke University Press, 1999. 344 p. Disponível em: http://goo.gl/R3gHec. Acesso em: 07 set. 2016.

HOOKS, Bell. Yearning: race, gender and cultural politics. London: Turnaround, 1991. 236 p. Disponível em: http://goo.gl/ytbLDJ. Acesso em: 07 set. 2016.

HUBBARD, Phil. Sex zones: intimacy, citizenship and public space. Sexualities, n. 04, p. 51-71. 2001. Disponível em: http://goo.gl/Zw1GMd. Acesso em: 07 set. 2016. ISSN 1461-7382.

ION, Jacques; FRANQUIADAKIS, Spyros; VIOT, Pascal. Militer aujourd’hui. Paris: Autrement, 2005.

JACKSON, Stevi. Interchanges: gender, sexuality and heterosexuality: the complexity (and limits) of heteronormativity. Feminist Theory, v. 01, n. 07, p.105-121. 2006. Disponível em: http://goo.gl/9SjOOf. Acesso em: 07 set. 2016. ISSN 1741-2773.

JOHNSTON, Lynda; LONGHURST, Robyn. Space, place, and sex: geographies of sexualities. Lanham, MD: Rowman and Littlefield, 2010. 208 p. Disponível em: http://goo.gl/o0B6FW. Acesso em: 07 set. 2016.

PRIEUR, Cha. Des géographies queers au-delà des genres et des sexualités? EspacesTemps.net, n. 20. 2015. Disponível em : http://goo.gl/1eiZsS. Acesso em: 07 set. 2016. ISSN 0339-3267.

STÜTTGEN, Tim. Ten fragments on a cartography of post-pornographic politics. In: JACOBS, Katrien; JANSSEN, Marije; PASQUINELLI, Matteo. (Org.). C'lickme: a netporn studies reader. Institut of Network Cultures, 2007. p. 277-282. Disponível em : http://goo.gl/2tmQWo. Acesso em : 07 set. 2016.

THRIFT, Nigel. Afterwords. Environment and Planning D: Society and Space, v. 18, 2000. Disponível em: http://goo.gl/X8DBKq. Acesso em: 07 set. 2016. ISSN 1472-3433.

VOLVEY, Anne. Le corps du chercheur et la question esthétique dans la science géographique. L'Information géographique, v. 78, p. 92-117. 2014. Disponível em : http://goo.gl/L2vqkF. Acesso em: 07 set. 2016. ISSN 1777-5976.

A ETD - Educação Temática Digital utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.