Banner Portal
A desconstrução derridiana e o processo criativo de Pina Bausch
PDF

Palavras-chave

Derrida. Desconstrução. Pina Bausch. Processo criativo.

Como Citar

ALMEIDA, Marcia Furlan de. A desconstrução derridiana e o processo criativo de Pina Bausch. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 20, n. 1, p. 118–136, 2018. DOI: 10.20396/etd.v20i1.8647809. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8647809. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Para Jacques Derrida, o pensamento metafísico ocidental se encontra alicerçado em uma lógica dual cujos polos se contrapõem e se excluem. Sua filosofia, por meio da desconstrução, busca abalar as estruturas desse pensamento – denominado por ele – logocêntrico. Para tal intento, suas proposições nos remetem a movimentos constantes na busca por significações sempre proteladas no jogo das diferenças e trazem em seu bojo a experiência da alteridade. Pina Bausch, através de suas peças, ao expor continuamente o corpo com suas potências e vulnerabilidades ao outro, convida-nos a adentrar em um jogo das diferenças. Em sua linguagem cênica, o ‘outro’ se coloca como condição sine qua non nesse jogo de múltiplos significados que finda por produzir e afirmar diferenças. Este artigo busca possíveis atravessamentos entre o movimento da desconstrução do filósofo Jacques Derrida e o processo criativo da bailarina e coreógrafa Pina Bausch no ‘Wuppertal Tanztheater’, a desestabilização da dualidade ao desfazer a fixidez da essência e propiciar significações outras.

https://doi.org/10.20396/etd.v20i1.8647809
PDF

Referências

ALMEIDA, Marcia Furlan de. Os incalculáveis usos do feminino e do masculino em jogos de linguagens. Texto de qualificação aprovado. Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Campinas, 2014. Mimeo.

AZEVEDO, Sonia Machado de. O papel do corpo no corpo do ator. São Paulo, SP: Perspectiva, 2009.

BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. 16 ed. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2009.

BAUSCH, Pina. Dance, ou estamos perdidos. Caderno Mais, Jornal Folha de São Paulo, São Paulo, SP. 27 ago. 2000. Disponível em: https://goo.gl/UUSWjR. Acesso em: 15 out. 2015.

BONDIA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, jan. fev. mar. abr. 2002.

BONDIA, Jorge Larrosa. Experiência e Alteridade em Educação. Tradução Maria Carmen Silveira Barbosa; Susana Beatriz Fernandes. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, RS. v.19, n. 2, p. 04-27, jul. – dez. 2011.

CANELAS, Lucinda. Por dentro todos temos a mesma linguagem. Jornal de Lisboa, Lisboa, PT, 03 jan. 2003.

CRAGNOLINI, Mónica B. Temblores del pensar: Nietzsche, Blanchot, Derrida. Pensamiento de los Confines, Buenos Aires, n.12, jun. 2002, p. 111-119. Disponível em: https://goo.gl/8npv4E. Acesso em: 30 jan. 2013.

CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO Georges. História do corpo: da Renascença às Luzes. Tradução Lúcia M. E. Orth. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

CYPRIANO, Fabio. Pina Bausch. São Paulo, SP: Cosac Naify, 2005.

DERRIDA, Jacques. Choréographies: entrevista com Christie V. McDonald. In: DERRIDA, Jacques. Points de suspension: entretiens. Coautoria de Elisabeth Weber. Paris: Galilée, 1992.

DERRIDA, Jacques; ROUDINESCO, Elisabeth. De que amanhã: diálogo. Tradução André Telles. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 2004.

DERRIDA, Jacques. Papel-máquina. Tradução Evandro Nascimento. São Paulo, SP: Estação Liberdade, 2004.

DERRIDA, Jacques. As artes espaciais: uma entrevista com Jacques Derrida. In: Pensar em não ver: escritos sobre as artes do visível (1979-2004). Tradução Marcelo Jacques de Moraes. Florianópolis, SC: UFSC, 2012.

DERRIDA, Jacques. Posições. Tradução Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2001.

FERNANDES, Ciane. Pina Bausch e o Wuppertal dança-teatro: repetição e transformação. São Paulo, SP: Hucitec, 2000.

GARAUDY, Roger. Dançar a vida. Tradução Antonio Guimarães Filho. Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira, 1980.

GALLO, Sílvio. Eu, o outro e tantos outros: educação, alteridade e filosofia da diferença. Anais do II Congresso Internacional Cotidiano: Diálogos sobre Diálogos, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, 2008.

GIL, José. Movimento total: o corpo e a dança. Tradução Miguel Serras Pereira. São Paulo, SP: Iluminuras, 2004.

GUERREIRO, Mônica. Uma conversa com Pina Bausch. Obscena: revista de artes performativas, Portugal, n. 4, 2007, p. 60-69.

HOGHE, Raimund; TREE, Stephen. The Theatre of Pina Bausch. The Drama Review German Theatre Issue, v. 24, n. 1, mar. 1980. p.63-74.

KATZ, Helena. Pina Bausch coreografa seu conceito de cidade. O estado de São Paulo, São Paulo, SP, 14 dez. 2000. Disponível em: https://goo.gl/tdyj9o. Acesso em: 21 nov. 2015

NAVAS, Cássia Alves de Castro. Interdisciplinariedade e intradisciplinariedade em dança. Seminários de Dança I - História em Movimento: biografias e registros em dança. Joinville, SC, Festival de dança, 2008.

PORTINARI, Maribel. Nos passos da dança. Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira, 1985.

WEISS, Ulli; HOGHE, Raimund. Bandoneon: em que o tango pode ser bom para tudo? São Paulo, SP: Attar, 1989.

WOLFREYS, Julian. Compreender Derrida. Tradução Caesar Souza. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

Documentos Fílmicos

BAUSCH, Pina. Árias [Arien]. Alemanha. Acervo São Paulo, SP: Instituto de Artes Unicamp, 1 DVD, 150 min., 1985.

BAUSCH, Pina. 1980 – Uma peça de Pina Bausch [1980 – Ein Stück Von Pina Bausch]. Alemanha. Acervo São Paulo, SP: Instituto de Artes Unicamp, 1 DVD, 128 min., 1980.

BAUSCH, Pina. O que Pina e seus dançarinos fazem em Wuppertal. Alemanha. Acervo São Paulo, SP: Instituto de Artes Unicamp, 1 DVD, 115 min., 1982.

BAUSCH, Pina. Café Müller. Alemanha. Acervo São Paulo: Instituto de Artes Unicamp, 1 DVD, 48 min., 1978.

BAUSCH, Pina. Sonhos em Movimento [Tanzträume]. Direção Anne Linsel, Rainer Hoffmann. Alemanha. Duração 89 min., 2010.

A ETD - Educação Temática Digital utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.