Resumo
Este texto, assentado nas contribuições, entre outros, de Karl Marx, Antonio Gramsci e Virgínia Fontes, para a explicitação do modo de produção capitalista, tem como objetivo apresentar o desvelamento dos condicionantes das políticas educacionais, mormente aqueles referentes à formação de professores. Nesse sentido, dedica-se ao aclaramento do neoliberalismo como esfera orgânica da sociedade do capital em crise e confisco de espaços democráticos. Analisa e problematiza a subsunção da formação ao empresariamento financeiro, a semiformação e a barbárie dela decorrente, mormente quando se aponta a quem serve a Resolução N.2 de 2019. Essa constatação reclama o retorno às contribuições de Theodor W. Adorno que potencializam a resistência à sujeição do professor à barbárie da semiformação. O que daí decorre e defendemos é que: transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador.
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