Resumo
A obra Tropicália apresentada por Hélio Oiticica na exposição Nova Objetividade Brasileira, bem como o texto escrito pelo artista para o catálogo da mostra anunciam a ênfase no coletivo e na potência da arte como fomentadora de subjetivações que não separam os âmbitos da ética, política e estética. Assim, é possível alinhar as estruturas ambientais de Oiticica a estruturas conceituais de pensadores como Jacques Rancière, Gilles Deleuze e Toni Negri, identificando os labirintos do artista carioca como estruturas emancipadoras, nomádicas e construtoras da multidão.
Referências
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