Resumo
Este artigo pretende reiterar o papel do artista e de seu contexto profissional para a configuração da ideia de modernidade. Para tanto, parte-se de uma percepção alargada de modernidade, defendida, entre outros, por Jack Goody e Philadelpho Menezes para, através do método comparativo e transcultural, sublinhar a importância do artista na conceituação da modernidade. Comparando-se especificamente o papel sociocultural do artista na Europa e no Japão no período que se convencionou chamar de “era moderna” e evitando conjecturas excessivamente etnocêntricas, aponta-se para uma revisão do caráter monolítico da modernidade tratando-a, finalmente, como transmodernidade.
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