Resumo
O artigo examina a gênese da noção de arte indígena a partir do ensaio “l’Art” de Eduardo Prado, publicado em francês no livro Le Brésil, em 1889. Historicizando a noção e refletindo sobre as implicações que teve essa invenção para a construção de uma ideia de arte brasileira, o artigo conclui com uma discussão a respeito das demandas contemporâneas formuladas por agentes e artistas indígenas que convidam à uma mudança de perspectiva: ao invés de assentar a origem de uma noção de arte brasileira na apropriação das manifestações artísticas indígenas, indigenizar o campo da história da arte no Brasil, respeitando as demandas de vários agentes indígenas que exigem que as instituições reconheçam suas cosmovisões, experiências e proposições sobre arte e criação.
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