O banal, o doméstico e o corpo feminino
a presença da ausência na série “La casa viuda” de Doris Salcedo
DOI:
https://doi.org/10.20396/modos.v5i3.8666742Palavras-chave:
Doris Salcedo, Corpo ausente, Objetos domésticos e casa, Mulheres e gênero, Memória e testemunhoResumo
O objetivo desse artigo é analisar a série La casa viuda (1992-1995) da artista colombiana Doris Salcedo (Bogotá, 1958). Esse trabalho foi inspirado em mulheres rurais colombianas que foram forçadas a sair de suas casas em busca de segurança. Ele é composto por portas, armários, móveis domésticos deslocados de suas edificações e que evocam a ausência do corpo, a perda da casa e falta de abrigo que essas famílias foram obrigadas a suportar. Investigaremos como Salcedo altera as funções de uso de objetos domésticos e como ela rompe com a tradição que estabelece uma pintura de interior constituída em torno da intimidade e do corpo feminino, visto que todas essas relações desaparecem nessa instalação. Além disso, procuraremos observar de que forma questões relacionadas à cultura material e ao corpo se articulam com problemas de gênero, raça e classe social na América do Sul, tendo em vista que La casa viuda foi elaborada a partir de testemunhos de mulheres vítimas da violência política na Colômbia.
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