Resumo
Em um projeto realizado no Laboratório de Paleontologia e Micropaleontologia do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Ouro Preto (Degeo/UFOP), alunos de graduação trabalharam na organização e ampliação de uma coleção didática de microfósseis, na elaboração de um catálogo e de uma apostila com exercícios e atividades práticas. Apresentamos aqui a metodologia utilizada na ampliação do acervo e duas propostas de atividades práticas que envolvem o uso de amostras da coleção didática. Estas atividades visam trabalhar conceitos básicos da Paleontologia e desenvolver habilidades de observação e raciocínio científico nos alunos, podendo também ser utilizadas para apresentar e discutir temas mais específicos. Tanto a implementação da coleção de microfósseis como as atividades práticas foram montadas de forma simples e podem ser aplicadas em outras instituições de ensino. Além de tornar as aulas mais dinâmicas, o material contribui para que o aprendizado dos alunos seja mais completo.
Referências
Armstrong, H. A., & Brasier, M. D. (2005). Microfossils. Malden, Oxford, Carlto: Blackwell Publ.
Carvalho, I. S. (2011). Paleontologia: microfósseis, paleoinvertebrados. vol. 2. Rio de Janeiro: Interciência.
Cunha, C. A. (2014). Movimento de consolidação nacional de novas bases para o Ensino de Geociências. Terræ Didatica, 10(3), 171-177. doi: 10.20396/td.v10i3.8637313.
Dias-Brito, D. (1989). A micropaleontologia na indústria do petróleo. Revista Brasileira de Geociências, 19(2), 256-259. Disponível em: http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/rbg/article/view/9997/9696. Acesso em: 05.07.2020.
Ericson, D. B., & Wollin, G. (1956). Micropaleontological and Isotopic Determinations of Pleistocene Climates. Micropaleontology, 2(3), 257-270. doi: 10.2307/1484189.
Fantinel, L., Janasi, V. A., Assis, J. F., Alecrim, J. R., de Almeida, H. L., Compiani, M., . . . Carneiro, C. D. (2008). Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação em Geologia e Engenharia Geológica. Terræ Didatica, 4(1), 85-89. doi: 10.20396/td.v4il.8637498.
Figueirôa, S. F. (2009). História e Filosofia das Geociências: relevância para o Ensino e formação profissional. Terræ Didatica, 5(1), 63-71. doi: 10.20396/td.v5il.8637503.
Foraminifera Galery. (2019). The Foraminifera. eu Project. Disponível em: http://www.foraminifera.eu/. Acesso em: 01.02.2019.
Grand Pre, C., Culver, S. J., Mallinson, D. J., Farrell, K. M., Corbett, D. R., Horton, B. P., . . . & Buzas, M. A. (2011). Rapid Holocene coastal change reveled by high-resolution micropaleontological analysis, Pamlico Sound, North Carolina, USA. Quaternary Research, 76(3), 319-334. doi: 10.1016/j.yqres.2011.06.012.
Heusser, L. E., & Morley, J. J. (1996). Pliocene climate of Japan and environs between 4.8 and 2.8 Ma: A joint pollen and marine faunal study. Marine Micropaleontology, 27(1-4), 85-106. doi: 10.1016/0377-8398(95)00053-4.
Jones, R. W., Lowe, S., Milner, P., Heavey, P., Payne, S., & Ewen, D. (2005). The Role and Value of “Biosteering” in Hydrocarbon Reservoir Exploration. In E. A. Koutsoukos (Ed.) (2005). Applied Stratigraphy. vol. 23. Dordrecht: Springer. doi: 10.1007/1-4020-2763-X_15.
Kalia, P., & Chowdhury, S. (1983). Foraminiferal Biostratigraphy, Biogeography, and Environment of the Callovian Sequence, Rajasthan, Northwestern India. Micropaleontology, 29(3), 223-254. doi: 10.2307/1485732.
Kawamura, H., Holbourn, A., & Kuhnt, W. (2006). Climate variability and land-ocean interactions in the Indo Pacific Warm Pool: A 460-ka palynological and organic geochemical record from the Timor Sea. Marine Micropaleontology, 59(1), 1-14. doi: 10.1016/j.marmicro.2005.09.001.
Kelley, P. H., & Visaggi, C. C. (2012). Learning Paleontology Through Doing: Integrating an Authentic Research Project into an Invertebrate Paleontology Course. The Paleontological Society Special Publications, 12, 181-198. doi: 10.1017/S247526220000931X.
Mazzini, I., Gliozzi, E., Koci, R., Soulie-Marsche, I., Zanchetta, G., Baneschi, I., . . . & Bushati, S. (2015). Historical evolution and Middle to Late Holocene environmental changes in Lake Shkodra (Albania): New evidences from micropaleontological analysis. Paleogeography, Paleoclimatology, Paleoecology, 419, 47-59. doi: 10.1016/j.paleo.2014.08.012.
Pedrosa, F. A., Piovesan, E. K., Melo, R. M., Gomes, C. R., & Barros, C. L. (2018). The implementation of didactic collections and guidebooks of micropaleontology as a tool in teaching and research in Geosciences. Terræ Didatica, 14(4), 411-414. doi: 10.20396/td.v14i4.8654112.
Schenck, H. G. (1928). The biostratigraphy aspect of Micropaleontology. Journal of Paleontology, 2(2), 158-165. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/1297839?seq=1. Acesso em: 05.07.2020.
Smitho Jr., F. D. (1955). Planktonic foraminifera as indicators of depositional environment. Micropaleontology, 1(2), 147-151. doi: 10.2307/1484167.
Van Hinte, J. E. (1978). Geohistory Analysis. Aplication of Micropaleontology in Exploration Geology. The American Association of Petroleum Geologists Bulletin, 62(2), 201-222. doi: 10.1306/C1EA4815-16C9-11D7-8645000102C1865D
Weyl, P. K. (1978). Micropaleontology and Ocean Surface Climate. Science, 202(4397), 475-481. doi: 10.1126/science.202.4367.475.
World Register of Marine Species. (2019). Flanders Marine Institute. Disponível em: http://www.marinespecies.org/index.php. Acesso em: 02.11.2019.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2020 Terrae Didatica