Banner Portal
Negligência botânica e zoochauvinismo em livros didáticos de Biologia no ensino médio
PDF

Palavras-chave

Cegueira botânica
Ensino de Botânica
Ensino de Zoologia

Como Citar

PIASSA, Gabriel; MEGID NETO, Jorge; SIMÕES, André Olmos. Negligência botânica e zoochauvinismo em livros didáticos de Biologia no ensino médio. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 19, n. 00, p. e023020, 2023. DOI: 10.20396/td.v19i00.8673697. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8673697. Acesso em: 2 maio. 2024.

Resumo

Introdução. Livros didáticos são o principal recurso para ensino e aprendizagem escolar. No caso dos livros de Biologia, frequentemente abordam a Botânica com estímulo à memorização de termos e sem associá-la ao cotidiano dos alunos. Tal conduta reforça a Negligência Botânica (NB) e o Zoochauvinismo (ZCH). Objetivo e Metodologia. Analisamos cinco coleções de Biologia aprovadas pelo Programa Nacional do Livro Didático, identificando abordagens que reforcem, ou não, a NB e o ZCH. Verificamos como as coleções tratam o estudo de plantas nos capítulos relativos à Botânica, Zoologia, Ecologia, Genética e Evolução. Resultados. Notamos um maior reforço a NB e ZCH nos capítulos de Ecologia, Genética e Evolução e não nos capítulos de Zoologia e Botânica. Conclusão. Em decorrência, é necessário que autores de livros didáticos e professores procurem apresentar, com maior frequência, os conteúdos de Botânica articulados às demais áreas da Biologia, realçando a interdependência das áreas na abordagem dos temas e fenômenos da Biologia.

https://doi.org/10.20396/td.v19i00.8673697
PDF

Referências

Azevedo, H.J.C.C., Melo, E.V., SÁ, N.P., Ferreira, C.P. & Meirelles, R.M.S. 2020. Zoocentrismo Didático: análise quantitativa de gravuras em LDs brasileiros de biociências no Brasil. Cadernos da Educação Básica, 5: 17-30.

Balas, B. & Momsen, J. L. 2014. Attention “Blinks” Differently for Plants and Animals. CBE — Life Sciences Education, 13: 437-43. DOI: 10.1187/cbe.14-05-0080. 10.1016/S0012-821X(99)00317-9. Acesso 30.05.2023.

Bardin, L. 2016. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. 288p.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional das Secretarias de Educação. União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação. 2017. Base Nacional Comum Curricular – Educação é a Base – Versão Final. URL: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso 15.06.2022.

Figueiredo J. A., Coutinho, F. A. & Amaral, F. C. 2012, abril. O ensino de botânica em uma abordagem ciência, tecnologia e sociedade. Anais do Seminário Hispano Brasileiro CTS, São Paulo, SP, Brasil, 2. URL: http://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/viewFile/420/353. Acesso 30.05.2023.

Fracalanza, H., Megid Neto, J. Livro didático de ciências no Brasil: a pesquisa e o contexto. In: Fracalanza, H., Megid Neto, J. (Orgs). O livro didático de ciências no Brasil. 2006, Campinas: Editora Komedi.

Hershey, D. R. 1996. A historical perspective on problems in botany teaching. Am Biol Teach, 58: 340-347. DOI: https://doi.org/10.2307/4450174. Acesso 22.03.2023.

Kinoshita, L. S., Torres, R. B., Tamashiro, J. Y. & Forni-Martins, E. R. 2006. A Botânica no ensino básico: relatos de uma experiência transformadora. São Carlos: RiMa. 143p.

Linhares, S., Gewandsznajder, F., Pacca, H. 2016. Biologia Hoje. São Paulo: Ática

Link-Pérez, M. A., Dollo, V. H., Weber, K. M. & SCHUSSLER, E. E. 2010. What’s in a name: differential labeling of plant and animal photographs in two nationally syndicated elementary science textbook series. Int J Sci Educ, 32: 1227-1242. URL: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09500690903002818. Acesso 22.03.2023.

Marinho, L.C., Setúval, F.A.R. & Azevedo, C.O. 2015. Botânica geral de angiospermas no ensino médio: uma análise comparativa entre livros didáticos. Investigações em Ensino de Ciências, 20(3): 237-258. DOI: https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v20n3p237. Acesso 22.03.2023.

Salatino, A. & Buckeridge, M. 2016. “Mas de que te serve saber botânica?”. Estudos Avançados, 30(87): 177-96.

SANTOS, F. S. 2006. A botânica no ensino médio: será que é preciso apenas memorizar nomes de plantas? In: S. C. Silva (Org.) Estudos de História e Filosofia da Ciência. (pp. 223-243) São Paulo: Livraria da Física.

Schussler, E. E.; Link-Pérez, M. A.; Weber, K. M. & Dollo, V.H. 2010. Exploring plant and animal content in elementary science textbooks. J Biol Educ, 44: 123-128. DOI: https://doi.org/10.1080/00219266.2010.9656208. Acesso 22.03.2023.

Soares-Silva, J. P.; Ponte, M. L. & Sampaio, D. 2022. Práticas de ensino de Botânica com enfoque em taxonomia e sistemática filogenética. Terrae Didática, 18: 1-9. DOI: 10.20396/td.v18i00.8668360. Acesso 30.05.2023.

Souza, A. L.; Furrier, M. & Lavor, L. F. 2021. Solos nos livros didáticos: contextualização e proposta de mapas didáticos. Terrae Didática, 17: 1-13. DOI: 10.20396/td.v17i0.8663686. Acesso 30.05.2023.

Vasques, D. T; Freitas, K. C. & Ursi, S. 2021. Aprendizado Ativo no Ensino de Botânica. São Paulo: Instituto de Biociências USP.

Wandersee, J. H. & Schussler, E. E. 1999. Preventing plant blindness. The American Biology Teacher, 61: 84-86. DOI: https://doi.org/10.2307/4450624. Acesso 22.03.2023.

Wandersee, J. H. & Schussler, E. E. 2001. Toward a theory of plant blindness. Plant Science Bulletin, 47: 2-9. URL: https://botany.org/psbarchive/issue/2001-v47-no-1.html. Acesso 22.03.2023.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Gabriel Piassa, Jorge Megid Neto, André Olmos Simões

Downloads

Não há dados estatísticos.