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Geociências e cenários futuros:
Entrada monumental da Gruta do Lago Azul, ricamente ornamentada por estalactites e estalagmites, situada no município de Bonito, a E da Serra da Bodoquena e a sudoeste do município de Miranda. A região serrana foi edificada em unidades carbonáticas dos grupos Cuiabá e Corumbá, de idade Neoproterozoica. Fotografia: Adriano Gambarini.
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Palavras-chave

Geociências
Estratégia de ensino
Distopia
Meio ambiente
Futuro

Como Citar

LISBOA, Natália Santo; SANTOS, Vânia Maria Nunes dos. Geociências e cenários futuros:: uma proposta para o ensino de Geografia no estudo da realidade socioambiental. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 16, p. e020031, 2020. DOI: 10.20396/td.v16i0.8659092. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8659092. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Compreender as transformações espaciais e temporais no ambiente representa um desafio para o ensino de Geociências, especialmente, na Educação Básica. Este artigo apresenta processos e produtos resultantes de um estudo sobre a contribuição do uso de cenários futuros e, em particular, as distopias, como estratégia didático-pedagógica. Tendo por base o presente e as transformações futuras, foram realizadas atividades, a partir de metodologias participativas, para a análise crítica e reflexiva das mudanças socioambientais no entorno escolar. O estudo foi desenvolvido com duas turmas de terceiro ano do ensino médio em uma escola técnica estadual no município de São Paulo/SP. Considerando os pressupostos teóricos e metodológicos da Pedagogia Histórico-Crítica e associados à Pesquisa-Ensino os resultados indicaram que o uso de cenários é uma ferramenta profícua para analisar e transformar atitudes dos jovens cidadãos com relação às realidades socioambientais presentes e futuras.

https://doi.org/10.20396/td.v16i0.8659092
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